Daniel 9:21,24 21. O varão Gabriel. Ou o anjo Gabriel, que me apareceu como um "homem." Veio voando rapidamente. Deus ouve, com prazer, orações tão fervorosas, humildes, urgentes; e envia uma rápida resposta. O próprio Gabriel recebeu ordem, nesta ocasião, para se apressar mais do que o normal. 24. Setenta semanas estão determinadas. Esta é uma profecia muito importante e tem dado origem a uma variedade de opiniões em relação à maneira própria de interpretação; mas a principal dificuldade, se não a única, é encontrar o momento a partir do qual estas setenta semanas devem ser contadas. O que aqui é dito pelo anjo não é uma resposta directa à oração de Daniel. Ele ora para saber quando terminam as setenta semanas do Cativeiro. Gabriel mostra-lhe que estão determinadas setenta semanas em relação ao resgate de um outro tipo de cativeiro, as quais deverão ter início com a saída do édito para restaurar e reconstruir Jerusalém e deverão ter o seu término com a morte do Messias, o Príncipe e a abolição total dos sacrifícios judaicos. Nos quatro versos seguintes ele entra nos pormenores desta deliberação muito importante e deixa-os com Daniel para o seu conforto, o qual os deixou à Igreja de Deus para a confirmação da sua fé e como uma testemunha da verdade da revelação divina. De todos os escritores que eu tenho consultado sobre esta mais nobre profecia, Dean Prideaux parece-me o mais claro e satisfatório. Na minha interpretação, por conseguinte, vou seguir o seu método e, com frequência, emprestar suas palavras. Setenta semanas estão determinadas. - Os Judeus tinham anos sabáticos, Levítico 25:8, pelos quais os seus anos eram dividido em semanas de anos, como nesta importante profecia, contendo cada semana 7 anos. Portanto, as 70 semanas de que aqui se fala montam a 490 anos. No vers. 24 são mencionados seis eventos que seriam as consequências da encarnação de nosso Senhor: (I) Extinguir ("reprimir") a transgressão, o que foi efectuado por meio da pregação do evangelho e pelo derramamento do Espírito Santo entre os homens. (II) Dar fim aos pecados; antes "dar fim aos sacrifícios por pecado," o que nosso Senhor fez quando ofereceu Sua alma e Seu corpo imaculados, na Cruz, uma vez por todas. (III) Efectuar a reconciliação ("fazer reparação ou expiação") pela iniquidade. (IV) Trazer a justiça eterna, "a justiça, ou o Justo, de todas as eras." (V) Selar ("finalizar ou completar") a visão e a profecia; isto é, pôr fim à necessidade de quaisquer revelações adicionais, completando o cânon das Escrituras e cumprindo as profecias que diziam respeito à Sua pessoa, ao Seu sacrifício e à glória que havia de se seguir. (VI) E ungir o Santo dos Santos, kodesh kodashim, "o santo dos santos." Mashach, "ungir" (de onde vem mashiach, "o Messias," o Ungido), significa, em geral, consagrar ou nomear para algum cargo especial. Aqui significa a consagração ou a nomeação do nosso bendito Senhor, o Santo de Israel, para ser o Profeta, Sacerdote e Rei da humanidade.
quinta-feira, 31 de março de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
Daniel, O Profeta
CAPÍTULO 9
Daniel, compreendendo, pelas profecias de Jeremias, que o cativeiro de 70 anos estava a chegar ao fim, derrama sua alma em oração fervorosa a Deus e suplica, sinceramente, o perdão e a restauração para o seu povo cativo, 1-19. No tempo em que ele está suplicando, assim, a Deus, em favor de Israel, o anjo Gabriel é enviado para o informar acerca das setenta semanas proféticas, ou 490 anos naturais, que deviam decorrer a partir da data do decreto para reconstruir Jerusalém e o Templo, até à morte do Messias, 20-27; uma profecia que foi cumprida, com muita exactidão, pelo evento, de acordo com o cálculo dos melhores cronologistas. Dean Prideaux declara ter o começo destas setenta semanas proféticas acontecido no mês de Nisã, no ano 4256 do período Juliano, que corresponde a A.M. 3546, ou 458 A.C., de acordo com o relato Ussherian. Como são terrivelmente cegos os judeus, os quais, em contradição com uma profecia tão clara, ainda esperam o Messias, que foi morto e, depois de sofrer, entrou na Sua glória!
1. No ano primeiro de Dario. Este é o mesmo Dario o Medo mencionado antes, que sucedeu a Belsazar, rei dos caldeus. Ver o capº. 5:31.
2. Eu, Daniel, entendi pelos livros. A profecia a que se refere aqui encontra-se em Jeremias 25:12; 29:10. As pessoas devem ter ficado convencidas da inspiração divina de Jeremias ou as suas profecias não teriam sido tão rapidamente coligidas nem tão cuidadosamente preservadas. Parece que havia, então, uma cópia delas nas mãos de Daniel.
