quarta-feira, 28 de março de 2012

O Livro de JOEL

Capítulo 1: 6-20

        6. Uma nação veio sobre a minha terra. Pouca dúvida há de que se quer dizer gafanhotos reais são; mas pensa-se que esta pode ser uma profecia dupla e que a destruição pelos Caldeus também pode ser entendida e que os quatro tipos de gafanhotos acima mencionados podem significar os quatro diferentes ataques feitos por eles à Judeia : o primeiro, no último ano de Nabonassar (pai de Nabucodonosor), que foi o terceiro de Jeoiaquim; o segundo, quando Jeoiaquim foi feito prisioneiro, no décimo primeiro ano do seu reinado; o terceiro, no nono ano de Zedequias; e o quarto, três anos depois, quando Jerusalém foi destruída por Nabucodonosor. Outros dizem que eles significam quatro potências que têm sido inimigas dos Judeus: (1) A lagarta, os Assírios e os Caldeus. (2) O gafanhoto, os Persas e os Medos. (3) O gafanhoto, os Gregos e, particularmente, Antíoco Epifânio. (4) A lagarta, os Romanos.
        7. Fez da minha videira uma assolação. Os gafanhotos comeram todas as folhas, bem como a casca. Chasoph chasaphah, ele limpou-a toda, deixando-a nua; suddad sadeh, "o campo está feito uma desolação," v. 10; e kesod mishshaddai, uma destruição da parte do Todo-Poderoso, v.15, são todos paronomásias, com que este profeta parece deliciar-se.
        8. Lamenta como a virgem... pelo marido da sua mocidade. Virgem é uma versão muito imprópria aqui. O original é bethulah, que significa uma mulher jovem ou noiva, não uma virgem.
        9. Foi cortada a oferta de cereais e a libação. Neste versículo e nos seguintes, com uma variedade impressionante de expressões, refere-se às colheitas e às vinhas sendo destruídas pelos gafanhotos, à devastação total em plantas, árvores, cereais, etc., e faz-se a descrição deste quadro.
        14. Convocai uma assembleia solene. Esta parte devia ser traduzida assim - "Santificai um jejum, proclamai um tempo de contenção"; isto é, de total abstinência de comida e de todo trabalho secular. Todos os anciãos da terra e representantes do povo deviam ser reunidos no Templo para clamar ao Senhor, para confessar os seus pecados e orar por misericórdia. O Templo ainda não tinha sido destruído. Esta profecia foi comunicada antes do cativeiro de Judá.
        18. Como geme o gado! Como rincham os cavalos! Como zurram os jumentos!
        19. A ti, ó Senhor, clamo. Venha esta calamidade como for permitido, nós cometemos pecado e devemos humilhar-nos diante de Deus. O fogo consumiu os pastos. Isto pode referir-se quer a uma seca, quer aos efeitos dos gafanhotos.
        20. Os animais do campo suspiram a ti. Representa-se até os animais, selvagens e domésticos, como suplicando a Deus que tenha misericórdia deles e lhes envie forragem! Em Jeremias, capº. 14: 6, há uma descrição comovedora semelhante, dos efeitos de uma seca.

terça-feira, 27 de março de 2012

O Livro de JOEL

CAPÍTULO 1: 1-5

        Este capítulo e o começo do próximo contêm uma profecia dupla, aplicável, no seu primeiro significado, a uma praga de gafanhotos que ia destruir a terra e ser acompanhada de uma seca e fome severas; e, no seu segundo significado, denota a invasão caldeia. Ambos os significados devem ser admitidos. Porque algumas das expressões aplicam-se apenas à carestia causada por insectos; outras, à desolação pela guerra. A contextura de ambos é bela e bem regida. Neste capítulo, a angústia de toda a classe de pessoas é fortemente pintada; e, não só a face da natureza definha quando o Deus da natureza está descontente, 1-19; mas os próprios animais do campo são representados, por uma figura ousada, como a fazer súplicas a Deus, na sua angústia e a censurar a insensatez do homem, 20.
        2. Aconteceu isto em vossos dias? Ele começa muito abruptamente; e, antes de propor o assunto, chama a atenção e provoca alarme, dando a entender que está prestes a anunciar eventos desastrosos tais, como o homem mais velho dentre eles jamais tinha visto, nem qualquer um deles, aprendido, com as histórias dos tempos antigos.
        3. Contai disto aos vossos filhos. Para aumentar o efeito, ele ainda esconde o assunto e informa-os de que é tal, que devia ser transmitido de pai para filho por todas as gerações.
        4. O que ficou da lagarta. Aqui, ele começa a abrir a sua mensagem, e as palavras que escolhe, mostram que vai anunciar uma devastação da terra por gafanhotos e uma fome consequente das suas depredações. Não é fácil de determinar o que possam ser os diferentes insectos que ele especifica. Darei as palavras do original, com a sua etimologia. A lagarta, gazam, da mesma raiz, "cortar curto"; provavelmente a lagarta, por cortar as folhas das árvores em pedaços para a sua alimentação. O gafanhoto, arbeh, de rabah, "multiplicar," devido à imensa geração e à multidão deste insecto. Gafanhoto, yelek, de lak, "lamber ou sorver" com a língua. Lagarta, chasil, de chasal, "consumir, comer até acabar"; o consumidor. O Bispo Newcome traduz o primeiro por "cigarra"; o segundo, por "gafanhoto"; o terceiro, por "gafanhoto devorador"; e o quarto, por “gafanhoto consumidor.” Depois de tudo o que tem sido dito pelos intérpretes relativo a estes quatro animais, sou plenamente de opinião que o arbeh, ou o próprio gafanhoto, é o gazam, o yelek e o chasil; e que estes nomes diferentes são utilizados aqui pelo profeta para indicar o gafanhoto nos seus diferentes estados, ou no desenvolvimento do embrião ao pleno crescimento. Veja a nota no capº. 2: 2.
        5. Despertai, ó ébrios. A destruição geral da vegetação por essas criaturas devoradoras impediu totalmente tanto a colheita como a vindima. É bem sabido que a devastação das videiras por gafanhotos impede a vindima durante vários anos a seguir.

segunda-feira, 26 de março de 2012

O Livro de JOEL

        Joel, filho de Petuel, era da tribo de Rúben, e da cidade de Bete-Horom, ou melhor, Bete-Haran. Joel profetizou no reino de Judá, e é opinião de alguns críticos que ele não apareceu por lá até depois da remoção das dez tribos e da destruição do reino de Israel. Não sabemos claramente o ano em que ele começou a profetizar, nem aquele em que ele morreu. Ele fala de uma grande fome e de uma inundação de gafanhotos que devastaram a Judeia; mas, como estes são males não invulgares naquela região, nada podemos inferir daí para fixar o período especial da profecia de Joel.
        O Hebraico afirma que Joel profetizou no reinado de Manassés e circunstâncias colaterais parecem prevalecer em favor desta hipótese. Sob a imagem de um exército inimigo, o profeta representa uma nuvem de gafanhotos que, no seu tempo, caíram sobre a Judeia e causaram grande desolação. Isto, juntamente com as lagartas e a seca, trouxe uma terrível fome sobre a terra. Deus, comovido com as calamidades e as orações do Seu povo, dispersou os gafanhotos e o vento empurrou-os para o mar. Estas desgraças foram sucedidas por abundância e fecundidade. Depois disso, o profeta predisse o dia do Senhor e a vingança que Ele estava para exercer no vale de Jizreel. Ele fala do instrutor de justiça que Deus havia de enviar; e do Espírito Santo que estava para descer sobre toda a carne. Ele diz que Jerusalém será habitada para sempre, que a salvação sairá dela e que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Tudo isto se relaciona com o novo concerto e com o tempo do Messias.

sábado, 24 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

CAPÍTULO 14

        Pela denúncia terrível de vingança que conclui o capítulo anterior, o profeta é levado a exortar Israel ao arrependimento, provendo-os de um belo modelo de oração, muito apropriada para a ocasião, 1-3. A seguir à qual Deus, sempre pronto a perdoar o arrependido, é introduzido a fazer grandes promessas de bênçãos, em alusão aos orvalhos copiosos que refrescam as ervas verdes e que, muitas vezes, denotam, não só salvação temporal, mas também os ricos e refrescantes confortos do evangelho, 4-7. Sob o emblema de um verde e frondoso abeto, anuncia-se a sua conversão da idolatria e a consequente prosperidade, 8; mas essas promessas estão confinadas àqueles que podem produzir os frutos da justiça, e declara-se que os ímpios não têm parte nelas, 9.

        1. Volta, ó Israel, para o Senhor. Estas palavras podem ser consideradas como endereçadas ao povo agora em cativeiro; sofrendo muito, mas tendo ainda muito mais para sofrer, se eles não se arrependerem. Mas parece que todos esses males ainda podem ser evitados, embora preditos de forma tão positiva, se o povo se arrepender e voltar; e a própria exortação a este arrependimento mostra que eles ainda tinham capacidade para se arrepender e que Deus estava pronto para salvá-los e evitar todos esses males.
        3. Nós não iremos montados em cavalos - Não voltaremos jamais a assentar sobre a orgulhosa cavalaria Egípcia a nossa esperança de sermos tirados das mãos dos inimigos aos quais a Tua divina justiça nos entregou.
        4. Eu sararei a sua apostasia. Aqui está a resposta de Deus a essas orações e decisões.
        8. Que mais tenho eu com os ídolos? A conversão de Efraim agora é tão completa como era sincera. Deus ouve e observa isto. Eu sou como o abeto verde. Talvez estas palavras devam ser unidas às anteriores, como Newcome fez, e fazer parte do discurso de Deus a Efraim. "Eu o ouvi; e o vi como um abeto frondoso."

sexta-feira, 23 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

CAPÍTULO 13

        Este capítulo começa com a observação de que o temor de Deus leva à prosperidade, mas o pecado à ruína; uma verdade muito evidentemente exemplificada no pecado e punição de Efraim, 1-3. Como circunstância agravante da sua culpa, Deus lembra-lhes de Seus favores antigos, 4-5; dos quais haviam abusado vergonhosamente, 6; e que agora expõem-nos a punições terríveis, 7-8. Ele, porém, modera essas terríveis ameaças com promessas graciosas; e, em resposta ao seu arrependimento, compromete-se a salvá-los, quando nenhum outro podia protegê-los, 9-11. Mas, ah! Em vez de se arrepender, Efraim está a encher completamente a medida de sua iniquidade, 12-13. Apesar disso, Deus promete empregar a Sua omnipotência em favor do Seu povo, e, assim foi o caso, levantá-lo dentre os mortos, 14; embora, no entretanto, eles devam ser visitados com grandes calamidades nacionais, comparadas, primeiro, ao nocivo e abrasador vento leste, 15, e descritas, imediatamente depois, nos termos mais claros, 16.

