Capítulo 12:5-12
5. Eis que estavam em pé outros dois. Provavelmente dois anjos. Nada mais sabemos deles, a não ser que eram os mesmos que são chamados "santos", capítulo 8:13, o qual examine. O rio era, muito provavelmente, o Tigre.
6. O homem vestido de linho. Gabriel, numa figura humana. Ele é assim representado, capítulo 10:5.
7. Que estava por cima das águas. Conforme esta descrição, ele estava em pé sobre a água. Isto é muito semelhante à descrição do anjo, Apocalipse 10:5-6 e, no versículo sete, parece haver uma referência a esta profecia, um tempo, tempos e metade de um tempo. Veja a nota no capítulo 7:25.
9. Estas palavras estão cerradas. A profecia não será entendida senão ao ser cumprida; e, então, a profundidade da sabedoria e da providência de Deus será claramente vista nestas matérias. Veja no versículo 4. Devemos esperar até o tempo do fim.
10. Muitos se purificarão. Durante o intervalo, a grande obra da providência e da graça de Deus se realizará na salvação dos homens; os quais, em meio a provações, tentações e dificuldades, se purificarão, e se embranquecerão - serão plenamente salvos dos seus pecados. Nenhum dos ímpios entenderá. Porque eles são ímpios e vão continuar nos seus pecados, os olhos de seu entendimento serão fechados e os seus corações endurecidos, para que eles não vejam a luz do evangelho da glória. Mas os sábios. Aqueles que abrem seus corações a Deus para que Ele possa neles derramar Sua luz, entenderão as coisas que contribuem para a sua paz.
12. Bem-aventurado é o que espera. Aquele que implicitamente depende de Deus, esperando, porque a Sua verdade não pode falhar, que estas previsões se cumprirão no tempo devido. E chega aos mil trezentos e trinta e cinco dias. Isto é, 75 dias mais do que está incluído nos 3,5 anos, ou o tempo, tempos e metade de um tempo do versículo sete; e, como temos encontrado tantos exemplos de dias e anos proféticos, este, sem dúvida, é outro exemplo; e, como um dia equivale a um ano, isto deve querer dizer um período de 1.335 anos, período esse que deve trazer ao fim todas estas maravilhas, versículo 6. Mas somos deixados totalmente no escuro em relação ao tempo a partir do qual estes 1.335 anos devem ser contados.
terça-feira, 26 de julho de 2011
segunda-feira, 11 de julho de 2011
Daniel, O Profeta
CAPÍTULO 12
A conclusão adequada para as grandes revoluções previstas neste capítulo e nos seguintes é a ressurreição geral, da qual o início deste capítulo (se for entendido literalmente) dá alguma indicação, 1-3. Daniel é, então, ordenado a encerrar as palavras e selar o livro até ao tempo do fim, 4; e é informado dos três grandes períodos simbólicos de um tempo, tempos e metade de um tempo, 1.290 dias e 1.335 dias, 4-12; no final do último dos quais Daniel terá o seu descanso e estará no seu quinhão, 13. Os comentadores geralmente pensam que o término do último período é a época da primeira ressurreição. Ver Apocalipse 20: 4-5.
1. Naquele tempo se levantará Miguel. Miguel, o arcanjo, como já foi observado, sempre foi considerado o guardião do povo judeu. Todo aquele que for achado escrito no livro. Todos aquele que, na verdade, temem, amam e obedecem ao Senhor.
2. Muitos dos que dormem no pó da terra. Esta profecia tem sido relacionada com a restauração futura dos Judeus [Esta restauração já teve lugar, em 1947. Em relação à vida do autor, é um acontecimento futuro, pois ele terminou a escrita do seu comentário em 1826 e morreu a 26 de Agosto de 1832, n.t.]. Será também verdade no que se refere ao estado da humanidade no julgamento geral.
3. Os que forem sábios. Os que são totalmente instruídos na palavra e na doutrina de Cristo resplandecerão - serão eminentemente distinguidos na Igreja Cristã pela santidade de suas vidas e pela pureza do seu credo. E os que converterem a muitos para a justiça. Aqueles que, pregando Cristo crucificado entre os seus irmãos, forem os meios para a conversão deles à fé cristã, serão como as estrelas - astros resplandecentes no reino do evangelho de Jesus Cristo.
4. Cerra as palavras e sela o livro. Quando um profeta recebia uma revelação a respeito de algo que se encontrava a uma distância considerável no tempo, ele fechava o seu livro, não compartilhava a sua revelação por algum tempo. Daniel foi ordenado a fazer isto, capítulo 8:26. Ver também Isaías 29:10-11; Apocalipse 22:10. Entre os antigos, aqueles que, no decorrer de sua leitura, marcavam os lugares a respeito dos quais ainda tinham dúvidas, a fim de mantê-los na lembrança, para poderem voltar a eles depois como não tendo sido plenamente entendidos, dizia-se que "selavam". Muitos correrão de uma parte para outra. Muitos se esforçarão para achar o sentido, e a ciência se multiplicará por estes meios, embora o significado não venha a ser plenamente conhecido até que os eventos tomem lugar. Então o selo será partido e o sentido se tornará claro. Este parece ser o sentido deste versículo, embora um outro lhe tenha sido atribuído, ou seja: "Muitos correrão de uma parte para outra, pregando o Evangelho de Cristo e, assim, o conhecimento religioso e a verdadeira sabedoria serão incrementados". Isto é verdadeiro em si mesmo, mas não é o significado das palavras do profeta.
A conclusão adequada para as grandes revoluções previstas neste capítulo e nos seguintes é a ressurreição geral, da qual o início deste capítulo (se for entendido literalmente) dá alguma indicação, 1-3. Daniel é, então, ordenado a encerrar as palavras e selar o livro até ao tempo do fim, 4; e é informado dos três grandes períodos simbólicos de um tempo, tempos e metade de um tempo, 1.290 dias e 1.335 dias, 4-12; no final do último dos quais Daniel terá o seu descanso e estará no seu quinhão, 13. Os comentadores geralmente pensam que o término do último período é a época da primeira ressurreição. Ver Apocalipse 20: 4-5.
1. Naquele tempo se levantará Miguel. Miguel, o arcanjo, como já foi observado, sempre foi considerado o guardião do povo judeu. Todo aquele que for achado escrito no livro. Todos aquele que, na verdade, temem, amam e obedecem ao Senhor.
2. Muitos dos que dormem no pó da terra. Esta profecia tem sido relacionada com a restauração futura dos Judeus [Esta restauração já teve lugar, em 1947. Em relação à vida do autor, é um acontecimento futuro, pois ele terminou a escrita do seu comentário em 1826 e morreu a 26 de Agosto de 1832, n.t.]. Será também verdade no que se refere ao estado da humanidade no julgamento geral.
3. Os que forem sábios. Os que são totalmente instruídos na palavra e na doutrina de Cristo resplandecerão - serão eminentemente distinguidos na Igreja Cristã pela santidade de suas vidas e pela pureza do seu credo. E os que converterem a muitos para a justiça. Aqueles que, pregando Cristo crucificado entre os seus irmãos, forem os meios para a conversão deles à fé cristã, serão como as estrelas - astros resplandecentes no reino do evangelho de Jesus Cristo.
