segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

ONDE, NO MUNDO, ESTÁ DEUS?

UM MUNDO VIOLENTO
     
Com a chegada do ano de 1968, o Presidente dos Estados Unidos, Lyndon B. Johnson, apareceu de costa a costa através da rádio e televisão para fazer o seu discurso sobre o Estado da União. Ele esforçou-se para responder à questão premente COMO É REALMENTE A VIDA NA AMÉRICA?
      
Estranho, mas verdadeiro, sua conclusão sobre o estado da União não foi nem boa nem má. Em vez disso, ele apresentou um enigmático "acredite ou não." O presidente declarou que os americanos nunca tiveram uma vida tão boa, mas ao mesmo tempo, as coisas, possivelmente, não poderiam ficar pior. Por exemplo, a prosperidade era generalizada, havia trabalhos em abundância, as receitas haviam subido para os níveis mais altos da história. Mas as pessoas pareciam mais infelizes, irritadas e frustradas do que nunca com o moderno estilo de vida.
       
A razão era óbvia. A milhares de quilómetros de distância, a nação estava profundamente envolvida numa guerra sangrenta, cara no Vietname. Enquanto na frente doméstica, o custo de vida havia subido a novas alturas. O crime estava visivelmente fora de controle e motins raciais eram comuns.
       
Assim, em 1968, a verdadeira condição do país foi retratada como exteriormente bem sucedido e activo, mas interiormente insatisfeito e infeliz. E a questão candente sobre os corações de milhões de pessoas era simplesmente PODE O HOMEM ENCONTRAR UMA FÓRMULA PARA UMA VIDA BEM SUCEDIDA  NUM MUNDO DE TANTA AGITAÇÃO E VIOLÊNCIA? A gravidade desta questão foi dramaticamente sublinhada pelo concurso para a Casa Branca.


VIOLÊNCIA AO CANDIDATO
       
No Hotel Ambassador, em Los Angeles, uma comemoração de vitória, nas primárias presidenciais, em homenagem ao Senador Robert F. Kennedy, foi tragicamente esmagada por um assassinato horrendo, sem sentido. Quando o senador abriu seu caminho, às 12:15 A.M., a 5 de Junho, para uma conferência de imprensa, um jovem de 24 anos, da Jordânia, Sirhan Sirhan, alegadamente disparou três balas de calibre .22 no corpo do desprevenido Kennedy. Um tiro alojou no pescoço, outro na testa e outro ainda no interior do seu crânio. Foi esta última bala que entrou no ouvido direito, rasgou tecidos vitais, finalmente residiu em seu mesencéfalo e foi fatal para o político promissor.
        
Após várias horas de espera tensa, ansiosa, a nação foi atordoada e chocada ao saber que o Senador Kennedy havia morrido durante a madrugada de 6 de Junho.


VIOLÊNCIA NAS CONVENÇÕES NACIONAIS
         
As explosões furiosas de violência não se limitaram a candidatos individuais, mas transbordaram para as ruas das cidades de Miami e Chicago, durante as convenções políticas nacionais. Por exemplo, a 28 de Agosto, irrompeu uma batalha em Chicago entre a polícia e cerca de dez mil manifestantes. O enorme conflito que se seguiu foi descrito por manchetes como "SANGUE FLUI EM CHICAGO." Da multidão foram arremessados garrafas, tijolos, latas de soda cáustica e fluido de limpeza, enquanto que por parte da polícia vieram maças e bombas de gás lacrimogéneo (o porrete químico). Quando a briga acabou, 152 policiais e 300 manifestantes ficaram feridos. A lista de detenção ultrapassou a marca de 582. As armas utilizadas nesta noite de violência incluíam balas de borracha com dardos, um bastão de espada, potes com aranhas venenosas negras, tábuas com pregos e sacos com dejectos humanos.
          
Havia pouca dúvida de que os americanos nunca tinham tido uma vida tão boa e tão ruim ao mesmo tempo. Quem, entre nós, possuía a fórmula para garantir o sucesso nacional num mundo assim tão violento?

Richard L. Harding

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