terça-feira, 6 de janeiro de 2009

ADEUS 2008, VIVA 2009

Nos meus dias de criança, na minha terra, era assim que, na última noite, se despedia do ano que findava e se saudava o que principiava. Se este fosse um daqueles anos da minha infância e adolescência, ver-se-ia, em muitas ou na maioria das portas ou paredes frontais das casas: "Adeus 2008, viva 2009!" Seria a declaração de saudade de um ano que, não obstante as muitas razões de queixa que tenha dado, durante o seu desenrolar, acaba deixando nostalgia nas pessoas, porque é assim que nós somos. Enquanto sofremos, o nosso atormentador é monstruoso. Mal respira o último fôlego, metamorfoseia, tornando-se merecedor de elogioso epitáfio: "Não era má pessoa!" ou "Coitado, era um homem de bem!" ou "Aqui jaz um vencedor!".
Bem, se 2008 deixou saudades, é justo que digamos um "Adeus", com toda a força dos nossos pulmões.
De facto, a geração sofisticada dos nossos dias encontrou nos fogos de artifício uma forma evoluída de se apartar, para sempre, de um ano que teve muitas "virtudes," uma das quais foi o aviso, repetido inúmeras vezes, de que 2009 será um ano atormentador, vai sugar o sangue de muitos, trará o manto negro do algoz ... Afinal de contas, quem avisa, amigo é.
Mas, se ao passado se justifica um sentido "adeus", como aprovar um "viva" a futuro incerto, presumivelmente de tortura e dor, que se avizinha? A razão deve ser procurada na confiança, ou na intuição de que tudo vai dar certo. Então, venha, futuro, que, aqui, te esperamos!
Os anos de vida têm mostrado que há-de se dar um jeito. Tudo se arranjará, no decurso do tempo. O empirismo popular garante que o ano vai dar certo.
Uma senhora dizia-se, na rádio, de 57 anos e que, desde a infância, ouvira sempre dizer-se que "a vida estava cara...." Bem entendido, para a gente comum, nunca houve vida barata; e gente comum sempre disse "adeus" e "viva" aos anos que se sucederam.
Acho que penso um pouco como ela. Creio que há Alguém que administra esta vida. Ele promete oferecer todas as condições para se viver em condições, independentemente de aspectos circunstanciais. É Ele que manda o Seu sol sobre bons e maus e Sua chuva sobre dignos e indignos.
Há também quem pretenda, através do medo, desviar dAquele e manietar os que, mesmo através da cultura, aprenderam a confiar em e contar com Ele. Quanto mais negro o quadro, maior o controle!
Não seja, pois, assim! Confiemos em Deus. Principalmente os que cremos na bondade e fidelidade infinitas do Pai Celestial. Dois pássaros dialogavam, certo dia. O mocho disse ao pardal: "Eu não sei porque anda toda essa gente, lá em baixo, para cima e para baixo, preocupada e sem descanso." Respondeu o pardal: "Talvez porque não têm um Pai Celestial que cuide das suas necessidades, como eu e tu"!
Não importa com que contornos os arautos de maus agoiros apresentam o futuro agora iniciado. O que importa é que, do Governador Universal, temos a mensagem feita soar pelos anjos, aquando da visita dos céus à terra, no primeiro Natal: "...paz na terra, boa vontade para com os homens.", ou "... paz na terra para as pessoas a quem Ele quer bem!"
Ninguém sucumba ao medo da escuridão se temos a LUZ ao nosso alcance! Busque a Deus, em Jesus Cristo. Tome-O como seu Pai e, do demais, cuidará Ele.

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