4. Cerra as palavras e sela o livro. Quando um profeta recebia uma revelação a respeito de algo que se encontrava a uma distância considerável no tempo, ele fechava o seu livro, não compartilhava a sua revelação por algum tempo. Daniel foi ordenado a fazer isto, capítulo 8:26. Ver também Isaías 29:10-11; Apocalipse 22:10. Entre os antigos, aqueles que, no decorrer de sua leitura, marcavam os lugares a respeito dos quais ainda tinham dúvidas, a fim de mantê-los na lembrança, para poderem voltar a eles depois como não tendo sido plenamente entendidos, dizia-se que "selavam". Muitos correrão de uma parte para outra. Muitos se esforçarão para achar o sentido, e a ciência se multiplicará por estes meios, embora o significado não venha a ser plenamente conhecido até que os eventos tomem lugar. Então o selo será partido e o sentido se tornará claro. Este parece ser o sentido deste versículo, embora um outro lhe tenha sido atribuído, ou seja: "Muitos correrão de uma parte para outra, pregando o Evangelho de Cristo e, assim, o conhecimento religioso e a verdadeira sabedoria serão incrementados". Isto é verdadeiro em si mesmo, mas não é o significado das palavras do profeta.
quarta-feira, 22 de junho de 2011
Daniel, O Profeta
Capítulo 11:26-36
26. Sim, os que se alimentam da porção da sua comida. Esta é a prova do que acaba de ser observado, que as intrigas de Antíoco, corrompendo os ministros e oficiais de Ptolomeu, foram a causa de todos os desastres que caíram sobre o rei egípcio. Os que se alimentam da porção da sua comida - que gozavam da sua confiança e compensação e possuíam os segredos do estado - traíram-no; e estes foram os meios usados para o destruir e ao seu exército, para que fosse derrotado, como foi antes observado.
27. E os corações de ambos estes reis estarão empenhados em fazer o mal. Ou seja, Antíoco e Ptolomeu Filométor que era sobrinho do primeiro e cujo interesse, agora, ele fingia ter muito em conta, desde que os alexandrinos renunciaram à aliança com ele e puseram no trono o seu irmão mais novo, Euergetes. Quando Antíoco chegou a Mênfis, ele e Filométor tiveram conferências frequentes à mesma mesa; e, nessas ocasiões, falaram mentiras um ao outro, Antíoco professando grande amizade para com o sobrinho e preocupação com o que era de seu interesse mas, em seu coração, projectando arruinar o reino através da alimentação das discórdias que já subsistiam entre os dois irmãos. Por outro lado, Filométor dizia-se muito grato a seu tio, pelo interesse que ele tinha nos seus negócios e punha a culpa da guerra sobre o seu ministro, Eulaeus; enquanto, ao mesmo tempo, dizia mentiras, determinado a, o mais rapidamente possível, conciliar as coisas com seu irmão e juntar todas as duas forças contra o tio enganador. Porém, isso não prosperará. Não conseguiu seu objectivo, porque o fim do tempo determinado ainda não era chegado.
28. Então tornará para a sua terra com grande riqueza. Antíoco voltou, carregado de riquezas, dos espólios que ele tomou no Egipto; ver 1 Macabeus 1:19-20. E, ouvindo que tinha corrido uma notícia de sua morte, à qual os cidadãos de Jerusalém tinham reagido com grande júbilo - o seu coração será contra a santa aliança. Ele estava determinado a tomar uma severa vingança e teve um pretexto ostensivo para isso; porque Jason, que tinha sido privado do sumo-sacerdócio, ao ouvir a notícia da morte de Antíoco, recrutou tropas, marchou contra Jerusalém, tomou-a e obrigou Menelau, o sumo-sacerdote, a fazer-se a si próprio prisioneiro, no castelo. Antíoco movimentou um grande exército contra Jerusalém; tomou-a de assalto; matou 40.000 dos seus habitantes; vendeu outros tantos mais como escravos; cozeu carne de porco e aspergiu o Templo e o altar com o caldo; invadiu o santo dos santos; retirou os vasos de ouro e outros tesouros sagrados, no valor de 1.800 talentos; restituiu o ofício a Menelau; e fez de um Filipe, um Frígio, governador da Judeia (1 Macabeus 1:4; 2 Macabeus 5:21).
29. No tempo determinado tornará. Descobrindo que a sua traição fora descoberta e que os dois irmãos haviam unido seu comando e força militar para mútuo apoio, ele tirou fora a máscara; e, tendo recrutado um grande exército no início da primavera, atravessou a Coelesíria, entrou no Egipto e, havendo submetido os habitantes de Mênfis, chegou a Alexandria marchando confortavelmente. Mas, diz o profeta, não será como na primeira vez, ou como na última. Ele não teve o mesmo sucesso como na primeira vez, quando derrubou o exército egípcio em Pelusium; nem como na última, quando tomou Mênfis e subjugou todo o Egipto, excepto Alexandria.
30. Porque virão contra ele navios de Quitim. É bem sabido que Quitim quer dizer o império romano. Antíoco, estando então em plena marcha sobre Alexandria, para a cercar, e à distância de sete milhas da cidade, ouviu que navios tinham ali chegado vindos de Roma, com embaixadores do Senado. Ele foi a saudá-los. Entregaram-lhe as cartas do Senado, nas quais era-lhe ordenado, sob pena de cair no desagrado do povo romano, a pôr fim à guerra contra seus sobrinhos. Antíoco disse que iria consultar os seus amigos; ao que Popilius, um dos delegados, tomou a sua equipa e, logo, desenhou um círculo em torno de Antíoco na areia onde ele estava e ordenou-lhe que não passasse desse círculo até que tivesse dado uma resposta peremptória. Antíoco, intimidado, disse que faria o que quer que o senado ordenasse; e poucos dias depois começou a sua marcha e voltou para a Síria. Por isso, ele se indignará. " Em indignação e resmungando," diz Políbio; mortificado, humilhado e desapontado. Ele se indignará contra o santo concerto. Porque ele descarregou a sua ira contra os Judeus; ele enviou seu general Apolónio com 22.000 homens contra Jerusalém, saquearam e incendiaram a cidade, derrubaram as casas ao redor dela, mataram a muitos do povo e erigiu uma fortaleza numa eminência que dominava o Templo e dizimou multidões dos pobres que tinham vindo adorar, profanou cada espaço, de modo que o culto do Templo foi totalmente abandonado e as pessoas todas fugiram da cidade. E quando ele voltou para Antioquia, publicou um decreto ordenando que todos se ajustassem ao culto grego; e o culto judaico foi totalmente abolido, sendo o próprio Templo consagrado a Júpiter Olímpio. Quão grande deve ter sido a maldade do povo para que Deus pudesse tolerar isso! Em levar a cabo estas coisas, ele teve consulta com os que abandonaram o santo concerto; com o ímpio Menelau, o sumo-sacerdote; e os judeus apóstatas juntaram-se a ele, dando, de vez em quando, essas informações a Antíoco, e assim incitaram-no contra Jerusalém, o Templo e o povo. Ver 1 Macabeus 1:41, 62; confirmado por Josefo, Guerra, livro 1, cap. 1, s. 1.
31. E sairão a ele uns braços. A Antíoco, braços, ou seja, os Romanos, sairão: porque "braços", em todos os lugares nesta profecia, denotam poder militar; e "sair", o poder em actividade e a conquistar.
36. E o rei fará conforme a sua vontade. Isto poderá aplicar-se a Antíoco que se exaltou a si próprio acima de todos os deuses, chamou a si mesmo deus, divertiu-se com todas as religiões, profanou o Templo. Mas outros acham que se refere a um poder anticristão dentro da Igreja, pois, na linguagem desta profecia, rei é tomado no sentido de poder, um reino, etc. Que tal poder surgiu na Igreja, o qual agiu de forma arbitrária contra todas as leis, humanas e divinas, é bem sabido. Este poder manifestou-se nos imperadores gregos, no Oriente, e nos bispos de Roma, no Ocidente.
26. Sim, os que se alimentam da porção da sua comida. Esta é a prova do que acaba de ser observado, que as intrigas de Antíoco, corrompendo os ministros e oficiais de Ptolomeu, foram a causa de todos os desastres que caíram sobre o rei egípcio. Os que se alimentam da porção da sua comida - que gozavam da sua confiança e compensação e possuíam os segredos do estado - traíram-no; e estes foram os meios usados para o destruir e ao seu exército, para que fosse derrotado, como foi antes observado.
