ANDANDO NA LUZ

AS TENTAÇÕES DE UM HOMEM SANTIFICADO

"... não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal"(Mateus 6:13).

Talvez Satanás ofereça grande poder, honras e riquezas, como fez para Moisés no Egipto; mas, comparando tudo isso com a plenitude infinita de glória e poder que o homem santificado tenha encontrado em Cristo, este de imediato rejeitará a oferta de Satanás, "preferindo antes ser maltratado junto com o povo de Deus, a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egipto" (Hebreus 11:25,26).

Satanás também poderá tentar alguém com os vinhos finos e ricas iguarias do palácio de um rei, tal como aconteceu com Daniel na Babilónia; porém, tal como Daniel, esse homem santificado pode resolver-se "firmemente a não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia" (Daniel 1:8).

Todas essas tentações humanas foram apresentadas a Jesus (Mateus 4:1-11 e Lucas 4:2-13), porém vemos no relato dos Apóstolos a maneira com que Ele triunfou sobre quaisquer das sugestões do Tentador. Assim como Ele rejeitou as tentações de Satanás e ganhou a vitória, assim também se dará com aquele que for santificado, em vista de ter ao próprio Cristo morando em seu coração, pronto para lutar a seu lado nas batalhas, podendo dizer com seu Mestre -: "O príncipe do mundo aí vem; ele nada tem em Mim" (João 14:30).

Realmente, ele tem encontrado tal satisfação, tal paz e gozo, bem como conforto, pureza e poder em Cristo, que o poder da tentação nessas velhas direcções está completamente quebrado. Agora ele desfruta da liberdade dos filhos de Deus - é livre como qualquer arcanjo, pois "se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" (João 8:36), porque "para a liberdade foi que Cristo nos libertou" (Gálatas 6:1).

Entretanto, apesar de Cristo ter colocado esse homem santificado em liberdade, quando ele não tem mais que lutar contra suas paixões antigas e mundanas, bem como seus apetites carnais, ainda assim o mesmo está em guerra contínua com Satanás para conservar essa liberdade. Essa guerra é o que Paulo denomina "o bom combate da fé" (1 Timóteo 6:12).
Ele precisa lutar a fim de conservar sua fé no amor do Pai.
Ele precisa lutar a fim de conservar sua fé no poder santificador e mantenedor do Espírito Santo.
Embora não seja visto pelo mundo, esse combate é tão real quanto qualquer batalha de Riachuelo ou de Itororó, sendo que suas consequências imensuráveis para bem ou mal são infinitamente maiores.
Samuel Logan Brengle (continua)