terça-feira, 5 de janeiro de 2010

UM GUIA SEGURO PARA O CÉU

A – Voltamo-nos para Cristo, o único medianeiro entre Deus e os homens (I Tim. 2:5). A Sua intenção é levar-nos a Deus (I Ped. 3:18). Ele é o caminho para o Pai (João 14:6), a única porta por onde podemos entrar (João 10:9). A conversão leva a alma a aceitar Cristo como o único meio de vida, o único caminho, o único nome que nos foi dado. Ninguém, senão Ele, pode cuidar da nossa salvação. Eia, pois, para Cristo!

«Vou-me então aventurar – dirá o pecador – se morrer, quero morrer aqui. Mas, ó Senhor, não permitas que pereça sob os olhares da Tua misericórdia. Não me deixes abandonar-te, nem consintas que acabe por não Te seguir. Se me matas, não me afasto da Tua porta».

Então a pobre alma arremessa-se a Cristo e resolutamente se entrega a Ele. Antes da conversão, Cristo era coisa que não o preocupava; as propriedades, os amigos, os negócios, isso sim, não podiam esquecer-se. Agora, Cristo é o seu pão de todos os dias, a vida do seu coração. Só aspira a que, nele, Cristo seja glorificado. Outrora dizia: «Que é que o teu amado tem mais que qualquer outro?» (Cant. 5:9). Más companhias, jogos ilícitos, prazeres mundanos, tudo, tudo acima de Cristo. A religião não o preocupava. Mas agora para ele o viver é Cristo. Tudo aquilo que o fascinava, agora troca-o de bom grado pela supremacia do conhecimento de Cristo.

Tudo agora o que com Cristo se relaciona é bem aceite pelo convertido sincero. Trabalhar e sofrer por Cristo, submeter-se ao Seu suave jugo, seguir os Seus mandamentos é, em conclusão, nada mais que tomar a cruz e seguir o Mestre.

O falso convertido não segue totalmente a Cristo. Interessa-lhe salvar-se, mas sem passar pela santificação. Privilégios, sim; a pessoa de Cristo, não. Divide assim os ofícios e os benefícios de Cristo. É evidente que se trata dum erro, erro grave, de que tantas vezes vos falam para que eviteis. Sendo Jesus um Nome tão doce, tão suave, custa a crer que os homens não amem o Senhor Jesus com toda a sinceridade. Não querem reconhecê-Lo como «Príncipe e Salvador» (Actos 5:31), separando n’Ele os dois atributos que Deus lhe concedeu: o de Rei e o de Sacerdote. Por isso não aceitam a salvação de Cristo. Todos desejam salvar-se, sim, mas no sentido de se esquivarem ao sofrimento e não da libertação do pecado. Querem ter a certeza da salvação, mas continuam a entregar-se aos prazeres da carne. Má compreensão, sem dúvida. Gostariam de ver eliminados alguns dos seus pecados, mas não abandonar o seio de Dalila ou da querida Herodias.

Leitor amigo, toma muita atenção. O verdadeiro convertido dedica-se e entrega-se inteiramente a Cristo, sem excepções, sem limites, sem reservas. Para ele Cristo é tudo, podendo perguntar com Paulo: «Senhor, que queres que eu faça?» Farás tudo o que o Senhor quiser, não é verdade? Assim está bem.

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