        1. Quando Efraim falava tremendo. Quando ele era manso e humilde, de coração quebrantado e contrito de espírito. Exaltou-se a si mesmo em Israel. Ele tornou-se grande aos olhos de Deus; subiu na estima divina, na proporção em que ele caiu na sua própria. Ele pecou em Baal. Ele tornou-se idólatra. Ele morreu. Saiu contra ele a sentença de morte, da parte da justiça divina.
        3. Por isso serão como a nuvem de manhã ... como o orvalho da madrugada ... como a palha ... como a fumaça. Emprega-se aqui quatro coisas que muito facilmente podem ser impelidas, e dissipar-se, para mostrar como eles seriam espalhados entre as nações e dissipados pelo cativeiro.
        4. Eu sou o Senhor teu Deus. Esta foi a primeira revelação que fiz da minha pessoa a ti e o primeiro mandamento que eu dei; e mostrei-te que, fora de Mim, não há nenhum salvador.
        5. Eu te conheci. Eu te aprovei.
        7. Observá-los-eis. O leopardo, o tigre e a pantera esconder-se-ão numa mata espessa, perto da qual eles esperam que passe qualquer presa; e, assim que ela se aproxima, salta-lhe repentinamente em cima.
        8. Como uma ursa ... arrebatarei. Esta é uma figura para denotar ferocidade excessiva. Veja 2 Sam. 17:8. E lhes romperei as teias do coração. Cada besta selvagem vai primeiro ao sítio do sangue quando tiver agarrado a sua presa, porque elas têm mais deleite neste fluido do que nas partes mais excelentes da carne.
        10. Dá-me um rei e príncipes. Referindo-se ao tempo em que descartaram a teocracia divina e escolheram Saul no lugar de Jeová.
        11. Dei-te um rei na minha ira. Trata-se de Saul, porque eles ofenderam muito a Deus quando eles clamaram para ter um rei como as nações pagãs que estavam ao redor deles. Tirei-o no meu furor. Permiti que ele e os Israelitas caíssem diante dos Filisteus.
        12. A iniquidade de Efraim está atada. Está registada no meu tribunal; a sentença de morte está de reserva, e será exibida em tempo útil.
        13. Dores de mulher de parto. Estes julgamentos virão de repente e inevitavelmente.
        14. Eu os resgatarei do poder da sepultura. No seu cativeiro, eles são representados como estando mortos e sepultados, que é uma visão semelhante à que Ezequiel teve dos judeus no cativeiro Babilónico, na sua visão do vale dos ossos secos. Ó sepultura, eu serei a tua destruição. Sheol, que nós traduzimos sepultura, é o "estado dos mortos." Maveth, que traduzimos morte, é o "princípio de corrupção" que torna o corpo incapaz de continuar a ser a habitação da alma e, finalmente, o decompõe. Sheol será destruído, pois deve libertar todos os seus mortos. Maveth será aniquilado, porque o corpo ressuscitará incorruptível. Veja o uso que o apóstolo faz desta passagem, 1 Coríntios 15: 54-55. O arrependimento será escondido dos meus olhos. A respeito destes pontos eu não "mudarei o meu propósito"; este é o significado de arrependimento quando atribuído a Deus.
        15. Ainda que ele dê fruto. Yaphri; um trocadilho sobre a palavra ephrayim, que vem da mesma raiz, parah, "ser fecundo, brotar, florescer." Virá o vento leste. Como o vento leste queima e cresta toda a vegetação, assim Salmaneser arruinará e destruirá o estado Israelita.
        16. Samaria ficará desolada. Esta era a capital do reino Israelita. O que se segue é uma simples declaração profética das crueldades que serão exercidas sobre este povo desventurado pelos Assírios na pilhagem da cidade.

quinta-feira, 22 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 12: 9-14       

        9. E eu ... o Senhor teu Deus. Eu, que te tirei da terra do Egipto, voltarei a fazer-te habitar em tendas. Isto parece ser uma ameaça. Eu vou reduzir-te a um estado tão miserável, na terra do teu cativeiro, como muitas vezes fostes por causa das tuas transgressões, no deserto.
        10. Também falei. Eu usei todos os meios e empreguei todos os métodos para instruir-te e salvar-te. Enviei profetas, os quais falaram claramente, exortando-te, advertindo-te, e rogando-te para voltares para Mim. Tiveram visões divinas, que declararam e interpretaram. Usaram comparações, "símbolos, metáforas, alegorias," a fim de fixar a tua atenção e trazer-te de volta ao que era o teu dever e do teu interesse.
        11. Iniquidade em Gileade. Gilgal e Gileade são igualmente perversos e igualmente idólatras. Gileade, que ficava além do Jordão, já havia sido subjugado por Tiglate-Pileser. Gilgal, que ficava aquém do Jordão, partilhará o mesmo destino, porque é, agora, tão idólatra quanto o outro. Os seus altares são como montões. Eles encontram-se por toda a parte. Toda a terra está entregue à idolatria.
        12. Serviu por uma mulher. Sete anos por Raquel. Por uma mulher guardou o gado. Sete anos por Léia, tendo sido enganado por Labão, que lhe deu primeiro Léia em vez de Raquel e, depois, fê-lo servir mais sete anos, antes de confirmar seu primeiro compromisso. Os críticos reclamam falta de combinação aqui. Porque é predito este facto isolado? Assim, em uma frase isolada, o profeta fala da baixa condição dos seus ancestrais e quão amplamente a providência de Deus os protegeu e abasteceu. Esta é toda a conexão que o lugar exige.
        13. Por um profeta (Moisés), o Senhor tirou Israel do Egipto, e por um profeta (Josué) foi ele preservado. Josué sucedeu a Moisés e introduziu os Israelitas na Terra Prometida; e quando eles passaram o Jordão, em Gilgal, ele recebeu o pacto da circuncisão - e, contudo, este mesmo lugar tinha agora sido convertido por eles em sede da idolatria!
        14. Por isso, deixará sobre ele o seu sangue. Ele não removerá a sua culpa.

quarta-feira, 21 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

CAPÍTULO 12: 1-8

        O profeta, em termos muito directos, descreve a inutilidade e a devastação resultante de seguir um percurso de vícios; particularmente, como o percurso seguido por Efraim, que abandonou a Deus e rogou a aliança dos príncipes idólatras, 1. Judá também é reprovado, 2. Ele é lembrado do favor extraordinário de Deus a seu pai, Jacob, concedendo-lhe o direito de primogenitura; e exortado a seguir o exemplo dele, a lutar com Deus (o Anjo do concerto, o mesmo imutável Jeová), para uma bênção; e a amar a misericórdia e executar a justiça, 3-6. Efraim é acusado de perseguir práticas que são enganosas, embora fingindo integridade, 7-8. Deus, então, ameaça privar este povo das suas posses, 9, uma vez que haviam rejeitado todos os meios de correcção, 10, e se entregado à impiedade total, 11. E, como um agravamento da sua culpa, eles são lembrados dos começos tão humildes de que haviam sido levantados, 12-13. Declara-se que os juízos divinos prestes a cair sobre Israel são o resultado de grande provocação, 14.

        1. Efraim apascenta-se de vento. Ele forma e segue conselhos vazios. Segue o vento leste. Eles não são apenas vazios, mas perigosos e destrutivos. O vento leste era um vento abrasador, devastador e nocivo. Ele multiplica mentiras diariamente. Ele promete a si mesmo a segurança das alianças estrangeiras. Fez uma aliança com os Assírios, e enviou uma subvenção de azeite para o Egipto. O último o abandonou; o último o oprimiu.
        2. O Senhor também com Judá tem contenda. O resto da profecia diz respeito tanto a Judá como a Israel. Ele reprova a ambos por sua ingratidão ameaça-os com a ira de Deus.
        3. Pegou do calcanhar de seu irmão. Veja em Gén. 25: 26 e 32: 24, etc
        4. Ele teve poder sobre o anjo. Que representava o invisível Jeová. Ele chorou e fez uma súplica. Pediu com lágrimas que Deus o abençoasse e prevaleceu. A particularidade do seu choro não é mencionada em Génesis. Em Betel o encontrou. Foi lá que Deus fez essas promessas gloriosas a Jacó em relação à sua posteridade. Veja em Gén. 28: 13-15.
        5. O Senhor é o seu memorial. Ele é o mesmo Deus como quando Jacó, com tanto sucesso, lutou com ele.
        6. Por isso, volta-te para o teu Deus. Porque Ele é o mesmo e não pode mudar. Busca-O tão fielmente e tão fervorosamente como fez Jacó, e O encontrarás, o mesmo Ser misericordioso e compassivo.
        7. Ele é um mercador. Ou um "Cananeu," referindo-se aos Fenícios, famosos por seu movimento comercial. Efraim é tão corrupto quanto eram esses traficantes pagãos. Tinha, como muitos, em todos os tempos, têm tido, um peso e um peso - o mais pesado para comprar e um mais leve para vender.
        8. Tornei-me rico. Eles vangloriavam-se das suas riquezas, não obstante a forma injusta em que foram adquiridas.

sexta-feira, 16 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 11: 8-12

        8. Como hei-de desistir de ti? Veja as notas sobre o capº. 6: 4, onde temos palavras semelhantes por causa de um sentimento parecido. Está comovido dentro de mim o meu coração. A Justiça exige a tua punição; a Misericórdia advoga pela tua vida. Conforme a tua resposta, Justiça resolve destruir, ou Misericórdia, salvar. O meu coração está oprimido e eu, cansado de me arrepender – de, com tanta frequência, mudar o meu propósito. Tudo isto, apesar de expresso à maneira dos homens, mostra quanto misericordioso, compassivo e relutante a punir o Deus dos céus é.
        9. Não executarei. Aqui está a questão desse conflito na mente divina. A Misericórdia triunfa sobre o Juízo; Efraim será poupado. Ele é Deus, e não homem. Ele não pode ser afectado por caprichos humanos. Eles agora estão contritos e imploram por misericórdia; Ele não os castigará, como o homem faria, por delitos passados, quando eles caíram em Sua mão.
        10. Andarão após o Senhor. Eles perceberão as operações da Sua providência, quando ele rugir como um leão. Quando Ele levantar a Sua voz majestosa, Ciro fará o seu decreto. O povo tremerá - ficará em um estado de excitação, todos a correr, para se valer da oportunidade de voltar para a sua própria terra.
        11. Eles tremerão como um pássaro. Aqueles que estão no Egipto também serão chamados dali e se apressarão para cá, como um pássaro. Os que estiverem na Assíria também serão chamados de volta e fugirão, como pombas, para os seus postigos.
        12. Efraim me cercou com mentiras. Acho que este versículo não se une bem com o anterior; diz respeito a outro assunto e devia introduzir o capítulo seguinte, como no Hebraico. Judá ainda domina com Deus. Há uma alusão aqui a Génesis 32: 24, onde a Jacó, depois de ter lutado com o Anjo, foi mudado o nome para Israel, um que "domina com Deus." Essa glória os Israelitas a haviam perdido por sua idolatria; mas Judá ainda conservava o verdadeiro culto e, sozinho, merecia o nome de Israel.

quinta-feira, 15 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

CAPÍTULO 11: 1-7

        Este capítulo, através de metáforas emprestadas principalmente da conduta das mães com respeito aos seus filhos tenros, dá uma representação muito patética da meiga e carinhosa atenção de Deus por Israel. A partir daí, aproveita-se a oportunidade para reflectir sobre o seu regresso ingrato à bondade divina e denunciar contra eles os juízos do Todo-Poderoso, 1-7. Mas, de repente e inesperadamente, a perspectiva muda. Feixes de luz da misericórdia rompem das nuvens agora mesmo carregadas de vingança. Deus, para falar na língua dos homens, experimenta os enternecimentos de um pai afectuoso; as Suas entranhas comovem-se; a Sua misericórdia triunfa; o Seu filho rebelde ainda será perdoado. Como o Leão da tribo de Judá, Ele vai servir-se do Seu poder para salvar o Seu povo; Ele chamará os Seus filhos da terra do seu cativeiro; e, como pombos, voarão para Ele, como um povo fiel e santo, 8 -12.

