Joel, filho de Petuel, era da tribo de Rúben, e da cidade de Bete-Horom, ou melhor, Bete-Haran. Joel profetizou no reino de Judá, e é opinião de alguns críticos que ele não apareceu por lá até depois da remoção das dez tribos e da destruição do reino de Israel. Não sabemos claramente o ano em que ele começou a profetizar, nem aquele em que ele morreu. Ele fala de uma grande fome e de uma inundação de gafanhotos que devastaram a Judeia; mas, como estes são males não invulgares naquela região, nada podemos inferir daí para fixar o período especial da profecia de Joel.
O Hebraico afirma que Joel profetizou no reinado de Manassés e circunstâncias colaterais parecem prevalecer em favor desta hipótese. Sob a imagem de um exército inimigo, o profeta representa uma nuvem de gafanhotos que, no seu tempo, caíram sobre a Judeia e causaram grande desolação. Isto, juntamente com as lagartas e a seca, trouxe uma terrível fome sobre a terra. Deus, comovido com as calamidades e as orações do Seu povo, dispersou os gafanhotos e o vento empurrou-os para o mar. Estas desgraças foram sucedidas por abundância e fecundidade. Depois disso, o profeta predisse o dia do Senhor e a vingança que Ele estava para exercer no vale de Jizreel. Ele fala do instrutor de justiça que Deus havia de enviar; e do Espírito Santo que estava para descer sobre toda a carne. Ele diz que Jerusalém será habitada para sempre, que a salvação sairá dela e que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Tudo isto se relaciona com o novo concerto e com o tempo do Messias.
Sem comentários:
Enviar um comentário