3. Eu dirigi o meu rosto ... para o buscar com oração. Ele descobriu que o tempo do livramento prometido podia não estar a grande distância; e, como não via nada que indicasse um fim rápido do seu cativeiro opressivo, ele estava muito aflito e suplicou, fervorosamente, a Deus, que lhe pusesse um fim rápido; e suas próprias palavras mostram com quanta sinceramente ele procurou. Orou, suplicou, jejuou, pôs saco sobre seu corpo e colocou cinzas sobre a cabeça. Ele aplicou-se àquele tipo de oração prescrita por Salomão, em sua oração na dedicação do Templo. Ver 1 Reis 8:47-48.
4. Que guardas o concerto. Fidelidade e verdade são características de Deus. Ele jamais tinha quebrado Seus compromissos com os Seus seguidores e estava sempre a mostrar misericórdia aos homens.
7. E a todo o Israel; aos de perto e aos de longe. Ele ora tanto por Judá como por Israel. Os últimos foram mais dispersos e tinham estado por muito mais tempo em cativeiro.
9. A misericórdia e o perdão. Da bondade de Deus fluem as misericórdias de Deus; das Suas misericórdias, perdão.
11. Por isso a maldição ... se derramou sobre nós. É provável que ele aqui aluda à punição de certos criminosos derramando metal derretido em cima deles; por isso ele usa a palavra tittach, "é derramado," como o metal derretido.
14. O Senhor vigiou sobre o mal. Em consequência das nossas múltiplas rebeliões, Ele tem esperado este momento por uma oportunidade de trazer essas calamidades sobre nós.
17. Faze resplandecer o Teu rosto. Dá-nos uma prova de que Tu estás reconciliado connosco.
19. A Tua cidade e o Teu povo se chamam pelo Teu nome. A Cidade Santa, a cidade do grande Rei. Eu acho quase impossível que qualquer pessoa séria leia estas palavras impressionantes e intercessoras sem sentir uma medida do fervor do profeta.
Daniel, compreendendo, pelas profecias de Jeremias, que o cativeiro de 70 anos estava a chegar ao fim, derrama sua alma em oração fervorosa a Deus e suplica, sinceramente, o perdão e a restauração para o seu povo cativo, 1-19. No tempo em que ele está suplicando, assim, a Deus, em favor de Israel, o anjo Gabriel é enviado para o informar acerca das setenta semanas proféticas, ou 490 anos naturais, que deviam decorrer a partir da data do decreto para reconstruir Jerusalém e o Templo, até à morte do Messias, 20-27; uma profecia que foi cumprida, com muita exactidão, pelo evento, de acordo com o cálculo dos melhores cronologistas. Dean Prideaux declara ter o começo destas setenta semanas proféticas acontecido no mês de Nisã, no ano 4256 do período Juliano, que corresponde a A.M. 3546, ou 458 A.C., de acordo com o relato Ussherian. Como são terrivelmente cegos os judeus, os quais, em contradição com uma profecia tão clara, ainda esperam o Messias, que foi morto e, depois de sofrer, entrou na Sua glória!
1. No ano primeiro de Dario. Este é o mesmo Dario o Medo mencionado antes, que sucedeu a Belsazar, rei dos caldeus. Ver o capº. 5:31.
2. Eu, Daniel, entendi pelos livros. A profecia a que se refere aqui encontra-se em Jeremias 25:12; 29:10. As pessoas devem ter ficado convencidas da inspiração divina de Jeremias ou as suas profecias não teriam sido tão rapidamente coligidas nem tão cuidadosamente preservadas. Parece que havia, então, uma cópia delas nas mãos de Daniel.
3. Eu dirigi o meu rosto ... para o buscar com oração. Ele descobriu que o tempo do livramento prometido podia não estar a grande distância; e, como não via nada que indicasse um fim rápido do seu cativeiro opressivo, ele estava muito aflito e suplicou, fervorosamente, a Deus, que lhe pusesse um fim rápido; e suas próprias palavras mostram com quanta sinceramente ele procurou. Orou, suplicou, jejuou, pôs saco sobre seu corpo e colocou cinzas sobre a cabeça. Ele aplicou-se àquele tipo de oração prescrita por Salomão, em sua oração na dedicação do Templo. Ver 1 Reis 8:47-48.
4. Que guardas o concerto. Fidelidade e verdade são características de Deus. Ele jamais tinha quebrado Seus compromissos com os Seus seguidores e estava sempre a mostrar misericórdia aos homens.
7. E a todo o Israel; aos de perto e aos de longe. Ele ora tanto por Judá como por Israel. Os últimos foram mais dispersos e tinham estado por muito mais tempo em cativeiro.