        1. Quando Israel era menino. Na infância da sua existência política.
        3. Eu ensinei a andar a Efraim. Uma alusão a uma mãe ou ama que ensina uma criança a andar, dirigindo-a na forma de levantar e colocar os seus pés e aguentando-a, entretanto, pelos braços, para que possa usar os pés com a maior facilidade. Esta é uma passagem verdadeiramente patética.
        4. Atraí-os com cordas humanas. Esta é uma referência às andadeiras, uma extremidade das quais é segurada pela criança, a outra, pela ama, pelas quais o pequeno, sentindo algum apoio e ganhando confiança, esforça-se por andar. Que tiram o jugo de sobre as suas queixadas. Parece haver aqui uma alusão ao acto de mover e puxar para a frente a coleira ou o jugo de animais que tenham sido diligentes no trabalho, a fim de deixar entrar ar fresco entre o jugo ou a coleira e seu pescoço, para que este seja refrescado e se evite que o calor juntamente com o suor possa escaldá-lo. Eu sempre fiz isto nas extremidades da terra, na lavoura. E dei-lhes mantimento. Dando-lhes ao mesmo tempo, um bocado de grama ou feno, para incentivá-los a ir outra vez ao trabalho.
        5. Ele não voltará para a ... Egipto. Já os trouxe dali, com a intenção de que o povo nunca mais lá voltasse outra vez. Mas como eles pecaram e perderam o meu favor e protecção, irão para a Assíria; e isto porque se recusaram a voltar para mim.
        6. Cairá a espada sobre as suas cidades. Israel foi agitado com guerras externas e internas desde o tempo de Jeroboão II. Apesar de Zacarias, seu filho, ter reinado doze anos, foi, contudo, em meio a problemas contínuos; e ele, finalmente, foi morto pelo rebelde Salum que, tendo reinado um mês, foi morto por Menaém. Pecaías sucedeu a seu pai Menaém, reinou dois anos e foi morto por Peca, filho de Remalias. Ele juntou-se a Rezim, rei da Síria e fez uma irrupção na terra de Judá. Mas Acaz, tendo obtido socorro de Tiglate-Pileser, rei da Assíria, derrotou Peca e as tribos de Rúben, Gade, Naftali e a meia tribo de Manassés, foram levadas cativas para fora, pelo rei Assírio. Depois de um curto espaço de tempo, Oséias, filho de Elá, matou Peca e usurpou o reino, o que ele não pôde possuir sem a assistência de Salmaneser que, pelos seus serviços, impôs um tributo sobre o rei Israelita. Desejando livrar-se desse jugo, ele dedicou-se ao rei do Egipto; mas chegando isto ao conhecimento de Salmaneser, este veio contra Samaria e, depois de um cerco de três anos, tomou-a e a destruiu. Assim, a espada repousou sobre as suas cidades; e continuou na terra até que tudo ficasse em ruínas.
        7. Ainda que os chamassem para o Altíssimo. Newcome traduz melhor: "E embora clamem juntos a ele, por causa do jugo, ele não o suspenderá. Ele não receberá nenhum alívio.” Veja a metáfora, vers. 4.

quarta-feira, 14 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 10: 9-15

        9. Desde os dias de Gibeá pecaste. Esta é uma outra referência ao horrível estupro e assassinato da esposa do Levita, Juízes 19: 13-14. Ali permaneceram eles. Apenas uma tribo foi quase destruída, a saber, a de Benjamin. Foram eles os autores do crime, os filhos da iniquidade; as outras foram sem falta e apenas defenderam os direitos da justiça e misericórdia.
        10. Quando se atarem a si próprios nos seus dois sulcos. "Quando forem castigados em virtude das suas duas iniquidades," ou seja, os bezerros em Dã e Betel (Newcome). Mas esta dupla iniquidade pode referir-se ao que diz Jeremias no, capº. 2: 13: "O meu povo fez duas maldades" - (1) "A Mim me deixaram"; (2) Juntaram-se a ídolos.
        11. Efraim é como uma bezerra que é domada. Uma bezerra completamente forçada ao jugo. Gosta de trilhar. Vai pacificamente no jugo; e está satisfeita porque, não estando amordaçada, ela come o milho. Forcei sobre a formosura do seu pescoço. Eu pus o jugo sobre ela, para que não trilhasse o milho apenas, mas puxasse o arado e arrastasse a grade. Jacó lhe desfará os torrões. Grade.
        12. Lavrai o terreno de poisio. Não se contentem com um sulco ligeiro; deixem a terra que foi arroteada (arada ligeiramente) ser aberta de novo, com sulcos profundos.
        13. Vós lavrastes impiedade. Trabalhastes no pecado. Ceifastes iniquidade. A punição devida à vossa iniquidade. Comestes o fruto da mentira. O vosso culto falso e os vossos falsos deuses trouxeram-vos para o cativeiro e para a miséria. Porque confiastes no vosso caminho. Confiastes nos vossos próprios conselhos e nos vossos valentes, e não no Deus que vos criou.
        14. Levantar-se-á um grande tumulto. Em breve o inimigo cairá sobre o teu povo e tomará todas as tuas fortalezas. Como Salmã destruiu a Bete-Arbel. Alguns pensam que se faz aqui uma alusão à destruição de Arbela, uma cidade da Arménia, por Salmaneser, aqui chamado Salmã; e isso, enquanto ele ainda era apenas general das forças da Assíria e não rei. Penso que a história a que isto se refere é desconhecida.
        15. Assim vos fará Betel. Será esta a consequência da vossa idolatria. Numa manhã o rei de Israel será completamente destruído. Subitamente, inesperadamente. Oseias, o rei de Israel, será destruído pelos Assírios.

terça-feira, 13 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

CAPÍTULO 10

        Este capítulo trata do mesmo assunto, mas de modo elegantemente diverso. Começa com a comparação de Israel a uma videira frutífera, mas corrompida por demasiada prosperidade, 1. Em seguida, reprova-os e os ameaça por sua idolatria, 2; anarquia, 3; e violação do pacto, 4. A sua idolatria é, então, alargada progressivamente e as suas consequências fatais são proclamadas em termos plenos de sublimidade e sentimento, 5-8. Agora Deus é introduzido a queixar-se da excessiva culpa deles; e a ameaçá-los com cativeiro, em termos portadores de uma alusão manifesta à sua idolatria favorita, à adoração da semelhança de um bezerro ou uma novilha, 9-11. Ao que o profeta, numa bela alegoria sugerida pelas metáforas anteriores, exorta-os ao arrependimento; e os adverte das consequências terríveis dos seus maus procedimentos, se insistissem obstinadamente neles, 12-15.

        1. Israel é uma videira esvaziada. Ou, "uma videira que atira as suas uvas." Produz fruto. Ou, "Acumulou fruto para si mesmo." Fez mau uso das bênçãos de Deus para os fins da idolatria. Era próspero, mas a sua prosperidade corrompeu-lhe o coração. Conforme a abundância do seu fruto. Tornou-se idólatra na proporção da sua prosperidade; e, em proporção com a sua riqueza, foi a opulência das suas imagens e o elevado custo do seu culto a ídolos.
        2. O seu coração está dividido. Eles desejam servir a Deus e a mamom, Jeová e Baal; mas isto é impossível.
        4. Eles falaram palavras. Palavras vãs, vazias, enganosas. Jurando falsamente. Isto refere-se às alianças feitas com poderes estranhos, aos quais prometerem fidelidade, sem a intenção de serem fiéis.
        5. Os moradores de Samaria serão atemorizados. De acordo com Calmet, adorarão os bezerros de Bete-Áven; os que Jeroboão estabeleceu em Betel. O temor é, muitas vezes, tido como reverência religiosa. O seu povo se lamentará. Ao ver o objecto de sua adoração levado em cativeiro, assim como eles mesmos. E os seus sacerdotes. Kemarim. Os sacerdotes de Samaria, diz Calmet, são aqui chamados kemarim, isto é, "capas pretas" ou “gritadores," porque eles faziam clamores estrondosos  ao apresentarem seus sacrifícios.
        6. Um presente ao rei Jarebe. Veja no capítulo 5: 13. Se isto for um nome próprio, a pessoa em causa não é conhecida na história; mas é mais provável que Pul, rei da Assíria, seja a pessoa que se tem em vista, a quem Menaém, rei de Israel, parece ter dado um dos bezerros de ouro, para garantir a sua assistência.
        7. O seu rei é desfeito como a espuma. Tão facilmente como um assopro de vento leva a espuma que é formada em baixo, por uma queda de água, assim serão extirpados os reis de Israel. Já vimos que nada menos do que quatro deles pereceram por assassinato, num tempo muito curto. Veja no capítulo 7: 7.
        8. Os lugares altos. Templos de ídolos. De Áven. Bete-Áven. O espinho e o cardo crescerão sobre os seus altares. Devido ao facto de a terra e os lugares de seu culto aos ídolos ficarem incultos e desertos depois de todo o povo ser levado para o cativeiro. E dirão aos montes: Cobri-nos; e aos outeiros: Caí sobre nós. "Nosso Senhor tinha em vista esta sublime descrição de medo e aflição, Lucas 23: 30, que pode ser uma referência e não uma citação. No entanto, a Septuaginta, no Códice Alexandrino, tem a mesma ordem de palavras que ocorre no evangelista" (Newcome).

segunda-feira, 12 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 9: 10-17

        10. Achei a Israel como uvas no deserto. Enquanto foram fiéis, eram-me tão aceitáveis, como seriam uvas maduras para um viajante sedento no deserto. E as suas abominações eram como aquilo que amaram. Ou, "Eles tornaram-se tão abomináveis como o objecto do seu amor."
        11. A sua glória voará. Ela saltará, subitamente, para longe deles e nunca mais voltará. Desde o nascimento. "Para que não haja nascimento, nem gestação, nem concepção." - Newcome.
        13. Efraim, assim como vi a Tiro. Tiro estava firmemente assentada numa rocha no mar; Samaria estava localizada numa montanha, ao mesmo tempo segura e agradável. Mas a firmeza e a beleza dessas cidades não as salvará da destruição. Efraim levará seus filhos ao matador. O povo será destruído ou levado ao cativeiro pelos Assírios.
        14. Dá-lhes, ó Senhor; o que lhes darás? Há uma beleza invulgar nestas palavras. O profeta, vendo os males que estavam, provavelmente, para cair sobre os seus conterrâneos, começa a fazer intercessão por eles; mas, quando ele tinha concebido a primeira parte da sua petição, "Dá-lhes, ó Senhor," a luz profética revelou-lhe que a petição não seria respondida e que Deus estava prestes a dar-lhes algo muitíssimo diferente. Então, mudando o seu pedido, que o Espírito Divino havia interrompido, dando a entender que não devia proceder em seu pedido, ele faz, então, a pergunta, "O que lhes darás?" e a resposta é: "Dá-lhes uma madre que aborte e seios secos.” E isso ele tem ordem de anunciar. É provável que os israelitas se orgulhassem da fecundidade de suas famílias e da população numerosa do seu país. Deus agora diz-lhes que isto não será mais assim; suas esposas serão estéreis e a terra, amaldiçoada.
        15. Toda a sua malícia se acha em Gilgal. Embora não sejamos directamente informados do facto, temos, no entanto, razão para acreditar que eles houvessem sido culpados de algumas práticas escandalosas de idolatria em Gilgal. Veja capº. 4: 15.
        16. Efraim foi ferido. A coisa que está determinada considera-se como já realizada. Secou-se a sua raiz. Nunca mais serão um reino. E nunca tiveram qualquer sistema político desde seu cativeiro pelos Assírios até aos dias actuais. Sim, ainda que gerem. Veja a nota nos vs. 11-12.
        17. O meu Deus os rejeitará. Aqui o profeta parece pedir desculpas da severidade destas denúncias; e defender a justiça divina, da qual elas procederam. Porque eles não deram ouvidos à Sua voz é que o meu Deus, a Fonte da misericórdia e da bondade, os rejeitará. E vagabundos andarão entre as nações. E por onde têm andado vagabundos, quem pode dizer? E em que nações podem ser encontrados, ninguém sabe.


domingo, 11 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

CAPÍTULO 9: 1-9

        O profeta condena os israelitas por seus sacrifícios e festas nas suas eiras, pelos quais atribuíam aos ídolos, como faziam os pagãos, o louvor por toda a sua abundância, 1. Razão pela qual são ameaçados de fome e exílio, 2-3, numa terra em que serão contaminados e terão falta dos meios de adoração ao Deus de seus pais ou para observar as solenidades apontadas por Ele, 4-5. Não só, mais; eles prontamente cairão diante do destruidor, serão sepultados no Egipto e deixarão desolados os seus próprios sítios agradáveis, 6-9. Deus é, então, introduzido a declarar o favor que Ele tinha, no princípio, para com o Seu povo, e o prazer que Ele tinha na obediência deles; mas, agora, eles tinham-se revoltado tão profundamente, toda a sua glória tomará asa, Deus os abandonará e a sua descendência será votada à destruição, 10-17.

