(continuação)
“Sim, tudo quanto está sendo dito é verdade”, alguém objectará, “somente não creio que seja possível chegar a esse estado de Santidade antes da hora da morte. A vida Cristã é de lutas e devemos combater o bom combate da fé até o último momento – e então Deus nos dará a graça suprema”.
Uma grande parte de Cristãos sinceros compartilham deste modo de ver e portanto não fazem esforço algum para se tornarem “perfeitos e completos em todo o desejo presente de Deus” (Colossenses 4:12). Contudo oram diariamente, “Venha o Teu Reino, seja feita a Tua vontade assim na terra como no Céu” (Mateus 6:10). Não crêem, porém, que seja possível fazer o que Deus está requerendo deles. Não fora assim, Deus não seria bom e justo no que requer de mim. Deus quer que eu O ame e sirva de todo o coração, de um modo perfeito, sendo que até o anjo Gabriel não poderia fazer melhor. E isso se torna fácil e possível somente pela Graça Divina, tanto para mim como para o anjo Gabriel.
Além disso, Deus me dá a promessa -: “Se voltares para o Senhor e obedeceres à Sua voz, para amá-Lo com todo o coração e com toda a alma, Ele purificará o coração para servi-Lo e1 amá-Lo com todo o coração e com toda a alma” (Deuteronómio 30:2,6). Em outra parte, Ele promete que nos livraria “das mãos de nossos inimigos, para que O adorássemos em santidade e justiça perante Ele, todos os dias” (Lucas 1:74,75). Esta promessa é em si mesma suficiente para convencer qualquer alma honesta de que Deus deseja que sejamos santos nesta vida.
A boa luta da fé é para reter esta bênção, apesar dos assaltos de Satanás, das brumas da dúvida, dos ataques de algumas igrejas incrédulas e os de um mundo ignorante e céptico. Não é um combate contra nós mesmos a que nos empenhamos depois de santificados, pois Paulo declara expressamente -: “Não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas contra as potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestiais” (Efésios 6:12).
Não há em toda a Palavra de Deus uma só sentença que prove ser esta bênção impossível de ser recebida nesta vida; é certo que, aceitando das mãos do Senhor a graça de viver santamente, podemos também esperar que nos dê a graça de morrer santamente.
A Bíblia, porém, declara que “Deus pode fazer-nos abundantes em toda a graça a fim de que tenhamos em tudo ampla suficiência em toda a boa obra” (2 Coríntios 9:8), não com a morte mas nesta vida, quando a graça nos é necessária e quando as boas obras devem ser feitas. Samuel Logan Brengle
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