9. A misericórdia e o perdão. Da bondade de Deus fluem as misericórdias de Deus; das Suas misericórdias, perdão.
11. Por isso a maldição ... se derramou sobre nós. É provável que ele aqui aluda à punição de certos criminosos derramando metal derretido em cima deles; por isso ele usa a palavra tittach, "é derramado," como o metal derretido.
14. O Senhor vigiou sobre o mal. Em consequência das nossas múltiplas rebeliões, Ele tem esperado este momento por uma oportunidade de trazer essas calamidades sobre nós.
17. Faze resplandecer o Teu rosto. Dá-nos uma prova de que Tu estás reconciliado connosco.
19. A Tua cidade e o Teu povo se chamam pelo Teu nome. A Cidade Santa, a cidade do grande Rei. Eu acho quase impossível que qualquer pessoa séria leia estas palavras impressionantes e intercessoras sem sentir uma medida do fervor do profeta.
terça-feira, 29 de março de 2011
Daniel 8:8-14
8. O bode se engrandeceu em grande maneira. Ele tinha dominado a quase totalidade do mundo então conhecido. Aquela grande ponta foi quebrada. Alexandre morreu no auge de suas conquistas, quando ele apenas tinha cerca de 33 anos de idade. O seu irmão natural, Filipe Aridaeus e seus dois filhos, Alexandre Aegus e Hércules, conservaram, por algum tempo, a glóriia e o nome dos reis da Macedónia, mas foram todos assassinados dentro de quinze anos; e, assim, a grande ponta, o reino da Macedónia, foi quebrada, sendo a família de Alexandre, agora, extirpada. E subiram no seu lugar quatro também notáveis. Estando morta toda a família real, os governadores das províncias usurparam o título de reis; e, tendo sido morto Antígono, um deles, na batalha de Ipso, ficaram reduzidos a quatro, como já vimos: (1) Seleuco, que ficou com a Síria e a Babilónia, de quem vieram os Selêucidas, famosos na história; (2) Lisímaco, que ficou com a Ásia Menor; (3) Ptolomeu, filho de Lagus, que teve o Egipto; e (4) Cassandro, que teve a Grécia e os países vizinhos. Eles tiveram domínio para os quatro ventos do céu. Cassandro, sobre a parte ocidental, Lisímaco sobre as regiões setentrionais, Ptolomeu possuíu os países meridionais, e Seleuco teve as províncias orientais.
9. E de uma delas saiu uma ponta mui pequena. Alguns pensam que representa Antíoco Epifânio. Para a terra formosa. Judeia, assim chamada no Salmo 106:24; Jeremias 3:19; Daniel 11:16, 41.
10. O exército do céu. A hierarquia judaica. As estrelas, os sacerdotes e levitas. Provavelmente, com os poderes ou exército do céu, o nosso Senhor, Mateus 24:29, pretendia significar toda a hierarquia judaica.
14. Até duas mil e trezentas tardes e manhãs. Apesar de serem, literalmente, 2.300 tardes e manhãs, eu, no entanto, acho que o dia profético devia ser, aqui, entendido, como em outras partes deste profeta, e deve significar um número igual de anos. Se datarmos estes anos a partir da visão do bode (a invasão da Ásia por Alexandre), isto teve lugar em 334 A.C.; e 2.300 anos contados a partir desse tempo vão levar ao AD 1966.
8. O bode se engrandeceu em grande maneira. Ele tinha dominado a quase totalidade do mundo então conhecido. Aquela grande ponta foi quebrada. Alexandre morreu no auge de suas conquistas, quando ele apenas tinha cerca de 33 anos de idade. O seu irmão natural, Filipe Aridaeus e seus dois filhos, Alexandre Aegus e Hércules, conservaram, por algum tempo, a glóriia e o nome dos reis da Macedónia, mas foram todos assassinados dentro de quinze anos; e, assim, a grande ponta, o reino da Macedónia, foi quebrada, sendo a família de Alexandre, agora, extirpada. E subiram no seu lugar quatro também notáveis. Estando morta toda a família real, os governadores das províncias usurparam o título de reis; e, tendo sido morto Antígono, um deles, na batalha de Ipso, ficaram reduzidos a quatro, como já vimos: (1) Seleuco, que ficou com a Síria e a Babilónia, de quem vieram os Selêucidas, famosos na história; (2) Lisímaco, que ficou com a Ásia Menor; (3) Ptolomeu, filho de Lagus, que teve o Egipto; e (4) Cassandro, que teve a Grécia e os países vizinhos. Eles tiveram domínio para os quatro ventos do céu. Cassandro, sobre a parte ocidental, Lisímaco sobre as regiões setentrionais, Ptolomeu possuíu os países meridionais, e Seleuco teve as províncias orientais.
