domingo, 13 de março de 2011

Daniel, o Profeta

DANIEL 7:1-4
         
1. No primeiro ano de Belsazar. Este é o mesmo Belsazar que foi morto na tomada de Babilónia, como   vimos no final do capítulo 5.
         
2. Os quatro ventos do céu agitavam o grande mar. A ideia de conflito aqui é tomada a partir dos efeitos que deviam ser produzidos onde os ventos oriental, ocidental, setentrional, e meridional se levantavam tempestuosamente e se encontravam, à superfície do mar. Por o grande mar, quer-se dizer o Mediterrâneo. Este sonho é o mesmo, em significado, sob emblemas diferentes, que o da imagem metálica de Nabucodonosor; mas, no sonho de Daniel, diversas circunstâncias são adicionadas. Supõe-se que Daniel teve este sonho cerca de quarenta e oito anos depois de Nabucodonosor ter a visão da grande imagem.
         
3. Quatro animais grandes subiam do mar. O termo mar, em Hebraico yam, de hamah, "ser tumultuoso, estar agitado," parece ser usado aqui para apontar o mundo então conhecido, por causa do seu estado geralmente agitado; e os quatro ventos em luta apontam para as guerras predatórias que prevaleceram quase universalmente, entre os homens, desde os dias de Ninrode, o fundador da monarquia Assíria ou Babilónica, até aquela época, e no fim deram à luz as quatro grandes monarquias que são objecto desta visão.
         
4. O primeiro era como um leão, e tinha asas de águia. A besta semelhante a um leão é o reino dos Babilónios; e o rei da Babilónia é comparado a um leão, Jeremias 4:7; Isaías 5:29; e diz-se que voa como uma águia, Jeremias 48: 40; Ezequiel 17: 3,7. O leão é considerado o rei dos animais, e a águia, a rainha das aves, e, por isso, o reino da Babilónia, que era representado pela cabeça de ouro da grande imagem, foi o primeiro e o mais nobre de todos os reinos; e era o maior, então em existência.
As asas da águia denotam a rapidez com que o leão, Nabucodonosor, fez as suas conquistas. Porque, em poucos anos, com os seus próprios braços, ele estendeu o seu império de tal forma, e o elevou a um tal grau de superioridade, que foi realmente surpreendente; e tudo tendia a mostrar com que propriedade este leão com asas de águia é aqui feito seu emblema. Foram-lhe arrancadas as asas. Lídia, Média e Pérsia, que tinham sido províncias do império babilónico, libertaram-se do jugo, e colocaram-se sob seus próprios reis. Além disso, a rapidez das suas conquistas foi detida pelas suas guerras com os Medos e Persas; por quem foi finalmente conquistado e dividido entre Dario, o Medo e Ciro, o Persa. E posto em dois pés como homem. Isto, acho, refere-se à domesticação do orgulho de Nabucodonosor. Ele tinha agido como um leão feroz e voraz. Deus o feriu com loucura; ele então viveu a vida de uma besta, e teve um coração de animal - disposição e hábitos. Finalmente Deus o restaurou. E lhe foi dado coração de um homem. Ele tornou-se humano, humilde e religioso; e parece ter morrido nesta condição.

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