27. E os corações de ambos estes reis estarão empenhados em fazer o mal. Ou seja, Antíoco e Ptolomeu Filométor que era sobrinho do primeiro e cujo interesse, agora, ele fingia ter muito em conta, desde que os alexandrinos renunciaram à aliança com ele e puseram no trono o seu irmão mais novo, Euergetes. Quando Antíoco chegou a Mênfis, ele e Filométor tiveram conferências frequentes à mesma mesa; e, nessas ocasiões, falaram mentiras um ao outro, Antíoco professando grande amizade para com o sobrinho e preocupação com o que era de seu interesse mas, em seu coração, projectando arruinar o reino através da alimentação das discórdias que já subsistiam entre os dois irmãos. Por outro lado, Filométor dizia-se muito grato a seu tio, pelo interesse que ele tinha nos seus negócios e punha a culpa da guerra sobre o seu ministro, Eulaeus; enquanto, ao mesmo tempo, dizia mentiras, determinado a, o mais rapidamente possível, conciliar as coisas com seu irmão e juntar todas as duas forças contra o tio enganador. Porém, isso não prosperará. Não conseguiu seu objectivo, porque o fim do tempo determinado ainda não era chegado.
28. Então tornará para a sua terra com grande riqueza. Antíoco voltou, carregado de riquezas, dos espólios que ele tomou no Egipto; ver 1 Macabeus 1:19-20. E, ouvindo que tinha corrido uma notícia de sua morte, à qual os cidadãos de Jerusalém tinham reagido com grande júbilo - o seu coração será contra a santa aliança. Ele estava determinado a tomar uma severa vingança e teve um pretexto ostensivo para isso; porque Jason, que tinha sido privado do sumo-sacerdócio, ao ouvir a notícia da morte de Antíoco, recrutou tropas, marchou contra Jerusalém, tomou-a e obrigou Menelau, o sumo-sacerdote, a fazer-se a si próprio prisioneiro, no castelo. Antíoco movimentou um grande exército contra Jerusalém; tomou-a de assalto; matou 40.000 dos seus habitantes; vendeu outros tantos mais como escravos; cozeu carne de porco e aspergiu o Templo e o altar com o caldo; invadiu o santo dos santos; retirou os vasos de ouro e outros tesouros sagrados, no valor de 1.800 talentos; restituiu o ofício a Menelau; e fez de um Filipe, um Frígio, governador da Judeia (1 Macabeus 1:4; 2 Macabeus 5:21).
29. No tempo determinado tornará. Descobrindo que a sua traição fora descoberta e que os dois irmãos haviam unido seu comando e força militar para mútuo apoio, ele tirou fora a máscara; e, tendo recrutado um grande exército no início da primavera, atravessou a Coelesíria, entrou no Egipto e, havendo submetido os habitantes de Mênfis, chegou a Alexandria marchando confortavelmente. Mas, diz o profeta, não será como na primeira vez, ou como na última. Ele não teve o mesmo sucesso como na primeira vez, quando derrubou o exército egípcio em Pelusium; nem como na última, quando tomou Mênfis e subjugou todo o Egipto, excepto Alexandria.
30. Porque virão contra ele navios de Quitim. É bem sabido que Quitim quer dizer o império romano. Antíoco, estando então em plena marcha sobre Alexandria, para a cercar, e à distância de sete milhas da cidade, ouviu que navios tinham ali chegado vindos de Roma, com embaixadores do Senado. Ele foi a saudá-los. Entregaram-lhe as cartas do Senado, nas quais era-lhe ordenado, sob pena de cair no desagrado do povo romano, a pôr fim à guerra contra seus sobrinhos. Antíoco disse que iria consultar os seus amigos; ao que Popilius, um dos delegados, tomou a sua equipa e, logo, desenhou um círculo em torno de Antíoco na areia onde ele estava e ordenou-lhe que não passasse desse círculo até que tivesse dado uma resposta peremptória. Antíoco, intimidado, disse que faria o que quer que o senado ordenasse; e poucos dias depois começou a sua marcha e voltou para a Síria. Por isso, ele se indignará. " Em indignação e resmungando," diz Políbio; mortificado, humilhado e desapontado. Ele se indignará contra o santo concerto. Porque ele descarregou a sua ira contra os Judeus; ele enviou seu general Apolónio com 22.000 homens contra Jerusalém, saquearam e incendiaram a cidade, derrubaram as casas ao redor dela, mataram a muitos do povo e erigiu uma fortaleza numa eminência que dominava o Templo e dizimou multidões dos pobres que tinham vindo adorar, profanou cada espaço, de modo que o culto do Templo foi totalmente abandonado e as pessoas todas fugiram da cidade. E quando ele voltou para Antioquia, publicou um decreto ordenando que todos se ajustassem ao culto grego; e o culto judaico foi totalmente abolido, sendo o próprio Templo consagrado a Júpiter Olímpio. Quão grande deve ter sido a maldade do povo para que Deus pudesse tolerar isso! Em levar a cabo estas coisas, ele teve consulta com os que abandonaram o santo concerto; com o ímpio Menelau, o sumo-sacerdote; e os judeus apóstatas juntaram-se a ele, dando, de vez em quando, essas informações a Antíoco, e assim incitaram-no contra Jerusalém, o Templo e o povo. Ver 1 Macabeus 1:41, 62; confirmado por Josefo, Guerra, livro 1, cap. 1, s. 1.
31. E sairão a ele uns braços. A Antíoco, braços, ou seja, os Romanos, sairão: porque "braços", em todos os lugares nesta profecia, denotam poder militar; e "sair", o poder em actividade e a conquistar.
36. E o rei fará conforme a sua vontade. Isto poderá aplicar-se a Antíoco que se exaltou a si próprio acima de todos os deuses, chamou a si mesmo deus, divertiu-se com todas as religiões, profanou o Templo. Mas outros acham que se refere a um poder anticristão dentro da Igreja, pois, na linguagem desta profecia, rei é tomado no sentido de poder, um reino, etc. Que tal poder surgiu na Igreja, o qual agiu de forma arbitrária contra todas as leis, humanas e divinas, é bem sabido. Este poder manifestou-se nos imperadores gregos, no Oriente, e nos bispos de Roma, no Ocidente.
quarta-feira, 15 de junho de 2011
Daniel, O Profeta
Capítulo 11:21-25
21. Depois se levantará em seu lugar uma pessoa vil. Trata-se de Antíoco, cognominado Epifânio - "o Ilustre." Eles não lhe deram a honra do reino; ele estava em Atenas, na sua vinda de Roma, quando seu pai morreu; e Heliodoro tinha-se declarado rei, como vários outros tinham feito. Mas Antíoco subiu ao trono pacificamente, pois ele obteve o reino por via de adulações. Ele adulou Eumenes, rei de Pérgamo e Átalo, seu irmão e conseguiu o auxílio deles. Ele adulou os romanos e enviou embaixadores para rogar o favor deles e pagar-lhes os tributos em atraso. Ele lisonjeou os Sírios e ganhou a cooperação deles; e, assim como ele lisonjeou os Sírios, também eles o lisonjearam, dando-lhe o epíteto de Epifânio - "o Ilustre." Mas que ele era o que o profeta aqui lhe chama, uma pessoa vil, é perfeitamente evidente a partir do que Políbio diz dele, no Ateneu, lib.5: "Ele associava-se a todos os homens: ele frequentava os estabelecimentos inferiores e tagarelava com os operários; ele frequentava as tabernas comuns e comia e bebia com os piores companheiros, entoando canções devassas." Devido a este relato, um escritor contemporâneo e outros depois dele, em vez de Epifânio, chamaram-lhe Epimanes - "O Maníaco."
22. E com as forças de uma inundação. As forças que foram arrastadas ... de diante dele foram os seus concorrentes à coroa. Eles foram derrotados pelas forças de Eumenes e Átalo, e dispersos com a chegada de Antíoco vindo de Atenas, cuja presença confundiu todos os projectos deles. O príncipe da aliança. Refere-se a Onias, o sumo sacerdote, que ele removeu e em cujo lugar ele instalou Jason, que lhe tinha dado uma grande soma de dinheiro; e, em seguida, colocou o ímpio Menelau no lugar dele, por lhe oferecer uma quantia maior. Assim, ele agiu fraudulentamente na aliança que fez com Jason.
23. Ele subirá. De Roma, onde tinha estado como refém para o pagamento do imposto lançado ao seu pai. Se tornará forte com pouca gente. No começo, ele tinha apenas uns poucos a abraçar a sua causa, quando chegou em Antioquia, estando o povo profundamente dividido entre os muitos pretendentes à coroa; mas sendo apoiado por Eumenes e Átalo, a pouca gente que o seguia aumentou e ele tornou-se forte.