9. E de uma delas saiu uma ponta mui pequena. Alguns pensam que representa Antíoco Epifânio. Para a terra formosa. Judeia, assim chamada no Salmo 106:24; Jeremias 3:19; Daniel 11:16, 41.
10. O exército do céu. A hierarquia judaica. As estrelas, os sacerdotes e levitas. Provavelmente, com os poderes ou exército do céu, o nosso Senhor, Mateus 24:29, pretendia significar toda a hierarquia judaica.
14. Até duas mil e trezentas tardes e manhãs. Apesar de serem, literalmente, 2.300 tardes e manhãs, eu, no entanto, acho que o dia profético devia ser, aqui, entendido, como em outras partes deste profeta, e deve significar um número igual de anos. Se datarmos estes anos a partir da visão do bode (a invasão da Ásia por Alexandre), isto teve lugar em 334 A.C.; e 2.300 anos contados a partir desse tempo vão levar ao AD 1966.
sexta-feira, 25 de março de 2011
Daniel, o Profeta
Daniel 8:5-7
5. Eis um bode. Este era Alexandre, o Grande; e uma cabra era um símbolo muito apropriado do povo Grego ou Macedónio. Vinha do ocidente. A Europa encontra-se para o oeste da Ásia. Sobre toda a terra. Levando tudo à sua frente. Sem tocar no chão. Parecia voar de conquista em conquista. No tempo em que Alexandre tinha 30 anos de idade ele já havia conquistado toda a Ásia; e, por causa da rapidez das suas conquistas, ele é representado como um leopardo com quatro asas, na visão anterior.
6. E dirigiu-se ao carneiro. Este verso e o seguinte dão conta da derrocada do império Persa por mão de Alexandre. E correu contra ele com todo o ímpeto da sua força. Os conflitos entre os gregos e os persas eram excessivamente severos. Alexandre primeiro venceu os generais de Dario, no rio Granico, na Frígia; em seguida, ele atacou e desbaratou Dario totalmente, no Estreito de Isso, na Cilícia; e, mais tarde, nas planícies de Arbela, na Assíria.
7. E lhe quebrou as duas pontas. Subjugou a Pérsia e a Média, saqueou e queimou a cidade real de Persépolis, a capital do império Persa e, mesmo em suas ruínas, uma das maravilhas do mundo até ao dia de hoje. Ele fez isso porque "foi movido de cólera" contra Dario, que havia procurado dissuadir seus capitães com subornos, e tinha trabalhado para induzir alguns de seus amigos a assassiná-lo. Alexandre, descobrindo isso, não quis ouvir nenhuma proposta de paz, e estava determinado a nunca descansar até que tivesse destruído Dario e todo o seu império. Na Média, Dario foi capturado e feito prisioneiro por alguns dos seus próprios súbditos que o atraiçoaram e, posteriormente, assassinado de forma vil. E o lançou por terra, e o pisou a pés. Destruiu totalmente a família, e deitou abaixo toda a monarquia.
5. Eis um bode. Este era Alexandre, o Grande; e uma cabra era um símbolo muito apropriado do povo Grego ou Macedónio. Vinha do ocidente. A Europa encontra-se para o oeste da Ásia. Sobre toda a terra. Levando tudo à sua frente. Sem tocar no chão. Parecia voar de conquista em conquista. No tempo em que Alexandre tinha 30 anos de idade ele já havia conquistado toda a Ásia; e, por causa da rapidez das suas conquistas, ele é representado como um leopardo com quatro asas, na visão anterior.
6. E dirigiu-se ao carneiro. Este verso e o seguinte dão conta da derrocada do império Persa por mão de Alexandre. E correu contra ele com todo o ímpeto da sua força. Os conflitos entre os gregos e os persas eram excessivamente severos. Alexandre primeiro venceu os generais de Dario, no rio Granico, na Frígia; em seguida, ele atacou e desbaratou Dario totalmente, no Estreito de Isso, na Cilícia; e, mais tarde, nas planícies de Arbela, na Assíria.
