A SANTIDADE: COMO ALCANÇÁ-LA
“… Andai no Espírito e não satisfareis à concupiscência da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito, e o Espírito o que é contrário à carne. Estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis” (Gálatas 5: 16,17).
Depois de sua conversão, vê que sua natureza velha e pecaminosa é semelhante à árvore que tem sido cortada, permanecendo porém o broto. A árvore não dá mais trabalho, porém o broto ainda produzirá mais brotos se não for vigiado. O modo mais rápido e certo para exterminar com os mesmos seria colocar dinamite em baixo, a fim de que tudo seja radicalmente destruído. Assim também Deus deseja que coloquemos dinamite do Espírito Santo (a palavra “dinamite” vem do grego “poder”, encontrada em Actos 1:8) em cada coração converso e acabar para sempre com a natureza velha e incómoda, de tal maneira que o mesmo possa dizer -: “As coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas” (2 Coríntios 5:17).
Isso foi justamente o que Deus fez com os Apóstolos, no Dia de Pentecostes. Ninguém negará que eram convertidos antes do Pentecostes. Ninguém negará que eram convertidos antes de Pentecostes, pois Jesus mesmo lhes havia dito - : “Alegrai-vos, porque os vossos nomes estão arrolados nos Céus” (Lucas 10:20). Um homem precisa ser convertido, antes que seu nome seja escrito no Céu. E outra vez Ele disse -: “Eles não são do mundo, como Eu também não sou” (João 17:16) – e tal coisa não poderia ser dita de pessoas inconversas. Concluímos, então, que eram convertidos, porém ainda não haviam recebido a bênção de um coração limpo até o Dia de Pentecostes. Que a tenham recebido lá, Pedro o declara tão simples quanto possível em Actos 15:8,9, quando diz – : ”Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, concedendo o Espírito Santo a eles como também a nós nos concederá, e não estabeleceu diferença alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé os seus corações.”
Antes que Pedro alcançasse essa bênção, estava cheio de temor num dia e presunção no outro. Certa ocasião declara ele – : “Ainda que venhas a ser um tropeço para todos, nunca o serás para mim… ainda que seja necessário morrer contigo, de modo nenhum Te negarei” (Mateus 26: 33,35). Pouco depois, quando a multidão chegou para prender a seu Mestre, ele atacou o povo com sua espada, mas algumas horas após, quando seu sangue já esfriara um pouco e o excitamento terminara, ficou tão amedrontado com uma empregada que praguejou e jurou, negando três vezes ao Mestre.
Pedro era como um bom número de soldados, que são muito corajosos quando há uma “boa arrancada” e todo o mundo parece estar a seu favor, ou quando os músculos e coragem física são necessários para que um ataque seja enfrentado; assim, os primeiros parecem ser os requisitos principais para fazer frente. No entanto, estes mesmos não têm coragem moral para envergarem o uniforme quando sós e quando precisam enfrentar a zombaria de seus colegas e as caçoadas da gente de rua. Estes são soldados que amam as paradas de indumentárias, porém não querem lutar na dureza da frente de batalha.
Entretanto, Pedro venceu isso no dia de Pentecostes. Recebeu o poder do Espírito Santo que veio sobre ele. Recebeu um coração puro, do qual o perfeito amor havia lançado fora todo o medo, depois, tendo sido posto na prisão em vista de ter pregado nas ruas e tendo recebido ordem da corte suprema para não mais fazer isso, ele respondeu - :”Julgai se é justo diante de Deus ouvir-vos antes a vós outros do que a Deus; pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (Actos 6: 19,20). Logo depois disso, assim que foi liberto, dirigiu-se ele novamente para as ruas a fim de pregar as Boas Novas abençoadas de uma Salvação completa.
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