24. Ele entrará pacificamente na posse até mesmo dos lugares mais férteis. Exactamente as províncias mais ricas - Coelesíria e Palestina. Ele fará o que nunca fizeram seus pais, nem os pais de seus pais. Ele tornou-se pródigo na sua generosidade e espalhou entre eles os despojos de seus inimigos, os saques de templos e as riquezas de seus amigos, bem como os seus próprios rendimentos. Ele gastou muito em espectáculos públicos e distribuiu presentes entre o povo. É-nos dito, em 1 Macabeus 3:30, que "na distribuição liberal de presentes, ele excedeu todos os reis que foram antes dele." Estas são quase as palavras do profeta. Ele maquinará os seus projectos. Quando Eulaeus e Lenaeus, que eram os tutores do jovem rei egípcio Ptolomeu Filométor, exigiram de Antíoco a restituição da Coelesíria e Palestina, o que ele recusou, ele previu que poderia encarar uma guerra com aquele reino; e, portanto, "ele projectou planos" - estabeleceu um sem número de planos para evitar isso, visitou as fortalezas e locais fronteiriços para ter a certeza de que estivessem preparados para a defesa. E ele fez isto por um tempo - ele ocupou alguns anos em preparações hostis contra o Egipto.
25. Ele suscitará a sua força. Antíoco marchou contra Ptolomeu, o rei do sul (Egipto), com um grande exército; e os generais egípcios tinham criado uma força poderosa. Sairá à batalha. Os dois exércitos se encontraram entre Pelusium e Monte Casius; mas ele (o rei do sul) não pôde resistir - o exército egípcio foi derrotado. Na campanha seguinte, teve maior sucesso: desbaratou o exército egípcio, tomou Mênfis e fez-se senhor de todo o Egipto, excepto Alexandria; ver 1 Macabeus 1:16-19. E todas estas vantagens ele as conseguiu por "maquinações ardilosas," provavelmente corrompendo os seus ministros e capitães. Ptolomeu Macron entregou Chipre a Antíoco; e os habitantes de Alexandria foram levados a renunciar à sua aliança com Ptolomeu Filométor, e tomaram Euergetes, ou Fiscon, seu irmão mais novo, e o fizeram rei em seu lugar. Tudo isso, sem dúvida, deveu-se aos subornos de Antíoco.
21. Depois se levantará em seu lugar uma pessoa vil. Trata-se de Antíoco, cognominado Epifânio - "o Ilustre." Eles não lhe deram a honra do reino; ele estava em Atenas, na sua vinda de Roma, quando seu pai morreu; e Heliodoro tinha-se declarado rei, como vários outros tinham feito. Mas Antíoco subiu ao trono pacificamente, pois ele obteve o reino por via de adulações. Ele adulou Eumenes, rei de Pérgamo e Átalo, seu irmão e conseguiu o auxílio deles. Ele adulou os romanos e enviou embaixadores para rogar o favor deles e pagar-lhes os tributos em atraso. Ele lisonjeou os Sírios e ganhou a cooperação deles; e, assim como ele lisonjeou os Sírios, também eles o lisonjearam, dando-lhe o epíteto de Epifânio - "o Ilustre." Mas que ele era o que o profeta aqui lhe chama, uma pessoa vil, é perfeitamente evidente a partir do que Políbio diz dele, no Ateneu, lib.5: "Ele associava-se a todos os homens: ele frequentava os estabelecimentos inferiores e tagarelava com os operários; ele frequentava as tabernas comuns e comia e bebia com os piores companheiros, entoando canções devassas." Devido a este relato, um escritor contemporâneo e outros depois dele, em vez de Epifânio, chamaram-lhe Epimanes - "O Maníaco."
22. E com as forças de uma inundação. As forças que foram arrastadas ... de diante dele foram os seus concorrentes à coroa. Eles foram derrotados pelas forças de Eumenes e Átalo, e dispersos com a chegada de Antíoco vindo de Atenas, cuja presença confundiu todos os projectos deles. O príncipe da aliança. Refere-se a Onias, o sumo sacerdote, que ele removeu e em cujo lugar ele instalou Jason, que lhe tinha dado uma grande soma de dinheiro; e, em seguida, colocou o ímpio Menelau no lugar dele, por lhe oferecer uma quantia maior. Assim, ele agiu fraudulentamente na aliança que fez com Jason.
23. Ele subirá. De Roma, onde tinha estado como refém para o pagamento do imposto lançado ao seu pai. Se tornará forte com pouca gente. No começo, ele tinha apenas uns poucos a abraçar a sua causa, quando chegou em Antioquia, estando o povo profundamente dividido entre os muitos pretendentes à coroa; mas sendo apoiado por Eumenes e Átalo, a pouca gente que o seguia aumentou e ele tornou-se forte.
24. Ele entrará pacificamente na posse até mesmo dos lugares mais férteis. Exactamente as províncias mais ricas - Coelesíria e Palestina. Ele fará o que nunca fizeram seus pais, nem os pais de seus pais. Ele tornou-se pródigo na sua generosidade e espalhou entre eles os despojos de seus inimigos, os saques de templos e as riquezas de seus amigos, bem como os seus próprios rendimentos. Ele gastou muito em espectáculos públicos e distribuiu presentes entre o povo. É-nos dito, em 1 Macabeus 3:30, que "na distribuição liberal de presentes, ele excedeu todos os reis que foram antes dele." Estas são quase as palavras do profeta. Ele maquinará os seus projectos. Quando Eulaeus e Lenaeus, que eram os tutores do jovem rei egípcio Ptolomeu Filométor, exigiram de Antíoco a restituição da Coelesíria e Palestina, o que ele recusou, ele previu que poderia encarar uma guerra com aquele reino; e, portanto, "ele projectou planos" - estabeleceu um sem número de planos para evitar isso, visitou as fortalezas e locais fronteiriços para ter a certeza de que estivessem preparados para a defesa. E ele fez isto por um tempo - ele ocupou alguns anos em preparações hostis contra o Egipto.
25. Ele suscitará a sua força. Antíoco marchou contra Ptolomeu, o rei do sul (Egipto), com um grande exército; e os generais egípcios tinham criado uma força poderosa. Sairá à batalha. Os dois exércitos se encontraram entre Pelusium e Monte Casius; mas ele (o rei do sul) não pôde resistir - o exército egípcio foi derrotado. Na campanha seguinte, teve maior sucesso: desbaratou o exército egípcio, tomou Mênfis e fez-se senhor de todo o Egipto, excepto Alexandria; ver 1 Macabeus 1:16-19. E todas estas vantagens ele as conseguiu por "maquinações ardilosas," provavelmente corrompendo os seus ministros e capitães. Ptolomeu Macron entregou Chipre a Antíoco; e os habitantes de Alexandria foram levados a renunciar à sua aliança com Ptolomeu Filométor, e tomaram Euergetes, ou Fiscon, seu irmão mais novo, e o fizeram rei em seu lugar. Tudo isso, sem dúvida, deveu-se aos subornos de Antíoco.
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Daniel, O Profeta
Capítulo 11:16-20
16. Ele se fincará na terra gloriosa. Judeia. Porque ele submeteu a Palestina; e os judeus lhe forneceram víveres e o ajudaram a reduzir a guarnição que Escopas havia deixado na cidadela de Jerusalém. Que por sua mão será consumado. Ou, "que será aperfeiçoado em sua mão." Porque Antíoco mostrou grande favor aos Judeus, ele trouxe de volta os que foram dispersos e os restabeleceu na terra; libertou os sacerdotes e levitas de todos os tributos.