        1. Não te alegres. Não imites os pagãos, nem sirvas aos seus ídolos. Não prostituas a tua alma e o teu corpo na prática das suas impurezas. Até agora, tens actuado como uma prostituta comum, que vai até aos lugares comuns de debulha; junta-se com o mais abjecto, a fim de obter um salário mesmo do grão que ali se debulha.
        4. Como o pão de pranteadores. Por lei, um corpo morto e tudo que se relacionava com ele, a casa onde repousa e as pessoas que o tocaram, ficavam todos contaminados e imundos e, tudo o que tocassem era considerado imundo. Veja Deut. 26: 14; Num. 19: 11, 13-14.
        5. Que fareis vós no dia da solenidade? Quando fordes despojados de tudo pelos Assírios; porque os Israelitas que permaneceram na terra após a sua sujeição aos Assírios adoraram o Deus verdadeiro e ofereceram-Lhe os sacrifícios indicados pela lei, embora de forma imperfeita e cismática; e foi uma grande mortificação para eles o serem privados das suas festividades religiosas numa terra de estranhos.
        6. Pois eis que eles se foram. Muitos deles fugiram para o Egipto, para evitarem a destruição, mas foram lá apenas para morrer. Os lugares agradáveis para a sua prata. As belas quintas ou moradias, que tinham comprado com o seu dinheiro, estando agora abandonadas e desabitadas, ficam cobertas de urtigas; e até mesmo nos seus tabernáculos, crescem espinhos e silvas de diferentes tipos.
        7. Os dias de visitação. De castigo. O profeta é um insensato. Que aparentava predizer, sob autoridade divina, paz e abundância; pois, eis que tudo é desolação. O homem espiritual. Ish haruach, "o homem de espírito," que estava sempre a fingir achar-se sob uma inspiração divina. É louco. Ele agora está enfurecido, ao ver tudo a acontecer contrariamente à sua previsão.
        8. A sentinela de Efraim. O profeta verdadeiro, estava com, fiel a, Deus. O profeta. O profeta falso é o laço do passarinheiro; está continuamente a enganar o povo e a fazê-los cair em armadilhas.
        9. Muito profundamente se corromperam, como nos dias de Gibeá. Isto relaciona-se com o estupro e assassinato chocantes da esposa do Levita mencionados em Juízes 19: 16, etc.

sábado, 10 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 8: 8-13

        8. Então eles estarão entre os Gentios. Eles serão levados para o cativeiro e ali, hão-de ser como um vaso em que não se tem prazer; um vaso sujo, imundo, infecto, desprezível, odiado, não usado. É uma alusão a uma apodrecida, rota garrafa feita de pele.
        9. Eles subiram à Assíria. À procura de socorro. Um burro selvagem, andando sozinho. À semelhança desse animal, cioso da sua liberdade e que não suporta nenhum rival. Efraim tem amantes contratados. Subsidiou os estados pagãos vizinhos.
        10. Por causa da carga do rei dos príncipes. As extorções do rei Assírio e dos príncipes das províncias.
        11. Muitos altares para pecar. Embora não pareça que os judeus na Babilónia tenham sido obrigados a adorar os ídolos do país, excepto no caso mencionado por Daniel, no entanto, foi bem diferente com os Israelitas na Assíria e nos outros países da sua dispersão. Porquanto eles tinham erigido muitos altares para pecar quando estavam na sua própria terra, foram obrigados a continuar um sistema semelhante de idolatria, contra a sua vontade, na terra do seu cativeiro. Assim, eles sentiram e viram a depravação da sua idolatria, sem poder para se ajudarem a si mesmos.
        13. Eles sacrificam carne. O Bispo Newcome traduz assim: "Sacrificam presentes designados para mim e comem carne." Eles oferecem aos seus ídolos as coisas que pertencem a Jeová; ou, fingindo oferecer ao Senhor, comem e bebem com idolatria; e, portanto, o Senhor não os aceitará. Eles voltarão para o Egipto. Muitos deles voltaram para o Egipto após a conquista da Palestina por Salmaneser e muitos, após a ruína de Jerusalém por Nabucodonosor; mas eles tinham, de facto, voltado ao Egipto através do estabelecimento do culto dos bezerros de ouro, o qual era em imitação ao egípcio Ápis.

sexta-feira, 9 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

CAPÍTULO 8:1-7

        Este capítulo começa ameaçando alguma invasão hostil, em frases curtas e interrompidas, plenas de rapidez e expressivas de repentino perigo e alarme: "A trombeta à tua boca. Ele virá como uma águia," 1. E por quê? Por causa da sua hipocrisia, 2; iniquidade, 3; traição (veja 2 Reis 15: 13, 17) e idolatria, 4; particularmente o culto dos bezerros de Dan e Betel, 5-6. A loucura e inutilidade de prosseguir más carreiras são então realçadas em termos breves, mas muito enfáticos. O trabalho dos ímpios é vão, como semear vento; e o seu fruto, destrutivo, como o furacão. Como o milho queimado no botão, a sua labuta não terá nenhuma recompensa; ou se tiver alguma, os inimigos a devorarão, 7. Eles mesmos, também, terão a mesma sorte e serão tratados pelos povos da Assíria e do Egipto como os cacos desprezíveis de um vaso quebrado, 8-9. A sua idolatria incorrigível é novamente declarada como a causa do seu cativeiro que se aproxima, sob o rei da Assíria. E, como eles se deleitavam em altares idólatras, lá eles vão tê-los em abundância, 10-14. As últimas palavras contêm uma previsão da destruição das cidades fortificadas de Judá, porque o povo confiou nelas para sua segurança e não no Senhor seu Deus.

        1. Põe a trombeta à tua boca. Soa outro alarme. Façam-nos saber que um inimigo se aproxima rapidamente. Como uma águia contra a casa do Senhor. Salmaneser, rei da Assíria, que, por sua rapidez, avareza, rapacidade e força, é, apropriadamente, comparado a este pássaro majestoso. Ele é representado aqui como rondando a casa de Deus, como a águia faz com a presa que ela acaba de avistar, e sobre a qual se posiciona imediatamente, para atacar.
        2. Israel clamará. A rapidez do voo da águia é bem imitada pela rapidez das frases neste lugar. Meu Deus, nós te conhecemos. O mesmo modo de sentir, da parte do mesmo tipo de pessoas, sob as mesmas sensações, como o que encontramos no Evangelho de São Mateus, capº. 7: 22-23: "Senhor, não profetizámos nós em teu nome? e em teu nome não expulsámos demónios? ... Então lhes direi: Nunca vos conheci. "
        4. Eles fizeram reis, mas não por mim. Propriamente falando, nenhum dos reis de Israel, desde a deserção das dez tribos da casa de David, foi ungido do Senhor. Eu não o soube. Não teve a minha aprovação. A palavra "conhecer" é, frequentemente, entendida neste sentido. Para serem destruídos. Ou seja, eles serão extirpados em consequência da sua idolatria.
        5. O teu bezerro, ó Samaria, te rejeitou. O Bispo Newcome traduz assim: "Afasta para longe de ti o teu bezerro, ó Samaria!" Abandona a idolatria; pois a minha ira está inflamada contra ti.
        7. Semearam ventos e colherão tempestades. Como o agricultor colhe o mesmo tipo de grão que ele semeou, mas em abundância muito maior, assim o que semeia o vento terá um furacão a colher. Não tem cana. Nada que produza uma flor. Se tiver uma flor, essa flor não produzirá fruto; se houver fruto, o semeador não comerá dele, porque estranhos o comerão. O significado é: o labor deste povo será absolutamente inútil e vão.

quinta-feira, 8 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 7: 11-16

        11. Efraim é como uma pomba insensata, sem ânimo. Um pássaro que tem pouco entendimento, que é facilmente enlaçado e preso. Eles invocam o Egipto, vão para a Assíria. Eles esforçam-se para fazer deles seus aliados e amigos. Mas nisso, mostraram que eles estavam sem ânimo, não tinham uma boa compreensão; pois essas eram nações rivais e Israel não podia juntar-se a uma sem que isso acarretasse a inveja e o descontentamento da outra. Assim, como a pomba insensata, eles estavam constantemente a cair em ciladas; às vezes, dos Egípcios, outras, dos Assírios. Pelos primeiros foram traídos; pelos últimos, arruinados.
        12. Quando eles forem, - para essas nações em busca de ajuda - estenderei a minha rede sobre eles. Farei que eles sejam presos por aqueles em quem confiavam.
        13. Embora eu os tenha remido. Fora do Egipto; e lhes tenha dado a prova mais completa do meu amor e poder. No entanto, eles falaram mentiras contra mim. Representaram-Me como rigoroso e cruel e o meu culto como penoso e inútil.
        16. Eles voltam, mas não para o Altíssimo. Eles vão para os seus ídolos. Eles são como um arco enganador. Que, quando é recurvado, a fim de ser esticado, de repente salta para trás, para a sua curva de repouso. Curvar este arco exige força e habilidade; e se não for feito correctamente, ele vai fugir para trás, e retomar a sua posição inicial; e, neste recuo, põe em risco o frecheiro - pode até partir um braço. Eu próprio já passei por este perigo, ao dobrar o arco asiático. Cairão à espada. A língua deles tem estado irritada contra Mim; a espada ficará furiosa contra eles. Eles zombaram de Mim (vers. 5) e a sua queda é agora um assunto de escárnio na terra do Egipto. O que eles têm semeado, isso eles agora colhem.

quarta-feira, 7 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 7

        Aqui Deus queixa-se de que, embora tivesse empregado todos os meios na tentativa de reformar Israel, eles ainda persistiam na sua iniquidade, sem temerem as consequências, 1-2; de que aqueles que deviam reprimir os seus crimes estavam satisfeitos com eles, 3; e de que todos eles queimaram-se com o adultério, como um forno quando totalmente aquecido e pronto para receber a massa, 4. O quinto verso faz alusão a algumas atrocidades recentes; o sexto acusa-os de dividirem o seu tempo entre a inactividade e a iniquidade; alude o sétimo aos seus tumultos e conspirações civis (veja 2 Reis 15: 10, 14, 25); O oitavo, à sua adesão a nações idólatras; e o nono descreve a triste consequência. O décimo versículo reprova o seu orgulho e manifesto desprezo do culto a Deus; o décimo primeiro reprova o seu procedimento néscio de suplicar ajuda aos seus inimigos (veja 2 Reis 15: 19 e 17: 4); O décimo segundo e décimo terceiro ameaçam-nos com castigos; o décimo quarto acusa-os de hipocrisia nos seus actos de humilhação; o décimo quinto, de ingratidão; e a imagem do arco enganador, no décimo sexto verso, é bem expressiva de suas frequentes apostasias; e, pelas suas palavras duras contra Deus, serão visitados em se converterem num opróbrio na terra dos seus inimigos.
        1. Quando eu queria curar Israel. Assim que uma ferida era curada, outra era descoberta. Mal um pecado era apagado, outro havia sido cometido. O ladrão entra. Os seus próprios príncipes os despojam. A horda dos salteadores rouba por fora. Os Assírios, sob diferentes líderes, assolam e saqueiam o país.
        3. Eles alegram ao rei. Eles agradavam Jeroboão, consentido prontamente em suas medidas e juntando-se cordialmente a ele na sua idolatria.
        4. Como um forno aquecido pelo padeiro. A paráfrase de Calmet sobre este versículo e os seguintes expressa muito perto o sentido: Oséias faz uma comparação dupla dos israelitas: a um forno e à massa de farinha. Jeroboão acendeu o fogo no seu próprio forno - o seu reino - e colocou o fermento na sua massa; e depois foi descansar, para que o fogo pudesse ter tempo para aquecer o forno e o fermento para aumentar a sua massa, para que os princípios falsos que ele tinha introduzido pudessem infectar toda a população. O fogo espalhou-se muito rapidamente e a massa muito depressa ficou impregnada do fermento. Viu-se todo o Israel a correr para esta festa e a participar nestas inovações. Mas o que será do forno - o reino; e do pão - o povo? O forno será consumido por estas chamas; o rei, os príncipes, e o povo serão envolvidos no fogo, vers. 7. Israel foi colocado sob as cinzas, como um pão bem amassado e levedado; mas não tendo sido cuidadosamente virado, ficou queimado em um dos lados antes que aqueles que o prepararam pudessem comê-lo; e inimigos e estranhos vieram e arrebataram o pão. Veja os vers. 8-9. O seu cativeiro duradouro foi consequência de sua maldade e de se terem apostatado da religião de seus pais.
        7. Todos os seus reis estão caídos. Houve um massacre lamentável entre os reis idólatras de Israel; quatro deles tinham caído no tempo deste profeta. Zacarias foi assassinado por Salum; Salum, por Menaém; Pecaías, por Peca; e Peca, por Oséias, 2 Reis 15. Todos eram idólatras e todos tiveram uma morte prematura.
        8. Um bolo que não foi virado. No Oriente, depois de terem aquecido o fogão, varrem um canto, colocam o bolo nele e o cobrem com brasas; num curto espaço de tempo, viram-no, voltam a cobri-lo e repetem o processo várias vezes, até acharem que está suficientemente cozido.
        9. As cãs estão aqui e ali em cima dele, mas ele não sabe. O reino envelheceu na iniquidade; o tempo do seu cativeiro está próximo e eles não são capazes de compreender qualquer eminência de perigo.

