CAPÍTULO 11: 1-7
Este capítulo, através de metáforas emprestadas principalmente da conduta das mães com respeito aos seus filhos tenros, dá uma representação muito patética da meiga e carinhosa atenção de Deus por Israel. A partir daí, aproveita-se a oportunidade para reflectir sobre o seu regresso ingrato à bondade divina e denunciar contra eles os juízos do Todo-Poderoso, 1-7. Mas, de repente e inesperadamente, a perspectiva muda. Feixes de luz da misericórdia rompem das nuvens agora mesmo carregadas de vingança. Deus, para falar na língua dos homens, experimenta os enternecimentos de um pai afectuoso; as Suas entranhas comovem-se; a Sua misericórdia triunfa; o Seu filho rebelde ainda será perdoado. Como o Leão da tribo de Judá, Ele vai servir-se do Seu poder para salvar o Seu povo; Ele chamará os Seus filhos da terra do seu cativeiro; e, como pombos, voarão para Ele, como um povo fiel e santo, 8 -12.
1. Quando Israel era menino. Na infância da sua existência política.
3. Eu ensinei a andar a Efraim. Uma alusão a uma mãe ou ama que ensina uma criança a andar, dirigindo-a na forma de levantar e colocar os seus pés e aguentando-a, entretanto, pelos braços, para que possa usar os pés com a maior facilidade. Esta é uma passagem verdadeiramente patética.
4. Atraí-os com cordas humanas. Esta é uma referência às andadeiras, uma extremidade das quais é segurada pela criança, a outra, pela ama, pelas quais o pequeno, sentindo algum apoio e ganhando confiança, esforça-se por andar. Que tiram o jugo de sobre as suas queixadas. Parece haver aqui uma alusão ao acto de mover e puxar para a frente a coleira ou o jugo de animais que tenham sido diligentes no trabalho, a fim de deixar entrar ar fresco entre o jugo ou a coleira e seu pescoço, para que este seja refrescado e se evite que o calor juntamente com o suor possa escaldá-lo. Eu sempre fiz isto nas extremidades da terra, na lavoura. E dei-lhes mantimento. Dando-lhes ao mesmo tempo, um bocado de grama ou feno, para incentivá-los a ir outra vez ao trabalho.
5. Ele não voltará para a ... Egipto. Já os trouxe dali, com a intenção de que o povo nunca mais lá voltasse outra vez. Mas como eles pecaram e perderam o meu favor e protecção, irão para a Assíria; e isto porque se recusaram a voltar para mim.
6. Cairá a espada sobre as suas cidades. Israel foi agitado com guerras externas e internas desde o tempo de Jeroboão II. Apesar de Zacarias, seu filho, ter reinado doze anos, foi, contudo, em meio a problemas contínuos; e ele, finalmente, foi morto pelo rebelde Salum que, tendo reinado um mês, foi morto por Menaém. Pecaías sucedeu a seu pai Menaém, reinou dois anos e foi morto por Peca, filho de Remalias. Ele juntou-se a Rezim, rei da Síria e fez uma irrupção na terra de Judá. Mas Acaz, tendo obtido socorro de Tiglate-Pileser, rei da Assíria, derrotou Peca e as tribos de Rúben, Gade, Naftali e a meia tribo de Manassés, foram levadas cativas para fora, pelo rei Assírio. Depois de um curto espaço de tempo, Oséias, filho de Elá, matou Peca e usurpou o reino, o que ele não pôde possuir sem a assistência de Salmaneser que, pelos seus serviços, impôs um tributo sobre o rei Israelita. Desejando livrar-se desse jugo, ele dedicou-se ao rei do Egipto; mas chegando isto ao conhecimento de Salmaneser, este veio contra Samaria e, depois de um cerco de três anos, tomou-a e a destruiu. Assim, a espada repousou sobre as suas cidades; e continuou na terra até que tudo ficasse em ruínas.
7. Ainda que os chamassem para o Altíssimo. Newcome traduz melhor: "E embora clamem juntos a ele, por causa do jugo, ele não o suspenderá. Ele não receberá nenhum alívio.” Veja a metáfora, vers. 4.
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