7. E lhe quebrou as duas pontas. Subjugou a Pérsia e a Média, saqueou e queimou a cidade real de Persépolis, a capital do império Persa e, mesmo em suas ruínas, uma das maravilhas do mundo até ao dia de hoje. Ele fez isso porque "foi movido de cólera" contra Dario, que havia procurado dissuadir seus capitães com subornos, e tinha trabalhado para induzir alguns de seus amigos a assassiná-lo. Alexandre, descobrindo isso, não quis ouvir nenhuma proposta de paz, e estava determinado a nunca descansar até que tivesse destruído Dario e todo o seu império. Na Média, Dario foi capturado e feito prisioneiro por alguns dos seus próprios súbditos que o atraiçoaram e, posteriormente, assassinado de forma vil. E o lançou por terra, e o pisou a pés. Destruiu totalmente a família, e deitou abaixo toda a monarquia.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Daniel, O Profeta
Daniel 8:1-4
1. No ano terceiro do reinado de ... Belsazar. Chegamos, agora, mais uma vez ao hebraico, estando concluída a parte caldeia do livro. Como os caldeus tinham um interesse especial tanto na história como nas profecias de capítulo 2:4 até ao fim do capítulo 7, esta parte toda é escrita em caldeu. Mas, como as profecias que restam dizem respeito a épocas posteriores ao domínio caldeu, e relacionam-se principalmente com a Igreja e o povo de Deus, geralmente elas são escritas na língua hebraica, sendo esta a língua em que Deus escolheu revelar todos os Seus conselhos dados no âmbito do Antigo Testamento com relação ao Novo.
2. Eu vi numa visão. Daniel estava neste momento em Susa, que parece ter sido um lugar forte, onde os reis da Pérsia tinham a sua residência de verão. Era a capital da província de Elão, que tinha sido, muito provavelmente, adicionada aos territórios caldeus por Nabucodonosor, ver Jeremias 49:34-35. Aqui ficava a residência habitual de Daniel; e, embora estivesse aqui neste momento, ele, em visão, viu-se nas margens do rio Ulai. Este é o mesmo que o rio Euleus, o qual separava Susa ou Susiana de Elymais.
3. Um carneiro que tinha dois chifres. Na visão anterior havia quatro animais, indicando quatro impérios; nesta temos apenas dois, já que apenas dois impérios estão aqui em causa, a saber, o Grego e o Persa. O império babilónico não é mencionado; a sua sorte foi decidida antes, e estava agora no seu fim. O carneiro aponta para o império dos medos e persas, como é explicado pelo anjo Gabriel, vs. 20; e para Ciro, particularmente, que foi o fundador desse império. Um carneiro era o símbolo dos persas; e a cabeça de um carneiro com dois chifres, um maior que o outro, aparece como tal, em diferentes partes das ruínas de Persépolis. Este carneiro tinha dois chifres; isto quer dizer dois reinos, a saber, Média e Pérsia; mas um era mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. A Média, representada pelo chifre menor, era o mais antigo dos dois reinos. A Pérsia, o chifre maior, veio à existência mais tarde e, até ao tempo de Ciro, teve pouca importância histórica ou política. Mas no reinado deste príncipe e dos seus sucessores imediatos, a Pérsia atingiu uma importância política muito superior à que foi alcançada, em qualquer momento, pelo reino da Média; por esta razão se diz ter sido o maior, e ter chegado por último.
4. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente. Os persas, que são representados pelo carneiro, bem como o seu fundador, Ciro, empurraram as suas conquistas para oeste, para norte e para sul. O principal teatro de suas guerras, diz Calmet, foi contra os citas, a norte; contra os gregos, a oeste; e contra os egípcios, a sul. Ele fazia segundo a sua vontade. Não havia outra nação naquela época que pudesse deter o progresso das armas persas.
1. No ano terceiro do reinado de ... Belsazar. Chegamos, agora, mais uma vez ao hebraico, estando concluída a parte caldeia do livro. Como os caldeus tinham um interesse especial tanto na história como nas profecias de capítulo 2:4 até ao fim do capítulo 7, esta parte toda é escrita em caldeu. Mas, como as profecias que restam dizem respeito a épocas posteriores ao domínio caldeu, e relacionam-se principalmente com a Igreja e o povo de Deus, geralmente elas são escritas na língua hebraica, sendo esta a língua em que Deus escolheu revelar todos os Seus conselhos dados no âmbito do Antigo Testamento com relação ao Novo.
2. Eu vi numa visão. Daniel estava neste momento em Susa, que parece ter sido um lugar forte, onde os reis da Pérsia tinham a sua residência de verão. Era a capital da província de Elão, que tinha sido, muito provavelmente, adicionada aos territórios caldeus por Nabucodonosor, ver Jeremias 49:34-35. Aqui ficava a residência habitual de Daniel; e, embora estivesse aqui neste momento, ele, em visão, viu-se nas margens do rio Ulai. Este é o mesmo que o rio Euleus, o qual separava Susa ou Susiana de Elymais.