domingo, 4 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 6:4-11

        4. Que te farei, ó Efraim? Esta é a resposta do Senhor às resoluções piedosas acima mencionadas; sinceras, enquanto duravam, mas frequentemente esquecidas, porque as pessoas eram inconstantes. A benevolência deles era como a nuvem da manhã que desaparece antes do nascer do sol, ou como o orvalho da madrugada, que rapidamente evapora por causa do calor.
        5. Por isso os cortei por meio dos profetas. Eu enviei os Meus profetas para testemunharem contra a sua inconstância. Eles os mataram com as mais solenes e terríveis ameaças; de facto, eles mataram-nos com as palavras da minha boca. Mas a que propósito? Os teus juízos são como a luz que resplandece. A leitura correcta é, muito provavelmente: "E o Meu juízo é como a luz que avança”. Ele será não só óbvio, mas também rápido.
        7. Mas eles, como homens (keadam, "como Adão"), transgrediram o pacto. Eles pecaram contra a luz e o conhecimento como ele fez. Isto faz sentido; o outro dificilmente se entende. Há uma notável semelhança entre os dois casos. Adão, no paraíso, quebrou o mandamento e Eu de lá o expulsei; Israel, na posse da Terra Prometida, transgrediu a minha aliança e lancei-os fora, e os enviei para o cativeiro.
        8. Gileade é a cidade dos que praticam a iniquidade. Neste local Jacob e Labão fizeram a sua aliança e levantaram um montão de pedras que foi chamado Galeede, o "monte do testemunho"; e, muito provavelmente, foi causa de idolatria aqui. Pode ser que a própria coluna de pedra se tornou objecto de adoração supersticiosa.
        9. Como hordas de salteadores. Que triste quadro é este do estado do sacerdócio! O território de Gileade tinha má fama por causa dos seus roubos e assassinatos. Os sacerdotes idólatras lá organizaram-se em bandos e dominaram as estradas e passagens; e, se encontrassem qualquer pessoa que estivesse a caminho de Jerusalém para adorar o Deus verdadeiro, mandavam matá-la.
        10. Eu vi uma coisa horrível. Ou seja, a idolatria que reinava em Israel a tal ponto que toda a terra estava contaminada.
        11. Para ti, ó Judá, está determinada uma ceifa. Tu também transgrediste; a tua ceifa virá; serás colhido inteiramente e enviado para o cativeiro. Quando eu remover o cativeiro do meu povo. O Bispo Newcome traduz assim: "Entre aqueles que conduzem o cativeiro do meu povo."

sexta-feira, 2 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 6:1-3

        O profeta exorta fervorosamente ao arrependimento, 1-3. Deus é então apresentado como que a queixar-se, muito terna e pateticamente, contra as apostasias de Efraim e Judá, 4-11.

        1. Vinde, e tornemos para o Senhor. Quando Deus se propôs a abandoná-los e eles descobriram que Ele havia regressado ao Seu lugar - ao Seu templo, o único sítio onde Ele poderia ser procurado com sucesso, - eles, sentindo sua fraqueza e inconstância, fraqueza e infidelidade de seus ídolos e aliados, então resolvem tornar para o Senhor; e reportando-se ao que Ele disse, capº. 5 14: "Eu despedaçarei e ir me-ei embora," dizem, Ele "despedaçou," mas "ele nos curará." Os seus aliados tinham despedaçado, mas não lhes deram nenhuma cura.
         2. Depois de dois dias ele dará a vida. Tal é o Seu poder que em dois ou três dias Ele pode nos restaurar. Ele pode realizar todas as nossas esperanças, e dar-nos o indício mais forte do bem. No terceiro dia nos levantará. Em tão pouco tempo pode Ele dar-nos uma completa libertação. Supõe-se que estas palavras se referem à morte e ressurreição de nosso Senhor; e pensa-se que o apóstolo se refere a eles: 1 Coríntios. 15: 4: Cristo "ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras"; e este é o único lugar nas Escrituras, ou seja, no Velho Testamento em que a Sua ressurreição ao terceiro dia parece ser sugerida. O original yekimenu, tem sido traduzido: "Ele o levantará."
         3. Então saberemos. Teremos a prova mais completa de que não temos crido em vão. Se prosseguirmos em conhecer ao Senhor. Se continuarmos a ser tão fervorosos como somos agora. Sua saída. A manifestação da Sua misericórdia para com as nossas almas é tão certa quanto o nascer do sol na hora marcada. E ele a nós virá como a chuva. Tão certamente como a primeira e a última chuva vêm. A primeira, para preparar a terra para a sementeira - esta cai no Outono; a segunda, para encher a espiga preparando-a para a colheita - esta caía na primavera.

quinta-feira, 1 de março de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 5:10-15

        10. Como os que removem o limite. Tão execráveis como aqueles que removem os marcos. Eles têm pulado sobre a cerca da lei e limpado todos os muros do direito; têm desprezado e quebrado todas as leis, humanas e divinas.
        11. Andar após o mandamento. O mandamento de Jeroboão de adorar os seus bezerros em Dã e Betel. Muitos deles não foram obrigados a fazer isso; eles o fizeram voluntariamente.
        12. Para Efraim como a traça. Eu os consumirei a pouco e pouco, como a traça corrói uma peça de roupa.
        13. Quando Efraim viu a sua enfermidade. Quando Israel e Judá ambos sentiram sua própria fraqueza para resistir aos seus inimigos, em vez de Me invocarem e de confiarem em Mim, buscaram alianças pecaminosas e confiaram nos seus ídolos. Rei Jareb. Este nome não aparece em nenhum lugar das Escrituras senão aqui e no capº. 10:6. A Vulgata e o Targum traduzem yareb por um "vingador," uma pessoa que eles consideravam capaz de livrá-los de seus inimigos. É sabido bem que Menaém, rei de Israel, procurou aliança com Pul e Tiglate-Pileser, reis da Assíria e Acaz, rei de Judá. Estes foram os protectores que Efraim procurou. Veja 2 Reis 15 e 16. Mas, longe de os curar, fazendo-os tributários, os Assírios tornaram sua ferida mais grave.
        15. Irei e voltarei para o meu lugar. Eu os abandonarei até que se reconheçam culpados. Isto teve o efeito desejado, como veremos no capítulo seguinte; pois eles se arrependeram e voltaram-se para Deus e Ele teve misericórdia deles.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 5:1-9

        Este capítulo começa com ameaça aos Israelitas por porem laço ao povo, levando-os para a idolatria pelos seus sacrifícios e outros ritos em Mispá e Tabor, 1-5. Os seus sacrifícios, embora sumptuosos, declaram-se inaceitáveis, 6; e a substância deles é consagrada ao gafanhoto, 7. O julgamento não é para ficar por aqui. Implora-se às cidades de Judá, de uma forma muito animada, a que se preparem para a aproximação de inimigos. Benjamin é para ser perseguido; Efraim é para ficar desolado; e tudo isto é para se dar a conhecer a Israel, para que possam, pelo arrependimento evitar o julgamento, 8-9. Os versos a seguir contêm mais denúncias, 10-13, expressas em termos igualmente terríveis e sublimes, 14. O Senhor não aflige voluntariamente os filhos dos homens; Ele os visita com calamidades temporais para poder curar-lhes a doença espiritual, 15.
       
        1. Ouvi isto, ó sacerdotes. É instaurado um processo contra os sacerdotes, os Israelitas e a casa do rei; e eles são chamados a comparecer para se defenderem. A acusação é que eles têm posto laço ao povo, dado razão para eles praticarem a idolatria, tanto em Mispá como no Tabor. Mispá estava situada além do Jordão, nas montanhas de Gileade; veja Juízes 11: 29. E o Tabor era uma bela montanha na tribo de Zebulom. Diz-se de ambos estes locais que eram notáveis pela caça e, daí, a ocorrência natural das palavras laço e rede no discurso a respeito deles.
        2. Os rebeldes se aprofundaram na matança. Aqui pode estar uma referência à prática dos caçadores fazerem covas fundas no solo e colocarem-lhes uma leve cobertura por cima, para que os animais, não as descobrindo, pudessem cair nelas e ficarem presos. Embora eu os tenha repreendido. "Trarei castigo sobre todos eles."
        6. Eles irão com os seus rebanhos. Eles oferecerão muitos sacrifícios, declarando buscarem ao Senhor e se reconciliarem com Ele, mas não O acharão. Como eles ainda conservam o seu espírito de idolatria, Ele se afastou deles.
        7. Agora um mês os devorará. No prazo de um mês, o rei da Assíria estará sobre eles e os obrigará a comprar suas vidas e liberdade por uma penosa taxa de cinquenta siclos por cabeça. Manaem, rei de Israel, deu a Pul, rei da Assíria, esta quantia, 2 Reis 15: 16-20. Em vez de mês, alguns traduzem o original por "gafanhoto." "Os gafanhotos devorá-los-ão."
        8. Tocai a trombeta em Gibeá. Gibeá e Ramá eram cidades de Judá, na tribo de Benjamim. Após ti, ó Benjamim. Uma abrupta chamada de advertência. "Benjamim, foge pela tua vida! O inimigo está mesmo atrás de ti!” Esta é uma profecia da invasão pelos Assírios e do cativeiro das dez tribos.
        9. Entre as tribos de Israel torno conhecido. Eles têm sido suficientemente avisados; a culpa é só deles por não se terem dado por avisados.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O Livro de OSÉIAS