17. E também firmará o propósito de vir. Antíoco propôs-se a fazer o seu exército marchar sobre o Egipto; mas pensou melhor seguir a via da fraude e, assim, propôs um tratado de casamento entre ele e sua filha Cleópatra, aqui chamada a filha de mulheres, por causa de sua grande beleza e talentos. E isso ele parece ter feito, tendo pessoas íntegras consigo. Ou, como a Septuaginta o lê, "E ele fará todas as coisas correctamente com ele;" ou seja, ele agiu como se não fosse influenciado por coisa nenhuma, senão as mais correctas intenções. Mas a sua intenção era que sua filha fosse uma armadilha para Ptolomeu e, por isso, propôs-se a corrompê-la para que ela pudesse trair o marido. Mas ela não ficará do seu lado. Pelo contrário, os interesses do seu marido tornaram-se-lhe mais caros do que os de seu pai e, por intermédio dela, Ptolomeu foi posto sobre sua guarda contra as intenções de Antíoco.
18. Virará o seu rosto para as ilhas. Antíoco armou uma grande frota de 100 navios de grande porte e 200 de menor calado e, com esta frota, subjugou a maioria dos lugares marítimos na costa do Mediterrâneo e tomou muitas das ilhas: Rodes, Samos, Eubaea, Colofon e outras. Mas um príncipe em sua própria defesa. Ou, "um capitão." O cônsul Acílio Glábrio fez que o seu opróbrio ... cessasse" derrotou e destroçou o seu exército no estreito das Termópilas, e expulsou-o da Grécia. Então, obrigou-o a pagar o tributo que ele esperava impor aos outros, pois ele lhe concederia a paz apenas soba condição de pagar os custos da guerra, 15 mil talentos. Sem o seu próprio opróbrio. Sem perder uma batalha, ou dar um passo em falso, Acílio deu lugar a que o opróbrio que ele estava a trazer sobre os romanos recaísse sobre si mesmo.
19. Ele voltará o seu rosto para as fortalezas da sua própria terra. Após esta derrota vergonhosa, Antíoco fugiu para Sardes, daí para Apamea e, no dia seguinte, entrou na Síria e alcançou Antioquia, sua própria fortaleza, de onde enviou embaixadores para tratar da paz; e foi obrigado a comprometer-se a pagar a enorme quantia de dinheiro acima mencionada. Mas tropeçará e cairá. Achando-se envolvido nas maiores dificuldades para ajuntar o montante estipulado, marchou sobre as suas províncias do leste para exigir os impostos em atraso; e, na tentativa de saquear o templo de Júpiter Belus, em Elymais, a populaça se lhe opôs e ele e seus servidores foram mortos. Este é o relato que Diodoro Siculo, Estrabão e Justino dão de sua morte.
20. Levantar-se-á, depois, em lugar dele um colector de impostos. Seleuco Filopater sucedeu a seu pai, Antíoco. Ele mandou o seu tesoureiro, Heliodoro, para se apoderar do dinheiro depositado no Templo de Jerusalém que é aqui chamada a glória do reino; ver 2 Macabeus 9:23. Ele estava tão apertado para pagar o imposto anual aos Romanos que se via obrigado a carregar os seus súbditos com impostos contínuos. Ele será destruído, sem ira - não a lutar contra um inimigo, nem batalha - à frente das suas tropas; mas de modo vil e traiçoeiramente, pela mão de Heliodoro, seu tesoureiro, que esperava reinar em seu lugar.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Daniel, O Profeta
Capítulo 11:11-15
11. O rei do sul. Ptolomeu Philopater, que sucedeu a seu pai, Euergetes. Sairá e pelejará contra ele. Ele saiu a Ráfia, onde foi recebido por Antíoco, quando uma terrível batalha foi travada entre estes dois reis. E ele (Antíoco, o rei do norte) porá em campo grande multidão. Somando 62.000 soldados de infantaria, 6.000 da cavalaria e 102 elefantes; mas ainda assim a multidão foi dada em sua mão, a mão do rei do sul; pois, Ptolomeu obteve uma vitória completa. Ráfia e outras cidades vizinhas pronunciaram-se a favor do vencedor e Antíoco viu-se obrigado a refugiar-se, com o seu exército desbaratado, em Antioquia, a partir de onde ele enviou a propor a paz. Ver Políbio. lib. 5.
12. O coração dele se exaltará. Tivesse Ptolomeu aperfeiçoado a sua vitória, ele podia ter desapossado Antíoco de todo o seu império; mas, dando lugar ao orgulho e a uma vida criminosamente sensual, fez as pazes em condições desonrosas; e, embora ele tivesse alcançado uma grande vitória, contudo, o seu reino não foi fortalecido por ela, porque os seus súbditos ficaram descontentes e rebelaram-se contra ele ou, no mínimo, tornaram-se-lhe consideravelmente desafectos.
13. O rei do norte tornará ... ao cabo de alguns anos. Cerca de 14 anos depois, Antíoco voltou, estando Philopater morto e sendo seu filho Ptolomeu Epifânio ainda menor. Ele trouxe um exército muito maior e mais riquezas; estas tinham sido ajuntadas numa expedição recente ao oriente.
14. Se levantarão muitos contra o rei do sul. Antíoco e Filipe, rei da Macedónia, uniram-se para invadir o Egipto. Também os ladrões do teu povo. Os judeus, que se revoltaram contra a sua religião e se juntaram a Ptolomeu, sob Escopas. Se levantarão para estabelecer a visão. Ou seja, para construir, no Egipto, um templo como o de Jerusalém, esperando, assim, cumprir uma profecia de Isaías, capº. 30:18-25, que parecia dar a perceber que os judeus e os egípcios deviam tonar-se um só povo. Eles agora se afastaram de Ptolomeu e se juntaram a Antíoco e este foi o meio de contribuir grandemente para o cumprimento das profecias que anunciavam as calamidades que haviam de recair sobre os judeus. Mas eles cairão. Porque Escopas veio de Ptolomeu com um grande exército e, enquanto Antíoco estava envolvido em outras partes, submeteu Caelesíria e Palestina, subjugou os judeus, colocou guardas nas costas de Jerusalém e retornou ao Egipto com imensos despojos.
15. Então o rei do norte. Antíoco veio a recuperar a Judeia. Escopas foi enviado por Ptolomeu para combatê-lo; mas ele foi derrotado perto das fontes do Jordão e obrigado a refugiar-se em Sidon com 10.000 homens. Antíoco perseguiu-o e o sitiou e ele viu-se obrigado, pela fome, a render-se incondicionalmente, e apenas suas vidas foram poupadas. Antíoco, depois, sitiou várias das cidades fortificadas e as tomou; em suma, arrastou tudo diante dele; de tal modo que o rei do sul, Ptolomeu e o seu povo escolhido, os seus mais hábeis generais, não foram capazes de se lhe opor.
11. O rei do sul. Ptolomeu Philopater, que sucedeu a seu pai, Euergetes. Sairá e pelejará contra ele. Ele saiu a Ráfia, onde foi recebido por Antíoco, quando uma terrível batalha foi travada entre estes dois reis. E ele (Antíoco, o rei do norte) porá em campo grande multidão. Somando 62.000 soldados de infantaria, 6.000 da cavalaria e 102 elefantes; mas ainda assim a multidão foi dada em sua mão, a mão do rei do sul; pois, Ptolomeu obteve uma vitória completa. Ráfia e outras cidades vizinhas pronunciaram-se a favor do vencedor e Antíoco viu-se obrigado a refugiar-se, com o seu exército desbaratado, em Antioquia, a partir de onde ele enviou a propor a paz. Ver Políbio. lib. 5.
12. O coração dele se exaltará. Tivesse Ptolomeu aperfeiçoado a sua vitória, ele podia ter desapossado Antíoco de todo o seu império; mas, dando lugar ao orgulho e a uma vida criminosamente sensual, fez as pazes em condições desonrosas; e, embora ele tivesse alcançado uma grande vitória, contudo, o seu reino não foi fortalecido por ela, porque os seus súbditos ficaram descontentes e rebelaram-se contra ele ou, no mínimo, tornaram-se-lhe consideravelmente desafectos.
13. O rei do norte tornará ... ao cabo de alguns anos. Cerca de 14 anos depois, Antíoco voltou, estando Philopater morto e sendo seu filho Ptolomeu Epifânio ainda menor. Ele trouxe um exército muito maior e mais riquezas; estas tinham sido ajuntadas numa expedição recente ao oriente.