3. Um carneiro que tinha dois chifres. Na visão anterior havia quatro animais, indicando quatro impérios; nesta temos apenas dois, já que apenas dois impérios estão aqui em causa, a saber, o Grego e o Persa. O império babilónico não é mencionado; a sua sorte foi decidida antes, e estava agora no seu fim. O carneiro aponta para o império dos medos e persas, como é explicado pelo anjo Gabriel, vs. 20; e para Ciro, particularmente, que foi o fundador desse império. Um carneiro era o símbolo dos persas; e a cabeça de um carneiro com dois chifres, um maior que o outro, aparece como tal, em diferentes partes das ruínas de Persépolis. Este carneiro tinha dois chifres; isto quer dizer dois reinos, a saber, Média e Pérsia; mas um era mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. A Média, representada pelo chifre menor, era o mais antigo dos dois reinos. A Pérsia, o chifre maior, veio à existência mais tarde e, até ao tempo de Ciro, teve pouca importância histórica ou política. Mas no reinado deste príncipe e dos seus sucessores imediatos, a Pérsia atingiu uma importância política muito superior à que foi alcançada, em qualquer momento, pelo reino da Média; por esta razão se diz ter sido o maior, e ter chegado por último.
4. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente. Os persas, que são representados pelo carneiro, bem como o seu fundador, Ciro, empurraram as suas conquistas para oeste, para norte e para sul. O principal teatro de suas guerras, diz Calmet, foi contra os citas, a norte; contra os gregos, a oeste; e contra os egípcios, a sul. Ele fazia segundo a sua vontade. Não havia outra nação naquela época que pudesse deter o progresso das armas persas.
quinta-feira, 17 de março de 2011
Daniel, o Profeta
Capítulo 8
Este capítulo contém a visão de Daniel do carneiro e do bode, 1-14; referem-se, como foi explicado pelo anjo, às monarquias Persa e Grega, 15-26. O chifre pequeno mencionado no nono versículo (ou rei feroz, como interpretado no vigésimo terceiro), alguns supõem indicar Antíoco Epifânio; mas parece mais adequado aplicar-se ao poder romano em geral, pelo qual a organização política e o Templo dos judeus foram destruídos, em razão das grandes transgressões deste antigo povo de Deus; e, particularmente, por causa da sua rejeição muito obstinada e inconcebível das doutrinas gloriosas do cristianismo, que haviam sido pregadas entre eles por Jesus Cristo e Seus apóstolos e a verdade das quais Deus havia atestado "por sinais e prodígios, e por vários milagres e dons do Espírito Santo." Daniel, então, é informado dos 2.300 dias proféticos (ou seja, anos), que devem decorrer antes de o santuário ser purificado; ou, por outras palavras, antes da justiça prevalecer sobre toda a terra. Supõe-se, com considerável probabilidade, que este período teve o seu início quando Alexandre, o Grande, invadiu a Ásia, no ano 334 antes de Cristo. Isto fará que o seu encerramento tenha lugar pelo fim do sexto milénio do mundo; por esta altura, como já foi observado, espera-se que ocorram algumas mudanças surpreendentes na condição moral da raça humana; por essa altura, o poder do Anticristo, tanto o papal como o maometano, será totalmente aniquilado e o domínio universal dado aos santos do Altíssimo. O capítulo termina com a aflição de Daniel em vista dos terríveis juízos com os quais o seu país seria visitado em épocas posteriores, 27.
Este capítulo contém a visão de Daniel do carneiro e do bode, 1-14; referem-se, como foi explicado pelo anjo, às monarquias Persa e Grega, 15-26. O chifre pequeno mencionado no nono versículo (ou rei feroz, como interpretado no vigésimo terceiro), alguns supõem indicar Antíoco Epifânio; mas parece mais adequado aplicar-se ao poder romano em geral, pelo qual a organização política e o Templo dos judeus foram destruídos, em razão das grandes transgressões deste antigo povo de Deus; e, particularmente, por causa da sua rejeição muito obstinada e inconcebível das doutrinas gloriosas do cristianismo, que haviam sido pregadas entre eles por Jesus Cristo e Seus apóstolos e a verdade das quais Deus havia atestado "por sinais e prodígios, e por vários milagres e dons do Espírito Santo." Daniel, então, é informado dos 2.300 dias proféticos (ou seja, anos), que devem decorrer antes de o santuário ser purificado; ou, por outras palavras, antes da justiça prevalecer sobre toda a terra. Supõe-se, com considerável probabilidade, que este período teve o seu início quando Alexandre, o Grande, invadiu a Ásia, no ano 334 antes de Cristo. Isto fará que o seu encerramento tenha lugar pelo fim do sexto milénio do mundo; por esta altura, como já foi observado, espera-se que ocorram algumas mudanças surpreendentes na condição moral da raça humana; por essa altura, o poder do Anticristo, tanto o papal como o maometano, será totalmente aniquilado e o domínio universal dado aos santos do Altíssimo. O capítulo termina com a aflição de Daniel em vista dos terríveis juízos com os quais o seu país seria visitado em épocas posteriores, 27.
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quarta-feira, 16 de março de 2011
Daniel, o Profeta
Daniel 7:15-25
15. Daniel ficou alarmado. As palavras, no original, são extraordinariamente enfáticas. "O meu espírito ficou abatido (ou adoeceu) dentro do seu estojo (ou bainha)."