  Capítulo 4:12-18  

         12. A sua madeira. Eles consultam seus deuses de madeira. E a sua vara lhe declara. Eles usam a adivinhação por varas; ver Ezequiel 21.
        13. É boa a sua sombra. As suas “filhas cometeram prostituição e as suas esposas cometeram adultério." (1) As suas divindades eram adoradas com prostituição. (2) Eles bebiam muito no seu culto aos ídolos, v 11 e, assim, suas paixões se inflamavam. (3) Os bosques pequenos e densos eram favoráveis às práticas das prostituições e adultérios aqui mencionados. Em imitação a estes, algumas nações têm os seus jardins públicos.
        14. Não castigarei. "Por que haveríeis de ser mais feridos? Revoltar-vos-íeis cada vez mais.” Quando Deus, em juízo, remove as sentenças, o caso dessa gente é um caso perdido. Enquanto há esperança, há repreensão. Mesmos se desviam. Há uma referência aqui a certas orgias não deviam ser descritas. O estado das pessoas por este tempo deve ter sido abominável, além de qualquer precedente - animal, sensual, bestial, diabólico: mulheres consagrando-se para servir os seus ídolos na prostituição pública; pessoas desmembradas como os Galli ou sacerdotes de Cibele; homens e mulheres agindo de modo contrário à natureza; e todos juntando-se para praticar actos diabólicos.
        15. Não se faça culpado Judá. Israel era totalmente dissoluto; e Judá não era assim. Aqui ele é exortado a manter a sua integridade. Se o primeiro quiser ir para o que antes era Betel, a "casa de Deus," agora, Bete-Áven, "casa da iniquidade," porque Jeroboão estabeleceu ali os seus bezerros, não os imite Judá. Gilgal era o lugar onde a aliança da circuncisão foi renovada, quando o povo passou o Jordão; mas tornou-se vergonhoso com o culto de ídolos, depois de Jeroboão haver estabelecido a idolatria.
        16. Israel voltou para trás. Eles são intratáveis, como uma novilha ou boi não domados que puxam para trás, ao invés de se submeterem ao jugo. Os apascentará como a um cordeiro num lugar espaçoso. Uma espécie de ironia. Irás para a Assíria, e serás disperso entre as nações; podes divertir-te no extenso império, para onde vais ser levado em cativeiro.
        17. Efraim. As dez tribos. Deixai-o sozinho. Eles são incorrigíveis; deixai-os entregues às consequências da sua conduta corrupta.
        18. A sua bebida é ácida. Ou melhor, "Ele está perdido no seu vinho." As tentações da idolatria levaram-nos para longe. Seus príncipes amam com vergonha. Melhor, "têm amado a vergonha"; eles ufanam-se das suas abominações. Dai vós. Talvez seja melhor ler: "Os seus príncipes têm cometido, etc. Eles têm amado presentes. Que vergonha!"

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 4

        O profeta acusa o seu povo dos seus enormes pecados, 1-2; em consequência dos quais eles são ameaçados de julgamentos pesados, 3-5. O próprio Deus é, então, apresentado a queixar-se da ignorância e obstinação de Israel; e como os seus sacerdotes tinham uma grande parte na culpa comum, declara-se que serão visitados com uma quota proporcional da ruína comum, 6-11. Depois, os pecados de idolatria e adivinhação são particularmente reprovados, 12-14; e Judá é exortada a acautelar-se com esses pecados, que haviam de deixar sua irmã rebelde Israel desamparada e desolada como um cordeiro no deserto, 15-16. Nos versículos restantes, o estilo varia, mas o assunto é o mesmo. Efraim está entregue à idolatria e a consequência necessária declara-se ser uma seca amarga! Imediatamente vemo-lo atado nas asas de uma tempestade violenta e levado como palha diante do vento, ou para a destruição, ou para o cativeiro, 17-19.
        1. O Senhor tem uma contenda. O que podíamos chamar uma "acção judicial", na qual Deus é Autor e os israelitas, réus. É Jeová versus Israel e Judá.
        2. Sangue junta-se a sangue. Os homicídios não são só frequentes, pelo contrário, os assassinatos são recíprocos.
        4. Todavia, ninguém contenda. Ou: "Nenhum homem contende." Todos estes males proliferam em todas as direcções sem que alguém os condene, pois todos são culpados. Porque o teu povo é. O povo e o sacerdote são igualmente rebeldes contra o Senhor, tendo-se os sacerdotes tornado idólatras, exactamente como o povo. O Bispo Newcome traduz  assim esta parte: "E, como é a provocação do sacerdote, assim é a do meu povo."
        5. Por isso cairás de dia. Da forma mais evidente e pública. E o profeta também cairá... de noite. O falso profeta, quando ocupado em fazer prognósticos nas estrelas. Assim eu destruirei a tua mãe A metrópole ou cidade mãe. Tem-se em vista Jerusalém ou Samaria.
        7. Eu mudarei a sua honra em vergonha. Como os idólatras mudaram em Dan e Betel a Minha glória na figura de um boi que come erva (Romanos 1: 23), assim eu mudarei a sua honra em vergonha ou ignomínia.
        8. Comem do pecado do meu povo. Chattath, a "oferta pelo pecado."

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 3

        Pelo acto do profeta de tomar de novo sua esposa, por quem ele (seu amigo ou marido) ainda conservava seu afecto, embora ela tivesse provado ser infiel; por Sua entrada num novo contrato com ela; e por dar-lhe esperanças de reconciliação, quando ela provasse por algum tempo, como se tivesse ficado num estado de viuvez, a sinceridade do seu arrependimento; é representada a maneira graciosa como Deus irá restaurar os Judeus do cativeiro babilónico, 1-4. Indica-se também, muito veementemente, que toda a casa de Israel será adicionada à Igreja de Cristo nos últimos dias, 5.
        1. Vai outra vez, ama uma mulher. Esta é uma ordem diferente da que foi mencionada no primeiro capítulo. A primeira indicava a infidelidade do reino de Israel e o divórcio entre Deus e eles. Ele os entregou aos seus inimigos e ordenou que fossem levados para o cativeiro. A mulher aqui mencionada representa uma que era uma esposa legítima e que se juntava a um amante; então, repudiada pelo marido; depois, arrependendo-se e desejosa de se juntar ao seu cônjuge; pondo termo ao seu comércio de adultério, mas ainda não reconciliada com ele. Este era o estado e a disposição dos judeus sob o cativeiro babilónico. Apesar de separados dos seus próprios ídolos, eles continuavam separados do seu Deus. Ele ainda é representado como tendo sentimentos afectuosos para com eles; aguardando o seu total arrependimento e contrição, a fim de renovar a aliança de casamento. Estas coisas são assinaladas pelas acções simbólicas do profeta.
        Amada de seu amigo. Ou "um amante do mal." Conforme o amor do Senhor. Esta mulher, que se tinha provado desleal a seu marido, ainda era amada por ele, embora ele pudesse não a reconhecer; como os Israelitas eram amados pelo Senhor, enquanto eles estavam a prestar atenção a outros deuses. Os garrafões de vinho, provavelmente, eram como os que se usava para as libações ou para beber nas festas dos ídolos.
        2. Quinze peças de prata. Se fossem siclos, o preço desta mulher era cerca de duas libras e cinco xelins. Um homer de cevada. Como o homer valia cerca de oito alqueires, um homer e meio seria cerca de doze ou treze alqueires.
        3. Tu ficarás comigo muitos dias. Ele não a levou para casa, mas fez um contrato com ela, pelo qual, se ela se abstivesse dos seus maus caminhos, ele a tomaria para si mesmo depois de um período suficiente de prova. No entretanto, deu-lhe dinheiro e cevada para sua subsistência, para que ela não se expusesse à tentação de se tornar novamente infiel. E assim eu quero ser também para ti. Ou seja, se tu, Israel, te mantiveres separado da idolatria e Me deres prova, pela tua abstinência total de ídolos, que serás Meu fiel adorador, eu te receberei novamente e, entretanto, sustentar-te-ei  com as coisas necessárias à vida, enquanto estiveres na terra do teu cativeiro.
        4. Muitos dias sem rei. Esta profecia tem sido literalmente cumprida, até aqui. Desde a destruição do Templo, pelos Romanos, eles não tiveram nem rei nem príncipe. Sem imagem ... éfode ... terafins. A Septuaginta: "Sem sacrifício, sem altar, sem sacerdócio e sem oráculos".
        5. Depois tornarão os filhos de Israel. Arrepender-se-ão das suas iniquidades e buscarão ao Senhor; porão de parte sua adoração falsa e servirão ao verdadeiro Deus em espírito e em verdade. E a Davi, seu rei. Ou, como o Targum: "Eles obedecerão ao Messias, o Filho de Davi, seu rei"; e assim olharão, com confiança, para Aquele a quem traspassaram e se lamentarão.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 2:14-23

        14. Eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração. Depois de infligir muitos juízos sobre ela, restaurá-la-ei novamente. Vou tratá-la como um marido muito carinhoso faria a uma esposa infiel. Em vez de castigá-la publicamente como exemplo para os outros, ele leva-a aparte, fala e contende com ela; fá-la voltar à boa conduta; promete passar ao lado e perdoar tudo, se ela emendar os seus caminhos. Entretanto, ele fornece o que é necessário para as necessidades dela e para ela ficar confortavelmente sustentada; e assim, abrindo uma porta de esperança para ela, ela pode ser plenamente reconciliada; pode alegrar-se como no início, quando ele a tomou pela mão e ela tornou-se sua noiva.
        15. Ali ela cantará. Ela cantará ali a canção correspondente, como em ocasiões de festivais solenes e em cerimónias de casamento. O Livro dos Cânticos é deste tipo.
        16. Tu me chamarás Ishi. Isto é, "Meu Homem," ou, "Meu Marido," um título de amor e afecto; e não Baali, "Meu mestre," um título que suscitava medo e apreensão; o qual, conquanto bom, em si, tinha-se mostrado, agora, impróprio para ser aplicado a Jeová, por ter sido aviltado pela sua aplicação aos falsos deuses. Isto indicava que eles deviam evitar a idolatria escrupulosamente; e tiveram uma prova completa da ineficácia do seu culto idólatra tal que, após o seu cativeiro, nunca mais cultuaram aos ídolos.
        18. Farei por eles uma aliança. Promoverei um acordo entre eles e os pássaros, as bestas e os répteis, de modo a que não sejam lesados por eles; os seus rebanhos não sejam destruídos, nem as suas colheitas pilhadas. Também evitarei toda a espécie de guerra, para que eles nunca mais suportem as calamidades que derivam dessa fonte. Ademais, estarão a salvo de ladrões e sobressaltos nocturnos; porque eu os farei deitar em segurança.
        19. Desposar-te-ei comigo. O povo é representado sempre sob o símbolo de uma esposa infiel a seu marido. Em justiça. Em conformidade com a lei, a razão e a equidade. Em juízo. De acordo com o que é justo e conveniente. Em benignidade. Tendo o maior afecto e amor por ti. Em misericórdias. Perdoando e apagando todas as faltas passadas.
        20. Em fidelidade. Nunca mais te prostituirás com os ídolos, mas serás fiel Àquele que se chama a Si mesmo o teu Marido. Tu conhecerás ao Senhor. Da tua parte não haverá mais infidelidade, nem da Minha divórcio.
        21. Eu ouvirei, diz o Senhor. A frase é repetida para mostrar quão definitivamente o assunto estava decidido pelo Todo-Poderoso e quanto, implicitamente, poderiam depender da promessa divina.
        22. Responderá ao trigo, e ao vinho. Quando eles parecerem expressar o desejo de suprir as necessidades do homem. E estes responderão a Jezreel. O povo desamparado, que está a passar pela privação das coisas necessárias à vida.
        23. Semeá-la-ei. Aludindo à significação do nome Jezreel, "a semente de Deus." Então, ficará a impressão de que Deus mostrou misericórdia àqueles que não tinham alcançado misericórdia. Depois a aliança de Deus será renovada; pois Ele vai chamar Seu povo aos que não eram Seu povo; e chamarão a Jeová seu Deus aqueles que antes não O tinham como objecto do seu culto.
        As frases na última parte deste versículo são muito abruptas, mas extremamente expressivas; omitindo as palavras acrescentadas pelos tradutores e que enfraquecem a passagem, ela fica assim: "Eu vou dizer a não meu povo, Tu, meu povo; e ele dirá, Meu Deus.”