14. Se levantarão muitos contra o rei do sul. Antíoco e Filipe, rei da Macedónia, uniram-se para invadir o Egipto. Também os ladrões do teu povo. Os judeus, que se revoltaram contra a sua religião e se juntaram a Ptolomeu, sob Escopas. Se levantarão para estabelecer a visão. Ou seja, para construir, no Egipto, um templo como o de Jerusalém, esperando, assim, cumprir uma profecia de Isaías, capº. 30:18-25, que parecia dar a perceber que os judeus e os egípcios deviam tonar-se um só povo. Eles agora se afastaram de Ptolomeu e se juntaram a Antíoco e este foi o meio de contribuir grandemente para o cumprimento das profecias que anunciavam as calamidades que haviam de recair sobre os judeus. Mas eles cairão. Porque Escopas veio de Ptolomeu com um grande exército e, enquanto Antíoco estava envolvido em outras partes, submeteu Caelesíria e Palestina, subjugou os judeus, colocou guardas nas costas de Jerusalém e retornou ao Egipto com imensos despojos.
15. Então o rei do norte. Antíoco veio a recuperar a Judeia. Escopas foi enviado por Ptolomeu para combatê-lo; mas ele foi derrotado perto das fontes do Jordão e obrigado a refugiar-se em Sidon com 10.000 homens. Antíoco perseguiu-o e o sitiou e ele viu-se obrigado, pela fome, a render-se incondicionalmente, e apenas suas vidas foram poupadas. Antíoco, depois, sitiou várias das cidades fortificadas e as tomou; em suma, arrastou tudo diante dele; de tal modo que o rei do sul, Ptolomeu e o seu povo escolhido, os seus mais hábeis generais, não foram capazes de se lhe opor.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
Daniel, O Profeta
Capítulo 11:6-10
6. Ao cabo de anos. Várias circunstâncias históricas são omitidas aqui. A filha do rei do Sul. Berenice, filha de Ptolomeu Filadelfo, rei do Egito, casou-se com Antíoco Theos, rei da Síria. Estes dois soberanos envolveram-se numa sangrenta guerra durante alguns anos; e chegaram a acordo para pôr-lhe termo por esse casamento, com a condição de que Antíoco repudiar sua esposa Laodice e os filhos dela, o que ele fez; e, tendo Berenice trazido uma imensa fortuna para o seu marido, parecia que todas as coisas corriam bem por algum tempo. Ela, porém, não conservará a força do braço. "A posteridade dela" não reinará nesse trono. Porque ela será entregue. Antíoco lembrou-se da sua ex-esposa, Laodice e dos filhos dela; e ela, temendo que ele pudesse chamar Berenice de novo, fez com que ele fosse envenenado e ela assassinada, e pôs seu filho Calínico no trono. E bem assim os que a trouxeram. Suas cortesãs egípcias, esforçando-se para defender sua patroa, foram muitas delas mortas. E aquele que a gerou. Ou, como a margem, "aquele que ela deu à luz"; o filho que foi assassinado, assim como a mãe, por despacho de Laodice. E aquele que lhe deu força. Provavelmente, seu pai Ptolomeu, que gostava excessivamente dela e que tinha morrido alguns anos antes.
7. Mas de um renovo da linhagem dela. Um ramo da mesma raiz de onde ela brotou. Trata-se de Ptolomeu Euergetes, seu irmão, que, para vingar a morte de sua irmã, marchou, com um grande exército, contra Seleuco Calínico, tomou alguns dos seus melhores lugares, de facto, toda a Ásia, desde o monte Taurus até à Índia e retornou ao Egipto com um espólio imenso, 40.000 talentos de prata, vasos preciosos e 2.500 imagens de seus deuses, sem que Calínico ousasse oferecer-lhe luta.
8. Por alguns anos ele deixará em paz. Seleuco Calínico morreu (como exilado) de uma queda do seu cavalo e Ptolomeu Euergetes sobreviveu a ele quatro ou cinco anos.
9. Assim, o rei do sul - Ptolomeu Euergetes - entrará no seu reino - o de Seleuco Calínico. E tornará. Ouvindo que tinha tido lugar, no Egipto, um tumulto, Ptolomeu Euergetes viu-se obrigado a voltar rapidamente a fim de o reprimir; doutro modo, ele tinha destruído totalmente o reino de Calínico.
10. Mas os seus filhos se movimentarão. Isto é, os filhos de Calínico, que eram Seleuco Cerauno e Antíoco, mais tarde chamado o Grande. Reunirão uma multidão. Seleuco Cerauno reuniu numerosas forças a fim de recuperar os domínios de seu pai; mas, não tendo dinheiro para pagar-lhes, elas se tornaram rebeldes e ele foi envenenado por dois dos seus próprios generais. Então, seu irmão Antíoco foi proclamado rei; de modo que apenas um dos filhos certamente veio, e arrasou, e passou adiante; ele retomou Selêucia e recuperou a Síria. Ele então voltou e subjugou Nicolau, o general egípcio; e parecia disposto a invadir o Egipto, pois ele até chegou à sua fortaleza, às fronteiras do Egipto.
6. Ao cabo de anos. Várias circunstâncias históricas são omitidas aqui. A filha do rei do Sul. Berenice, filha de Ptolomeu Filadelfo, rei do Egito, casou-se com Antíoco Theos, rei da Síria. Estes dois soberanos envolveram-se numa sangrenta guerra durante alguns anos; e chegaram a acordo para pôr-lhe termo por esse casamento, com a condição de que Antíoco repudiar sua esposa Laodice e os filhos dela, o que ele fez; e, tendo Berenice trazido uma imensa fortuna para o seu marido, parecia que todas as coisas corriam bem por algum tempo. Ela, porém, não conservará a força do braço. "A posteridade dela" não reinará nesse trono. Porque ela será entregue. Antíoco lembrou-se da sua ex-esposa, Laodice e dos filhos dela; e ela, temendo que ele pudesse chamar Berenice de novo, fez com que ele fosse envenenado e ela assassinada, e pôs seu filho Calínico no trono. E bem assim os que a trouxeram. Suas cortesãs egípcias, esforçando-se para defender sua patroa, foram muitas delas mortas. E aquele que a gerou. Ou, como a margem, "aquele que ela deu à luz"; o filho que foi assassinado, assim como a mãe, por despacho de Laodice. E aquele que lhe deu força. Provavelmente, seu pai Ptolomeu, que gostava excessivamente dela e que tinha morrido alguns anos antes.
7. Mas de um renovo da linhagem dela. Um ramo da mesma raiz de onde ela brotou. Trata-se de Ptolomeu Euergetes, seu irmão, que, para vingar a morte de sua irmã, marchou, com um grande exército, contra Seleuco Calínico, tomou alguns dos seus melhores lugares, de facto, toda a Ásia, desde o monte Taurus até à Índia e retornou ao Egipto com um espólio imenso, 40.000 talentos de prata, vasos preciosos e 2.500 imagens de seus deuses, sem que Calínico ousasse oferecer-lhe luta.
8. Por alguns anos ele deixará em paz. Seleuco Calínico morreu (como exilado) de uma queda do seu cavalo e Ptolomeu Euergetes sobreviveu a ele quatro ou cinco anos.
9. Assim, o rei do sul - Ptolomeu Euergetes - entrará no seu reino - o de Seleuco Calínico. E tornará. Ouvindo que tinha tido lugar, no Egipto, um tumulto, Ptolomeu Euergetes viu-se obrigado a voltar rapidamente a fim de o reprimir; doutro modo, ele tinha destruído totalmente o reino de Calínico.