19. Suas unhas eram de bronze. Isto não é mencionado no sétimo verso, onde é feita a descrição da besta.
21. O mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles. Os que consideram Antíoco como o chifre pequeno tomam o povo judeu como os santos. Os que o entendem como o papado, vêem nisso uma referência à perseguição cruel dos papas de Roma contra os Valdenses e Albigenses e a igreja Protestante em geral.
25. Proferirá palavras contra o Altíssimo. "Ele falará como se fosse Deus." S. Jerónimo cita assim o Símaco. A ninguém isso se pode aplicar tão bem, ou tão plenamente, quanto aos papas de Roma. Eles assumiram infalibilidade, que só pertence a Deus. Eles professam perdoar pecados, o que só a Deus cabe. Professam abrir e fechar o céu, o que só pertence a Deus. Eles assumem-se superiores a todos os reis da terra, o que pertence somente a Deus. E eles vão além de Deus em sua pretensão de desobrigar nações inteiras de seu juramento de fidelidade a seus reis, quando esses reis lhes não agradem! E magoará os santos. Por guerras, cruzadas, massacres, inquisições e perseguições de todo o tipo. Desta forma, o que é que não fizeram contra todos aqueles que protestaram contra as suas inovações, e se recusaram a se submeter à sua forma idólatra de adoração? Testemunham as cruzadas de extermínio publicadas contra os Valdenses e Albigenses. Testemunham João Huss e Jerónimo de Praga. E cuidará em mudar os tempos e as leis. Instituindo jejuns e festas; canonizando pessoas a quem ele escolhe chamar santos; concedendo perdão e indulgências por pecados; instituindo novas formas de adoração totalmente desconhecidas da Igreja Cristã; novos artigos de fé; novas regras de prática; e anulando, com prazer, as leis tanto de Deus como dos homens (Dodd). Por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. Em linguagem profética, um tempo significa um "ano"; e um ano profético tem um ano para cada dia. Três anos e meio (correspondendo um dia a um ano, como no capítulo 9: 24) darão um total de 1.260 anos, se contarmos 30 dias por cada mês, como fazem os judeus. Se entendermos aqui tratar-se do poder papal, como uma ponta ou poder temporal, o que é muito provável (e sabemos que esse poder foi conferido em 755 ao Papa Estêvão II, por Pepino, rei da França), contando 1.260 anos a partir daí, somos transportados ao ano 2015 AD. Mas eu nem insisto nestas datas nem tiro conclusões delas. Se a igreja de Roma se reformar, então, será a verdadeira igreja Cristã, e nunca será destruída. Que ela se desprenda de tudo o que é ritual judeu, tudo o que é pagão, tudo aquilo que pretenda ser de Deus e que é apenas humano, todas as doutrinas que não estão na Bíblia e todos os ritos e cerimónias que não foram indicados por Cristo e seus apóstolos; e então, todos saúdem a outrora Igreja de Roma, mas agora, após essa mudança, a Igreja santa, Católica! Todo o verdadeiro protestante desejaria antes a reforma do que a extinção dessa igreja.
Adam Clark - Comentário Bíblico
15. Daniel ficou alarmado. As palavras, no original, são extraordinariamente enfáticas. "O meu espírito ficou abatido (ou adoeceu) dentro do seu estojo (ou bainha)."
19. Suas unhas eram de bronze. Isto não é mencionado no sétimo verso, onde é feita a descrição da besta.
21. O mesmo chifre fazia guerra contra os santos, e prevalecia contra eles. Os que consideram Antíoco como o chifre pequeno tomam o povo judeu como os santos. Os que o entendem como o papado, vêem nisso uma referência à perseguição cruel dos papas de Roma contra os Valdenses e Albigenses e a igreja Protestante em geral.