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 2:6-13

        6. Cercarei o teu caminho com espinhos. Porei fora do teu poder escapar dos juízos que tenho pronunciado; e, apesar de todo o teu apego aos teus ídolos, vais descobrir que eles não podem dar-te nem pão, nem água, nem lã, nem linho, nem óleo, nem bebida. E ela será envolvida em circunstâncias tais que a prossecução da sua idolatria dispendiosa será impossível. E ela será levada a um cativeiro tão intenso que ela nunca mais encontrará o caminho de volta para a sua própria terra. E este é o facto; porque aqueles que foram levados para a Assíria ficaram perdidos entre as nações, tendo poucos deles alguma vez voltado à Judeia. E, se restam alguns, onde se encontram agora é totalmente desconhecido.
        8. Porque ela não sabia que eu lhe dei o grão. Com quanta frequência são os dons da graça directa de Deus atribuídos a causas fortuitas - a qualquer causa, menos a verdadeira! Que eles prepararam para Baal. E com que frequência são os dons da graça de Deus pervertidos para serem meios de O desonrar! Deus dá-nos sabedoria, força e fazenda; e usamo-las para pecar contra Ele com a maior destreza, força e resultado!
        9. Portanto, voltarei, e tirarei. No curso da Minha providência vou reter esses benefícios que ela tem aviltado nos seus cultos idólatras. E nem darei à terra chuva, nem estações frutíferas.
        10. Diante dos olhos dos seus amantes. Seus ídolos, bem como os seus aliados, fiéis ou infiéis.
        12. Estas são a minha paga. Eles reputavam recompensas recebidas dos ídolos aos quais prestavam culto, todas as bênçãos da Providência.
        13. Dias de Baalim. Visitar significa "infligir castigo"; os dias são tomados pelos actos de culto idólatra praticados sobre eles; e Baalim significa a multidão de deuses falsos que eles adoravam. Baal era um nome genérico para um ídolo masculino, enquanto Astarte era para um feminino. Baalim inclui todos os ídolos masculinos, enquanto Astarote todos aqueles que eram do sexo feminino. Seus brincos. Nizmah significa antes uma "jóia para o nariz." Elas são usadas, em grande abundância, por mulheres, no Oriente, até os dias actuais. E as suas jóias. Anéis, braceletes, pulseiras, anéis de tornozelo, e ornamentos deste tipo.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 2:1-5

        O profeta exorta o seu povo a falar e a agir como convém àqueles que alcançaram misericórdia de Deus; e a protestar veementemente contra a conduta da mãe deles (Samaria), que é ameaçada de cativeiro em virtude de ter abandonado a Deus e atribuído sua prosperidade aos ídolos, 1-5. Como uma ampliação desta ameaça, o profeta enumera uma série de aflições que viriam a acontecer-lhe para a levar ao sentimento de sua obrigação para com Deus; e da loucura de ir em busca dos ídolos e de atribuir-lhes erradamente as bênçãos da Providência, 6-13. Depois destas correcções, no entanto, Deus promete conduzir Israel em segurança para a sua própria terra; talvez aludindo à sua restauração do cativeiro babilónico; porque supõe-se que esta profecia foi anunciada cerca de 250 anos antes deste evento, 14-15. Além disso, Ele compromete-se a tratar com eles como um Marido terno e não como um amo severo, como eram os ídolos aos quais eles serviam, 16-17. O restante do capítulo promete ao povo de Deus, o verdadeiro Israel, protecção de todo o mal, com a posse de todas as bênçãos, sob um novo pacto; e isso, em termos plenos de beleza, energia e consolação. Céu e terra e tudo o que eles contêm; toda a natureza e o Deus da natureza são representados como aliando-se para fazer o povo de Deus feliz; de modo que, se eles apenas soprarem um desejo, uma parte da natureza, animada ou inanimada, ecoa-o a outra e todas se unem, em suave harmonia, para transmiti-lo ao ouvido do Todo-Poderoso. "Eu ouvirei, diz o Senhor, ouvirei os céus e eles ouvirão a terra; e a terra responderá ao trigo, ao vinho e ao óleo; e estes responderão a Jezreel."
        1. Dizei a vossos irmãos, Ami. Eu prefiro a tradução destes nomes próprios. Dizei a vossos irmãos, "Meu povo"; e às vossas irmãs, aquelas que "alcançaram misericórdia."
        2. Contendei com a vossa mãe. Povo de Judá, acusai a vossa mãe (Jerusalém), que abandonou o meu culto e se tornou idólatra; convencei-a da sua loucura e iniquidade, e fazei-a voltar para Aquele contra quem ela tão profundamente se revoltou.
        3. Para que eu não a deixe despida. Para que eu não a exponha à infâmia, à miséria e ao castigo. A punição de uma adúltera entre os antigos alemães era a seguinte: "Rapavam-lhe a cabeça, tiravam-lhe a roupa toda, na presença de seus familiares e, neste estado, atiravam-na da casa de seu marido." Veja em Isa. 3: 17; veja também Ezeq. 16: 39; 23: 26. E a faça como uma terra seca. Foi prometido aos israelitas, se fossem obedientes, uma terra que mana leite e mel; mas, se fossem desobedientes, o inverso. E é isto que Deus aqui ameaça contra Israel desobediente.
        4. Eles são filhos de prostituições. Eles são todos idólatras; e foram consagrados aos ídolos, de cujas marcas são portadores.
        5. Que me dão o meu pão. Veja a nota em Jeremias 44: 17-18, onde quase as mesmas palavras são encontradas e ilustradas.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O Livro de OSÉIAS

Capítulo 1

         Sob a figura de uma esposa provada infiel aos seus votos de casamento e que dá à luz filhos que seguem o seu exemplo, o profeta descreve a idolatria vergonhosa das dez tribos, a qual induziu Deus a rejeitá-las. A passagem inteira é uma informação por acção em vez de por palavras. Os nomes dos filhos são todos simbólicos. O primeiro tem a pretensão de recordar a Israel seu pecado de que não se arrependeu e os actos cruéis cometidos no seu palácio de Jezreel (1 Reis 21: 1). O segundo e o terceiro que significam "sem misericórdia" e "não meu povo," denotam que, em consequência do seu pecado, eles haveriam de ser rejeitados por Deus, 1-9. Deus promete, no entanto, reparar a perda à Sua Igreja, dando entrada aos gentios, 10; e unindo todos os filhos de Deus sob uma Cabeça, o Messias, nos últimos dias, 11.
         2. Uma mulher de prostituições. Ou seja, diz Newcome, uma esposa de entre as Israelitas, que eram notáveis pela sua prostituição espiritual, ou idolatria. Deus chama a Si mesmo o Marido de Israel; e esta nação escolhida devia-Lhe a fidelidade de uma esposa. Veja Êxodo 34: 15; Deut. 31:16; Juízes 2: 17; Isa. 54: 5; Jer. 3: 14; 31: 32; Ez. 16: 17; 23: 5, 27; Ose. 2: 2, 5; Apoc. 17: 1-2. Por conseguinte, Ele diz, com indignação: Vai, junta-te em casamento com uma de entre aqueles que têm cometido prostituição contra Mim, e cria filhos que, pelo poder do exemplo, se desviarão para a idolatria.
         3. Ele foi e tomou a Gomer. Tudo isto parece ser uma transacção real, embora tenha um significado simbólico.
         4. Põe-lhe o nome de Jezreel. Ou seja, "Deus vai dispersar." Isto parece sugerir que uma dispersão ou semeadura de Israel havia de ter lugar; o que aconteceu sob Salmaneser, rei da Assíria, 2 Reis 17: 5-6. Mas a palavra refere-se também ao nome de uma cidade, onde Jeú matou a Jezabel e todos os filhos de Acabe, 2 Reis i9: 10, 36 e 10: 6. O sangue de Jezreel. Não a vingança de Jeú sobre a família de Acabe, mas os seus actos de crueldade, enquanto ele residia em Jezreel, uma cidade da tribo de Issacar, Josué 19: 18, onde os reis de Israel tinham um palácio, 1 Reis 21: 1. Farei cessar o reino. Referindo-se, ou ao fim do reino de Israel pela mão dos Assírios, veja vers. 6, ou à retirada do reino de Israel da casa de Jeú, 2 Reis 10: 30 e que foi cumprida, 2 Reis 15:10.
         5. No vale de Jezreel. Supõe-se que isto também diga respeito ou a alguma derrota notável dos Israelitas, pelos Assírios, que teve lugar no vale de Jezreel; ou à morte de Zacarias, o quarto descendente directo de Jeú, que pode ter acontecido aqui. Veja 2 Reis 15: 10.
         6. Chama-lhe … Lo-Ruama. "Que não alcançou misericórdia." Também este era um nome profético ou típico; e a razão de sua atribuição é dada imediatamente: Porque eu não vou mais ter misericórdia. "Porque eu não vou acrescentar mais misericórdia sobre a casa de Israel." Isto alude à destruição total desse reino.
         7. Mas eu terei misericórdia da casa de Judá. Conservá-los ei como um reino quando Israel tiver sido levado para o cativeiro pelos Assírios. E os salvarei pelo Senhor seu Deus. Cumprida de modo notável na derrota sobrenatural do exército dos Assírios, veja 2 Reis 19: 35; e assim eles foram salvos, não pelo arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem por cavalos, nem por cavaleiros.
          9. Põe-lhe o nome de Lo-Ami. "Que não é Meu povo."
         10. Contudo, o número dos filhos de Israel. Deus havia prometido que os filhos de Israel seriam como a areia do mar. Veja Gên. 32:12; Rom. 9: 25-26. E, embora por causa das suas iniquidades, Ele os tivesse diminuído e espalhado, o espírito e a intenção da Sua promessa e concerto serão cumpridos. Haverá um Israel. No lugar do povo reprovado, que agora não era mais o Seu povo, será achado um Israel que serão os filhos "do Deus vivo." Veja as escrituras acima e 1 Ped. 2: 10. Isto deve querer dizer tanto os israelitas depois de sua conversão ao Cristianismo, como até mesmo os próprios Gentios se convertidos a Deus, e recém-chegados a ser o verdadeiro Israel.
        11. Os filhos de Judá e os filhos de Israel. Após o retorno da Babilónia, a distinção entre Israel e Judá foi inteiramente extinta; e aqueles dentre eles que voltaram foram todos incluídos debaixo de uma denominação "Judeus." A única cabeça pode ser uma referência a Zorobabel, seu líder e, mais tarde, sob Esdras e Neemias. Na visão mais ampla do profeta, a "única cabeça" pode significar Jesus Cristo, sob o qual o verdadeiro Israel, Judeus e Gentios, serão finalmente reunidos; de modo que haverá um rebanho e um Pastor sobre esse rebanho. Eles subirão da terra. Assíria e Caldeia, em particular, mas também dos vários lugares para onde foram dispersos em geral. Grande será o dia de Jezreel. Ele faz alusão ao significado da palavra a “semente de Deus.” Deus, que os tinha dispersado - semeado - em diferentes terras, os reunirá; e o dia do poder de Deus será grande e glorioso. Foi uma sementeira maravilhosa da justiça divina; então será uma colheita maravilhosa da misericórdia divina. Ele os semeou entre as nações na Sua ira; na Sua generosidade Ele os colherá e os ajuntará no celeiro.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O Livro de OSEIAS