10. Mas os seus filhos se movimentarão. Isto é, os filhos de Calínico, que eram Seleuco Cerauno e Antíoco, mais tarde chamado o Grande. Reunirão uma multidão. Seleuco Cerauno reuniu numerosas forças a fim de recuperar os domínios de seu pai; mas, não tendo dinheiro para pagar-lhes, elas se tornaram rebeldes e ele foi envenenado por dois dos seus próprios generais. Então, seu irmão Antíoco foi proclamado rei; de modo que apenas um dos filhos certamente veio, e arrasou, e passou adiante; ele retomou Selêucia e recuperou a Síria. Ele então voltou e subjugou Nicolau, o general egípcio; e parecia disposto a invadir o Egipto, pois ele até chegou à sua fortaleza, às fronteiras do Egipto.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
Daniel, O Profeta
Capítulo 11:1-5
1. No primeiro ano de Dario, o medo. Esta é uma continuação do discurso anterior.
2. Ainda três reis se levantarão. Gabriel já havia falado de Ciro que, então, se encontrava a reinar; e depois dele, três outros deviam levantar-se. Foram eles: Cambises, filho de Ciro; Smerdis, o Mago, que era um impostor que fingia ser um outro filho de Ciro; e Dario, filho de Hystaspes, que se casou com Mandane, filha de Ciro. O quarto será muito mais rico do que todos eles. Este era Xerxes, filho de Dario, de quem diz Justino: "Ele tinha uma tão grande abundância de riquezas no seu reino, que, ainda que os rios fossem esgotados pelos seus exércitos numerosos, contudo a sua riqueza permanecia inesgotável."
3. Um rei poderoso se levantará. Este foi Alexandre, o Grande. Não se diz que este rei poderoso se levantará contra Xerxes, pois ele não nasceu senão cem anos depois daquele monarca; mas, simplesmente, que ele se "levantaria", ou seja, que ele havia de reinar na Grécia.
4. O seu reino será quebrado. Depois da sua morte, será dividido entre os seus quatro principais generais, como já vimos antes. Ver o capítulo 8:22. Mas não para a sua posteridade. A família de Alexandre teve um fim muito trágico, de maneira que, quinze anos após a sua morte, ninguém de sua família ou posteridade permanecia vivo! "Sangue clama por sangue." Ele (Alexandre) foi o grande carniceiro da humanidade. Ele, ou foi envenenado, ou matou-se por beber em demasia, quando tinha apenas 32 anos e oito meses de idade; e uma Providência distributiva destruiu toda a sua posteridade, para que deles nem raiz nem ramo fosse deixado sobre a face da terra. Assim terminou Alexandre, o grande açougueiro; e assim terminou a sua família e posteridade.
5. O rei do Sul. Este foi Ptolomeu Lagus, um dos seus generais, que tinha o governo do Egipto, Libra, etc, situados a sul da Judeia. Ele era forte, pois tinha acrescentado Chipre, Fenícia, Caria, etc. ao seu reino do Egipto. Como também um dos seus príncipes; este será mais forte do que ele. Este era Seleuco Nicator, que possuía a Síria, Babilónia, Média e os países vizinhos. Ele era o "rei do norte", porque os seus domínios situavam-se a norte da Judeia.
1. No primeiro ano de Dario, o medo. Esta é uma continuação do discurso anterior.
2. Ainda três reis se levantarão. Gabriel já havia falado de Ciro que, então, se encontrava a reinar; e depois dele, três outros deviam levantar-se. Foram eles: Cambises, filho de Ciro; Smerdis, o Mago, que era um impostor que fingia ser um outro filho de Ciro; e Dario, filho de Hystaspes, que se casou com Mandane, filha de Ciro. O quarto será muito mais rico do que todos eles. Este era Xerxes, filho de Dario, de quem diz Justino: "Ele tinha uma tão grande abundância de riquezas no seu reino, que, ainda que os rios fossem esgotados pelos seus exércitos numerosos, contudo a sua riqueza permanecia inesgotável."
3. Um rei poderoso se levantará. Este foi Alexandre, o Grande. Não se diz que este rei poderoso se levantará contra Xerxes, pois ele não nasceu senão cem anos depois daquele monarca; mas, simplesmente, que ele se "levantaria", ou seja, que ele havia de reinar na Grécia.
4. O seu reino será quebrado. Depois da sua morte, será dividido entre os seus quatro principais generais, como já vimos antes. Ver o capítulo 8:22. Mas não para a sua posteridade. A família de Alexandre teve um fim muito trágico, de maneira que, quinze anos após a sua morte, ninguém de sua família ou posteridade permanecia vivo! "Sangue clama por sangue." Ele (Alexandre) foi o grande carniceiro da humanidade. Ele, ou foi envenenado, ou matou-se por beber em demasia, quando tinha apenas 32 anos e oito meses de idade; e uma Providência distributiva destruiu toda a sua posteridade, para que deles nem raiz nem ramo fosse deixado sobre a face da terra. Assim terminou Alexandre, o grande açougueiro; e assim terminou a sua família e posteridade.
5. O rei do Sul. Este foi Ptolomeu Lagus, um dos seus generais, que tinha o governo do Egipto, Libra, etc, situados a sul da Judeia. Ele era forte, pois tinha acrescentado Chipre, Fenícia, Caria, etc. ao seu reino do Egipto. Como também um dos seus príncipes; este será mais forte do que ele. Este era Seleuco Nicator, que possuía a Síria, Babilónia, Média e os países vizinhos. Ele era o "rei do norte", porque os seus domínios situavam-se a norte da Judeia.
terça-feira, 12 de abril de 2011
Daniel, o Profeta
CAPÍTULO 11
Este capítulo dá uma explicação mais minuciosa dos acontecimentos que foram preditos no oitavo capítulo. O profeta havia predito a divisão do reino de Alexandre em quatro partes. Duas delas, nas quais estavam incluídos o Egipto e a Síria, um para o norte, o outro para o sul, em relação à Judeia, parecem ter prendido a atenção principal do profeta, porque ao seu povo interessava, de modo especial, a sorte deles; sendo estes os países em que, de longe, o maior número de judeus se encontravam e ainda se encontram dispersos. Ele trata destes países (de acordo com os pontos de vista dos expositores mais esclarecidos) deste então até à conquista da Macedónia, A.M. 3836, 168 A.C., quando começa a falar dos Romanos, 1-30; e, em seguida, da Igreja sob esse poder, 31-35. Isto leva-o a falar do Anticristo, que estava para surgir naquela região, 36-39; e dos poderes que, no tempo do fim ou nos últimos dias da monarquia romana (como este termo é geralmente entendido), haviam de empurrar para ele e derrubar muitos países, 40-43. Por o rei do sul, no verso quarenta, supõe-se querer ele entender o domínio dos Sarracenos ou Árabes, o qual se revelou uma praga excessivamente grande para o império Romano do oriente e, também, para vários territórios papais, no espaço de 150 anos, isto é, a partir de 612 A.D., quando Maomé e seus seguidores, primeiro, começaram os seus saques, até 762 A.D., quando Bagdad foi construída e tornou-se a capital dos califas da casa de Abbas, época a partir da qual os Sarracenos tornaram-se um povo mais sedentário. Por o rei do norte, no mesmo versículo, supõem alguns que o profeta designa o grande flagelo da Cristandade Oriental, o império Otomano ou Otmano, pelo qual, depois de cerca de cento e cinquenta anos de hostilidades quase ininterruptas, o império Romano do Oriente foi completamente subvertido, 1453 A.D. O capítulo termina com a predição da queda final deste poder do norte e da maneira como este grande evento se cumprirá, 44-45. Mas deve notar-se que, apesar das observações muito sábias do Bispo Newton e de outros, sobre este capítulo, o modelo de interpretação deles apresenta dificuldades muito grandes e intransponíveis, entre as quais, o muito dilatado detalhe de eventos da história da Síria e do Egipto que compreende um período de menos de 200 anos e a transição bastante estranha para as operações incomparavelmente maiores dos tempos anticristãos e de muito mais longa duração, que são passadas por alto com estranha brevidade, não são as menos importantes. No entanto, em todas estas matérias, o leitor deve julgar por si mesmo. Ver as notas.