25. Proferirá palavras contra o Altíssimo. "Ele falará como se fosse Deus." S. Jerónimo cita assim o Símaco. A ninguém isso se pode aplicar tão bem, ou tão plenamente, quanto aos papas de Roma. Eles assumiram infalibilidade, que só pertence a Deus. Eles professam perdoar pecados, o que só a Deus cabe. Professam abrir e fechar o céu, o que só pertence a Deus. Eles assumem-se superiores a todos os reis da terra, o que pertence somente a Deus. E eles vão além de Deus em sua pretensão de desobrigar nações inteiras de seu juramento de fidelidade a seus reis, quando esses reis lhes não agradem! E magoará os santos. Por guerras, cruzadas, massacres, inquisições e perseguições de todo o tipo. Desta forma, o que é que não fizeram contra todos aqueles que protestaram contra as suas inovações, e se recusaram a se submeter à sua forma idólatra de adoração? Testemunham as cruzadas de extermínio publicadas contra os Valdenses e Albigenses. Testemunham João Huss e Jerónimo de Praga. E cuidará em mudar os tempos e as leis. Instituindo jejuns e festas; canonizando pessoas a quem ele escolhe chamar santos; concedendo perdão e indulgências por pecados; instituindo novas formas de adoração totalmente desconhecidas da Igreja Cristã; novos artigos de fé; novas regras de prática; e anulando, com prazer, as leis tanto de Deus como dos homens (Dodd). Por um tempo, dois tempos e metade de um tempo. Em linguagem profética, um tempo significa um "ano"; e um ano profético tem um ano para cada dia. Três anos e meio (correspondendo um dia a um ano, como no capítulo 9: 24) darão um total de 1.260 anos, se contarmos 30 dias por cada mês, como fazem os judeus. Se entendermos aqui tratar-se do poder papal, como uma ponta ou poder temporal, o que é muito provável (e sabemos que esse poder foi conferido em 755 ao Papa Estêvão II, por Pepino, rei da França), contando 1.260 anos a partir daí, somos transportados ao ano 2015 AD. Mas eu nem insisto nestas datas nem tiro conclusões delas. Se a igreja de Roma se reformar, então, será a verdadeira igreja Cristã, e nunca será destruída. Que ela se desprenda de tudo o que é ritual judeu, tudo o que é pagão, tudo aquilo que pretenda ser de Deus e que é apenas humano, todas as doutrinas que não estão na Bíblia e todos os ritos e cerimónias que não foram indicados por Cristo e seus apóstolos; e então, todos saúdem a outrora Igreja de Roma, mas agora, após essa mudança, a Igreja santa, Católica! Todo o verdadeiro protestante desejaria antes a reforma do que a extinção dessa igreja.
Adam Clark - Comentário Bíblico
terça-feira, 15 de março de 2011
Daniel, o Profeta
Daniel 7:10-14
10. Um rio de fogo manava. Isto não se refere ao juízo final; mas ao que Ele estava para executar sobre este quarto animal, o império Romano, e o pequeno chifre fanfarrão, que é uma parte do quarto animal, e deve cair quando o outro cair.
11. Vi, em seguida, por causa da voz (ou, o animal será destruído por causa) das grandes palavras que o chifre proferia ... seu corpo desfeito. Quando o domínio foi tirado do resto dos animais, seus corpos não foram destruídos, mas sofreram por continuarem ainda em existência; mas, quando o reino for tirado deste animal, o seu corpo será totalmente destruído; porque outros reinos sucederam àqueles, mas nenhum outro reino terreno deverá suceder a este (Bispo Newton).
13. Um como o Filho do Homem veio com as nuvens do céu. Isto indica, certamente, o Senhor Jesus, que assumiu a nossa natureza sobre Si para que pudesse resgatar-nos para Si mesmo. Para provar que Ele era mesmo o Messias, perante os sumo sacerdotes, Ele aplica a Si mesmo estas palavras do profeta Daniel, Mateus 24:30.
14. E foi-lhe dado domínio. Isto também é aplicado ao Senhor Jesus por Ele mesmo, após a Sua ressurreição, Mateus 28:18. O Seu domínio é um domínio eterno. O cristianismo crescerá e prevalecerá até ao fim do mundo. Veja as passagens paralelas à margem.
10. Um rio de fogo manava. Isto não se refere ao juízo final; mas ao que Ele estava para executar sobre este quarto animal, o império Romano, e o pequeno chifre fanfarrão, que é uma parte do quarto animal, e deve cair quando o outro cair.
11. Vi, em seguida, por causa da voz (ou, o animal será destruído por causa) das grandes palavras que o chifre proferia ... seu corpo desfeito. Quando o domínio foi tirado do resto dos animais, seus corpos não foram destruídos, mas sofreram por continuarem ainda em existência; mas, quando o reino for tirado deste animal, o seu corpo será totalmente destruído; porque outros reinos sucederam àqueles, mas nenhum outro reino terreno deverá suceder a este (Bispo Newton).
13. Um como o Filho do Homem veio com as nuvens do céu. Isto indica, certamente, o Senhor Jesus, que assumiu a nossa natureza sobre Si para que pudesse resgatar-nos para Si mesmo. Para provar que Ele era mesmo o Messias, perante os sumo sacerdotes, Ele aplica a Si mesmo estas palavras do profeta Daniel, Mateus 24:30.
14. E foi-lhe dado domínio. Isto também é aplicado ao Senhor Jesus por Ele mesmo, após a Sua ressurreição, Mateus 28:18. O Seu domínio é um domínio eterno. O cristianismo crescerá e prevalecerá até ao fim do mundo. Veja as passagens paralelas à margem.
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