        Oseias, filho de Beeri, é o primeiro dos profetas menores. Este profeta viveu no reino de Samaria; consequentemente, suas profecias, na maior parte, têm uma perspectiva desse estado, embora haja também algumas coisas peculiares que dizem respeito ao reino de Judá.
        Lemos, na introdução da sua profecia, que ele profetizou sob os reis de Judá, Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias e sob Jeroboão II, rei de Israel.
        São Jerónimo e muitos outros acreditam ser Oseias o mais antigo profeta cujos escritos estão em nosso poder; ele foi testemunha do primeiro cativeiro das quatro tribos levadas da terra por Tiglate-Pileser e da extinção do reino de Samaria por Salmaneser. Os primeiros versos do capº. 1 têm um panorama da morte de Zacarias, rei de Israel e filho de Jeroboão II. A partir do verso seis do primeiro capítulo até ao terceiro capítulo encontramos uma profecia do cativeiro de Israel; mas, depois de ter predito esse cativeiro, declara o fim dele e o retorno. Ele invectiva fortemente contra as desordens que prevaleciam no reino das dez tribos. Parece que no seu tempo havia ídolos; não só em Dan, Betel e Samaria, mas também em Gilgal, no cume do Tabor, em Siquém, Berseba, e nas montanhas de Gileade. Ele fala dos israelitas como de um povo inteiramente corrompido, cuja medida dos pecados estava já cheia; ele prediz que os seus bezerros de ouro seriam derribados, atirados ao chão e levados para a Assíria.
        Ele reflecte, com a mesma severidade, sobre as irregularidades que reinavam em Judá. Ele levanta-se contra aqueles que iam adorar os falsos deuses a Gilgal. Fala da invasão dos territórios de Judá por Senaqueribe. Prediz que o povo de Judá ainda deveria continuar algum tempo no seu território, após o cativeiro das dez tribos; mas que, após isso, eles mesmos também seriam levados em cativeiro para além do Eufrates, de onde o Senhor os traria de volta, após um determinado número de anos.
        No início da profecia de Oseias, lemos que o Senhor o conduziu a "tomar para si uma mulher de prostituições e filhos de prostituição;" ou seja, a casar-se com uma mulher que, antes de se casar, tinha vivido uma vida de devassidão, mas que, após o casamento, haveria de apartar-se de toda a conversação perversa e cujos filhos seriam legitimados, não obstante o facto que, em razão da desonra que a mãe deles havia adquirido por sua vida antiga, foram chamados "filhos de prostituições." Esta mulher prostituta e os filhos que haviam de nascer dela eram uma figura e uma espécie de profecia real que descreveu a idolatria e infidelidade de Samaria e das dez tribos, anteriormente a esposa do Senhor, mas que, depois, se tornou idólatra e corrupta.
        Os filhos desta mulher infiel são filhos de prostituição, uma vez que imitam a idolatria da sua mãe. Deus dá a estas crianças os nomes de Jezreel, "Deus vai dispersar;" Lo-rechamah, ou "Sem misericórdia;" e Lo-ammi, "Não és mais meu povo;" para mostrar - (1) Que Deus ia vingar na casa de Jeú, rei de Israel, os pecados que ele tinha cometido em Jezreel, quando ele usurpou o reino das dez tribos. (2) Que o Senhor trataria o Seu povo idólatra e pecador sem piedade. (3) Que Ele os rejeitaria, e nunca mais olharia para eles como Seu povo.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Daniel, o Profeta

     Capítulo 6: 16-28

        16. Então o rei ordenou. Com o coração pesado, ele foi obrigado a autorizar o cumprimento desta conspiração homicida. Mas ao dar a sentença, suas últimas palavras foram afectuosas: "O teu Deus, a quem tu continuamente serves, Ele te livrará."
        17. Foi trazida uma pedra. Toda esta precaução serviu aos propósitos da Providência Divina. Não poderia haver nenhum truque nem conluio aqui; se Daniel fosse protegido, só deveria ser pelo poder do Deus Supremo. O mesmo cuidado foi tomado pelos judeus no caso do sepultamento de nosso bendito Senhor; e exactamente a mesma coisa serviu como uma das provas mais poderosas da certeza da Sua ressurreição e da simples maldade deles.
        18. Passou a noite em jejum. Ele não comeu nem bebeu, não ouviu música para se confortar, nem permitiu que perfumes suaves fossem queimados ou trazidos à sua presença e passou a noite sem dormir. Tudo isto aponta para a sua grande sinceridade; e, quando se considera que Dario não teria menos de sessenta e dois ou sessenta e três anos de idade por esse tempo, isso mostra mais plenamente a profundidade do seu pesar.
        22. O meu Deus enviou o Seu anjo. Alguém como aquele que assistiu Sadraque, Mesaque e Abed-nego na fornalha ardente, e soprou por dentro das chamas, de modo que elas não puderam feri-los. Foi achada em mim inocência perante Ele. Deus preservou-me porque eu era inocente; e agora que fui preservado, a minha inocência está totalmente provada.
        26. Eu faço um decreto: que … os homens tremam e temam perante o Deus de Daniel. Como no caso dos três hebreus, cap. 3: 29. O verdadeiro Deus tornou-se conhecido pelos Seus servos e pelos actos de livramento que Ele realizou em favor deles.
        28. Assim, este Daniel prosperou. Ele havia servido a cinco reis: Nabucodonosor, Evil-Merodaque, Belsazar, Dario e Ciro. Poucos cortesãos têm tido um reinado tão longo, servido a tantos superiores, sem lisonjear a nenhum deles, sido mais bem sucedidos na sua gestão dos assuntos públicos, tão úteis aos estados onde estiveram no poder, mais possuídos por Deus, ou deixaram exemplo tal à posteridade.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Daniel, o Profeta

CAPÍTULO 6:1-15

        Dario o Medo, que sucedeu a Belsazar no reino da Babilónia, tendo ouvido falar da sabedoria e inteligência extraordinárias de Daniel, o constituiu chefe dos três presidentes que estavam sobre todo o império, e tencionava também nomeá-lo primeiro-ministro ou vice-rei, 1-3. Esta grande predilecção do rei por um estrangeiro de origem judaica, e que tinham sido levado cativo para a Caldeia, suscitou a Daniel um grande número de inimigos; e os presidentes e príncipes até imaginaram um plano para o arruinar, 4-15; o qual teve sucesso até ao ponto em que ele foi lançado na cova dos leões, mas foi miraculosamente livrado, 16-23. Dario, que ficara muito desagradado consigo mesmo por ter-se deixado apanhar na armadilha dos governadores das províncias para prejudicar o seu fiel ministro, ficou satisfeito e espantado perante este livramento; puniu os inimigos de Daniel com o mesmo tipo de morte que haviam concebido para o profeta; e decretou que, em todos os seus domínios, se tivesse a maior veneração pelo Deus de Daniel, 24-28.
        1. Cento e vinte príncipes. Um chefe ou sátrapa sobre cada província, que pertencia ao império Medo-Persa. Mais tarde encontramo-lo ampliado para 127 províncias, pelas vitórias de Cambises e Dario Histaspes. Veja Ester 1:1.
        2. Três presidentes. Cada um tendo 40 desses presidentes sob sua responsabilidade, para prestarem-lhe conta da sua administração. Daniel era o primeiro. Porque foi colocado sobre a parte onde estava a sede do governo. Ele foi confirmado por Dario nos seus cargos.
        3. O rei tencionava colocá-lo sobre todo o reino. Pretendia fazê-lo grão-vizir. Esta parcialidade do rei fez com que Daniel se tornasse o objecto do antagonismo dos outros presidentes, e dos grandes do reino.
        4. Procuravam achar ocasião contra Daniel. Mas eles não encontravam nenhuma mancha na sua administração, pois ele era fiel ao seu rei; o que era uma virtude. Mas ele também era fiel ao seu Deus; o que eles esperavam constituir em crime e tornar a causa da sua ruína.
        7. Qualquer que fizesse uma petição. Que pretexto poderiam invocar para uma ordenança tão néscia? Provavelmente, para lisonjear a ambição do rei, eles pretendiam fazer dele um deus por trinta dias, para que todo o império fizesse oração e súplica a ele e prestar-lhe honras divinas! Esta era a isca; mas o objectivo verdadeiro era destruir Daniel.
        10. Ora, quando Daniel soube que o edital fora assinado. Ele viu qual era o desígnio e sabia a quem servia. Estando abertas suas janelas. Ele não as fecharia para se esconder, antes "ajoelhava-se com o rosto voltado para Jerusalém, e orava três vezes no dia, dando graças a Deus, como de costume." Quando os judeus se encontravam em países distantes, ao orar, viravam o rosto para Jerusalém; e, quando em Jerusalém, viravam o rosto para o Templo. Salomão, em sua oração na dedicação do Templo, 1 Reis 8:48, tinha suplicado a Deus para ouvir as orações daqueles que estivessem em terras estranhas, ou em cativeiro, quando voltassem a face para a sua própria terra, que Deus dera a seus pais; e para a cidade que Ele tinha escolhido, e a casa que fora dedicada ao Seu nome. Foi em referência a isto que Daniel virava o rosto para Jerusalém, quando orava.
        14. O rei ... ficou grandemente indignado consigo mesmo. E com justa razão, pois, por um imenso disparate seu, aprovara uma lei que, por seu objectivo ostensivo, seria uma desgraça até para um imbecil. E pôs seu coração em Daniel. Ele lutou por todos os meios para anular a lei. Tinha falado, sem dúvida, com vários de seus grandes em privado, e ido de um para outro, até o pôr do sol.
        15. Então aqueles homens juntaram-se. Tendo obtido respostas favoráveis, como se pode presumir, de muitos indivíduos, ele convocou um parlamento; mas agora juntaram-se para colectivamente forçar a execução da lei, não a sua revogação.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Daniel, o Profeta

Capítulo 5:8-31

      8. Eles não puderam ler a escritura. Porque ela estava no alfabeto hebraico puro, não no caldeu.
      10. A rainha ... entrou. Crê-se geralmente que se trata da viúva de Nabucodonosor.
      16. Dissolver dúvidas. Desatar nós-desprender o que está preso. Uma expressão utilizada no Oriente para indicar um juiz eminentemente sábio e hábil.
      17. Os teus presentes fiquem contigo. Para qualquer, iriam ser de pouca utilidade, visto que a cidade, em poucas horas, ia ser tomada e saqueada.
      18. Nabucodonosor, teu pai. Ou "avô." Ver as notas sobre vers. 1.
      19. A quem queria matava. O carácter genuíno de um déspota, cuja vontade é a única regra de sua conduta.
      20. Ele foi deposto do seu trono real. Tornou-se insano e as rédeas da governação foram retiradas de suas mãos.
      22. Não humilhaste o teu coração. Estes juízos e misericórdias não têm tido nenhum bom efeito sobre ti.
      23. Mas te elevaste contra o Senhor. E a maior evidência desta rebelião foi a profanação dos vasos sagrados da casa do Senhor.
      24. Então foi a parte da mão enviada. Isto foi o transbordar do cálice da tua iniquidade; este último acto fez-te maduro para a destruição.
      25. Deve-se observar que cada palavra significa uma curta frase: mene significa "numeração"; tekel, "pesagem", e peres, "divisão". Todas as versões antigas, excepto o Siríaco, lêem as palavras simplesmente Mene, Tekel, Phares , enquanto elas são explicadas nos versos seguintes, sem a repetição de Mene.
      29. Vestiram a Daniel de escarlate. Mais provavelmente de "púrpura". A cadeia de ouro ao pescoço era um emblema de autoridade magistral. Muitas vezes é assim mencionada nas Escrituras.
      30. Naquela mesma noite foi Belsazar … morto. Xenofonte diz que ele foi despachado por dois senhores, Gadatas e Gobrias, que passaram para Ciro para se vingarem de alguns males que Belsazar tinha-lhes feito. Já vimos que Ciro entrou na cidade pelo leito do rio Eufrates, que ele havia esvaziado cortando um canal para as águas e direccionando-as para os campos pantanosos.
      31. Dario, o medo ocupou o reino. Supõe-se que se trata do mesmo que Cyaxares, filho de Astiages e tio materno de Ciro, a quem ele deu o trono da Babilónia após o próprio ter tido a honra de tomar a cidade.
      Daniel nada fala sobre a guerra que se alastrou entre os Babilónios e os Medos; mas Isaías fala particularmente dela, caps. 13 - 14; 45 - 47, e do mesmo modo faz Jeremias, caps. 50-51. Não preciso acrescentar que é amplamente tratado por autores seculares. Os Medos e Persas eram aliados na guerra; os primeiros comandados por Dario, e os últimos, por Ciro. Supõe-se que ambos esses príncipes estiveram presente na tomada desta cidade.