Este capítulo dá uma explicação mais minuciosa dos acontecimentos que foram preditos no oitavo capítulo. O profeta havia predito a divisão do reino de Alexandre em quatro partes. Duas delas, nas quais estavam incluídos o Egipto e a Síria, um para o norte, o outro para o sul, em relação à Judeia, parecem ter prendido a atenção principal do profeta, porque ao seu povo interessava, de modo especial, a sorte deles; sendo estes os países em que, de longe, o maior número de judeus se encontravam e ainda se encontram dispersos. Ele trata destes países (de acordo com os pontos de vista dos expositores mais esclarecidos) deste então até à conquista da Macedónia, A.M. 3836, 168 A.C., quando começa a falar dos Romanos, 1-30; e, em seguida, da Igreja sob esse poder, 31-35. Isto leva-o a falar do Anticristo, que estava para surgir naquela região, 36-39; e dos poderes que, no tempo do fim ou nos últimos dias da monarquia romana (como este termo é geralmente entendido), haviam de empurrar para ele e derrubar muitos países, 40-43. Por o rei do sul, no verso quarenta, supõe-se querer ele entender o domínio dos Sarracenos ou Árabes, o qual se revelou uma praga excessivamente grande para o império Romano do oriente e, também, para vários territórios papais, no espaço de 150 anos, isto é, a partir de 612 A.D., quando Maomé e seus seguidores, primeiro, começaram os seus saques, até 762 A.D., quando Bagdad foi construída e tornou-se a capital dos califas da casa de Abbas, época a partir da qual os Sarracenos tornaram-se um povo mais sedentário. Por o rei do norte, no mesmo versículo, supõem alguns que o profeta designa o grande flagelo da Cristandade Oriental, o império Otomano ou Otmano, pelo qual, depois de cerca de cento e cinquenta anos de hostilidades quase ininterruptas, o império Romano do Oriente foi completamente subvertido, 1453 A.D. O capítulo termina com a predição da queda final deste poder do norte e da maneira como este grande evento se cumprirá, 44-45. Mas deve notar-se que, apesar das observações muito sábias do Bispo Newton e de outros, sobre este capítulo, o modelo de interpretação deles apresenta dificuldades muito grandes e intransponíveis, entre as quais, o muito dilatado detalhe de eventos da história da Síria e do Egipto que compreende um período de menos de 200 anos e a transição bastante estranha para as operações incomparavelmente maiores dos tempos anticristãos e de muito mais longa duração, que são passadas por alto com estranha brevidade, não são as menos importantes. No entanto, em todas estas matérias, o leitor deve julgar por si mesmo. Ver as notas.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Daniel, o Profeta
Capítulo 10:14-21
14. Porque a visão é ainda para muitos dias. Há muitas coisas que restam ainda para ser reveladas e o tempo do seu cumprimento está muito distante.
15. Abaixei o meu rosto. Ele estava em pé direito, vers. 11 e, neste momento, inclinou seu corpo em reverência e olhou para baixo para o chão.
16. Como semelhança dos filhos dos homens. Acho que aqui tem-se em vista Gabriel, que apareceu a Daniel em forma humana; e, do mesmo modo, no versículo 18; ver também o capº. 9:21. Me tocou os lábios. Antes disso ele tinha estado incapaz de falar. Por causa da visão. A visão que já tive e da qual não tenho um conhecimento exacto, afligiu-me grandemente, porque vejo que ela dá a entender calamidades atrozes para o meu povo. Ver o capº. 9:26.
17. Nem fôlego ficou. Ele não podia respirar livremente; estava quase sufocado de tristeza.
19. Homem muito amado. "Homem de deleites". Fala, meu senhor. Agora estou tão fortalecido e encorajado, que serei capaz de suportar qualquer revelação que possa fazer.
20. Sabes porque eu vim? Tão elevado estás no favor de Deus, que Ele me enviou a ti, para te dar mais satisfação, embora eu estivesse em outro lugar, ocupado numa missão da máxima importância, e deva voltar rapidamente para a cumprir, isto é, Pelejar contra o príncipe da Pérsia. Remover todos os escrúpulos de Ciro e animá-lo a fazer tudo o que Deus projecta para ele fazer pela restauração do meu povo e a reedificação da cidade e Templo de Jerusalém. Nada menos do que uma influência sobrenatural no espírito de Ciro contará para o seu decreto em favor dos Judeus. Ele não tinha nenhuma inclinação natural nem política para o fazer; e a sua relutância em obedecer às propostas celestiais é aqui representada como uma luta entre ele e o anjo. Virá o príncipe da Grécia. Acredito que isto se refere a Alexandre, o Grande, que havia de destruir o império Persa. Veja o segundo e o terceiro versos do capítulo seguinte.
21. Expresso na escritura da verdade. Talvez isso se refira ao que ele já tinha posto por escrito. Veja as visões anteriores que Daniel não entendia completamente, embora uma impressão geral, proveniente delas, tivesse enchido seu coração de tristeza. Miguel, vosso príncipe. O arcanjo mencionado anteriormente, vers. 13 e que sempre se supõe ter sido nomeado por Deus como o guardião da nação Judaica. Parece que Deus escolheu fazer uso do ministério de anjos nesta ocupação; que os anjos, visto que eles só podiam estar em um lugar de cada vez, não eram capazes de produzir influência onde não estivessem; e que, para realizar a operação na mente do rei Persa, era necessário que ou Gabriel ou Miguel estivesse presente com ele, e, quando um fosse enviado noutra comissão, o outro tomasse o seu lugar; ver vers.13. Mas nós sabemos tão pouco do mundo invisível que nós não podemos, com segurança, afirmar nada de forma positiva.
14. Porque a visão é ainda para muitos dias. Há muitas coisas que restam ainda para ser reveladas e o tempo do seu cumprimento está muito distante.
15. Abaixei o meu rosto. Ele estava em pé direito, vers. 11 e, neste momento, inclinou seu corpo em reverência e olhou para baixo para o chão.
16. Como semelhança dos filhos dos homens. Acho que aqui tem-se em vista Gabriel, que apareceu a Daniel em forma humana; e, do mesmo modo, no versículo 18; ver também o capº. 9:21. Me tocou os lábios. Antes disso ele tinha estado incapaz de falar. Por causa da visão. A visão que já tive e da qual não tenho um conhecimento exacto, afligiu-me grandemente, porque vejo que ela dá a entender calamidades atrozes para o meu povo. Ver o capº. 9:26.
17. Nem fôlego ficou. Ele não podia respirar livremente; estava quase sufocado de tristeza.
19. Homem muito amado. "Homem de deleites". Fala, meu senhor. Agora estou tão fortalecido e encorajado, que serei capaz de suportar qualquer revelação que possa fazer.
20. Sabes porque eu vim? Tão elevado estás no favor de Deus, que Ele me enviou a ti, para te dar mais satisfação, embora eu estivesse em outro lugar, ocupado numa missão da máxima importância, e deva voltar rapidamente para a cumprir, isto é, Pelejar contra o príncipe da Pérsia. Remover todos os escrúpulos de Ciro e animá-lo a fazer tudo o que Deus projecta para ele fazer pela restauração do meu povo e a reedificação da cidade e Templo de Jerusalém. Nada menos do que uma influência sobrenatural no espírito de Ciro contará para o seu decreto em favor dos Judeus. Ele não tinha nenhuma inclinação natural nem política para o fazer; e a sua relutância em obedecer às propostas celestiais é aqui representada como uma luta entre ele e o anjo. Virá o príncipe da Grécia. Acredito que isto se refere a Alexandre, o Grande, que havia de destruir o império Persa. Veja o segundo e o terceiro versos do capítulo seguinte.
21. Expresso na escritura da verdade. Talvez isso se refira ao que ele já tinha posto por escrito. Veja as visões anteriores que Daniel não entendia completamente, embora uma impressão geral, proveniente delas, tivesse enchido seu coração de tristeza. Miguel, vosso príncipe. O arcanjo mencionado anteriormente, vers. 13 e que sempre se supõe ter sido nomeado por Deus como o guardião da nação Judaica. Parece que Deus escolheu fazer uso do ministério de anjos nesta ocupação; que os anjos, visto que eles só podiam estar em um lugar de cada vez, não eram capazes de produzir influência onde não estivessem; e que, para realizar a operação na mente do rei Persa, era necessário que ou Gabriel ou Miguel estivesse presente com ele, e, quando um fosse enviado noutra comissão, o outro tomasse o seu lugar; ver vers.13. Mas nós sabemos tão pouco do mundo invisível que nós não podemos, com segurança, afirmar nada de forma positiva.
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