segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Daniel. o Profeta

Capítulo 2

        Nabucodonosor, no segundo ano do seu reinado (ou no quarto, de acordo com o relato judaico, que o coloca nos dois primeiros anos em que reinou conjuntamente com seu pai), teve um sonho que muito o perturbou, mas do qual nada restava na manhã, senão a incómoda impressão. Assim, os adivinhadores, quando trazidos à presença do rei, não puderam dar nenhuma interpretação, pois eles não tinham conhecimento do sonho, 1-13. Daniel, então, tendo obtido o favor de Deus, é feito conhecedor do sonho e da sua interpretação, 14-19; por isso ele bendisse a Deus numa ode sublime e bela, 20-23; e revela ambos ao rei, contando-lhe primeiro as particularidades do sonho, 24-35, e depois interpretando-o como representação das quatro grandes monarquias. O império Caldeu então existente, representado pela cabeça de ouro, é a primeira; a próxima é o Medo-Persa; a terceira, o Macedónio ou Grego; a quarta, o Romano que havia de quebrar todos os outros reinos em pedaços, mas que, em sua última etapa seria dividida em dez reinos, representados pelos dez dedos da imagem, enquanto são.numa outra visão (cap. 7) representados pelos dez chifres do quarto animal. Ele também informa o rei de que no tempo desta última monarquia, a saber, a Romana, Deus estabeleceria o reino do Messias;.o qual, embora pequeno em seu começp, em última análise, se estenderia por toda a terra, 36-45. Daniel e os seus três amigos, Hananias, Misael e Azarias (chamados pelo príncipe dos eunucos a Sadraque, Mesaque e Abednego), são, então, promovidos pelo rei a posições de grande honra, 46-49.

1. No segundo ano do reinado de Nabucodonosor. Ou seja, o segundo ano do seu reinado sozinho, pois já era rei dois anos antes da morte de seu pai. Este era, portanto, o quinto ano do seu reinado, e o quarto do cativeiro de Daniel. Nabucodonosor teve uns sonhos, com os quais o seu espírito se perturbou. O sonho tinha produzido uma impressão profunda e solene em sua mente; e, tendo esquecido tudo, salvo circunstâncias gerais, a sua mente ficou angustiada.

2. Os Caldeus. É difícil determinar quem estes eram. Eles podem ter sido um colégio de sábios, em que todas as artes e ciências eram exercidas e ensinadas.

4. Então falaram os Caldeus ao rei em Siríaco. Aramaico, a língua de Aram ou Síria. O que tem sido geralmente chamado o Caldeu. Ó rei, vive para sempre! Com estas palavras, começa a parte Caldeia de Daniel; e continua até o final do capítulo sete.

5. Sereis despedaçados. Isto foi extremamente arbitrário e tirânico; mas, no esquema da providência de Deus, foi regido para servir ao propósito mais importante.

14. Capitão da guarda do rei. Chefe dos carrascos ou açougueiros do rei.

19. Então foi revelado o mistério ... numa visão de noite. Daniel ou teve o sonho, ou foi-lhe representado na sua mente por uma inspiração imediata.

20. Dele é a sabedoria e a força. Ele sabe todas as coisas e pode fazer todas as coisas.

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