segunda-feira, 7 de março de 2011

Daniel, o Profeta

O LIVRO DE DANIEL 

         Diz-se que Daniel era descendente da família real de David; e parece ter sido levado para a Babilónia quando muito jovem, no quarto ano de Jeoiaquim, rei de Judá, em 606 A.C. Ele e seus três companheiros cativos, Hananias, Misael e Azarias, sendo provavelmente jovens, foram escolhidos para estarem na corte do rei e decidiu-se a respeito deles que haviam de receber uma educação adequada aos cargos para os quais estavam separados. Como tinham sido cuidadosamente criados nas instituições Mosaicas, eles regularam sua conduta por elas, mesmo na corte de um rei pagão, onde estavam na condição de escravosAssim, embora tivesse sido ordenado que se alimentassem da mesa real, eles não quiseram tocar esse alimento, porque os caldeus comiam carnes proibidas pela lei mosaica e, provavelmente, até a que poderia ser denominada limpa se tornava impura por ser sacrificada a ídolos antes de ser preparada para o uso comum. A pedido sincero deles, o oficial sob cujos cuidados tinham sido colocados, permitiu-lhes utilizar apenas vegetais; e, ao descobrir que eles cresciam saudáveis e fortes com esse alimento, não os obrigou a utilizar a porção enviada da mesa do rei.
          Daniel parece ter sido instruído em toda a sabedoria dos caldeus, que, naquele tempo, era muito superior ao conhecimento dos antigos egípcios; e ele logo foi distinguido na corte da Babilónia, tanto por sua sabedoria e grande entendimento, como por sua piedade profunda e constante. A interpretação que deu do sonho de Nabucodonosor sobre a imagem constituída de vários tipos de metais ergueu o seu crédito tão alto, na corte, que ele foi estabelecido como governador da província de Babilônia e chefe de todos os Magos, ou homens sábios daquele país.
          Este livro divide-se em duas partes. A primeira parte é histórica e ocupa os primeiros seis capítulos. A segunda parte é profética e ocupa os outros seis. 
Comentário de Adam Clark

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