sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

ONDE, NO MUNDO, ESTÁ DEUS?

REDESCOBRIR O PROPÓSITO DOS LEIGOS

"Estêvão, um homem ricamente abençoado por Deus e cheio de poder, fazia grandes milagres e prodígios entre o povo" (Actos 6:8). O nome Estêvão significa coroa. Ele foi o primeiro membro da igreja primitiva a ser brutalmente esmagado até à morte, sob uma avalanche de pedras e rochas por ter tentado compartilhar seu Salvador com homens e mulheres que estavam escravizados numa religião sem vida.
       Este leigo
não era um missionário estrangeiro, um professor da Bíblia, um evangelista, ou mesmo um pastor local. Ele era um diácono comum, dedicado, um zeloso obreiro da igreja e poderoso "vendedor" por Cristo. A igreja primitiva conquistou milhares de convertidos ao Senhor, como resultado do espantoso trabalho realizado por leigos cristãos como Estêvão e Filipe.
       Hoje, a maior necessidade da religião não é de homens mais polidos ou eloquentes nos púlpitos, mas de leigos mais ousados, aventureiros e dinâmicos nos bancos. Estatísticas revelam que oito em dez novos membros da Igreja são ganhos como fruto do trabalho do pastor e apenas dois, como resultado dos esforços dos leigos. Estes números precisam e devem ser invertidos, para a causa de Jesus Cristo.
       A igreja local podia descobrir como a distribuição de folhetos pode produzir excelentes recompensas, se a média dos membros da igreja tão-somente se mostrassem dispostos a tentar. Por exemplo, era uma tarde de domingo fria, nevosa, em Boston. As ruas estavam vazias. Um certo leigo tinha acabado, nesse momento, o conforto de um delicioso jantar cozido em casa e estava prestes a estabelecer-se para uma sesta, antes do culto da noite, na igreja. Mas parecia que o Espírito de Deus estava a dizer- lhe: "Põe o teu casaco e chapéu e faz algumas vendas, esta tarde, por mim." O homem obedeceu.
Ele caminhou a pé, pelo vento tempestuoso a procurar uma alma para Cristo. Tudo parecia em vão.  O tempo inclemente, virtualmente, tinha forçado a todos e tudo a ficarem dentro de casa, esvaziando as ruas.  Ele estava prestes a desistir quando um homem virou a esquina e tomou o caminho em direcção a ele. 
      O leigo tirou um folheto do bolso e entregou-o ao indivíduo que estava a tremer. Com algumas palavras de encorajamento, ele convidou o desconhecido a aceitar o perdão de Deus e a receber a Cristo como seu Amigo e Salvador. Os dois homens partiram e seguiram em direcções distintas.  
       No culto da noite, a assistência foi excepcionalmente baixa por causa da tempestade severa.  Mas lá na fila da frente, estava o estranho da rua. Era óbvio que tinha ocorrido algo de maravilhoso em sua vida.  Após a mensagem da noite, os dois homens tiveram uma longa conversa em conjunto. O recém-chegado contou a sua história ao leigo. Disse: "Durante anos venho sendo uma pessoa infeliz. Tenho impiedosamente espancado a minha mulher e maltratado os meus quatro filhos. Queria, tão desesperadamente, mudar, mas apenas tentava e falhava e falhava de novo. Esta tarde, eu estava a andar sem rumo pelas ruas, quando você me deu aquele folheto. Depois deu-me uma palavra sincera de incentivo para que concedesse a Deus uma oportunidade em minha vida. 
      "Mais tarde, na minha cozinha, verti lágrimas amargas de arrependimento.  Pedi a Cristo de coração que me desse Sua misericórdia e perdão. E Deus ouviu o meu apelo e mudou a minha vida dramaticamente.  Esta noite sou um novo homem - graças a Jesus Cristo e a você." Depois ele acrescentou, pensativo: "Eu tremo de pensar no que a minha sorte poderia ter sido se um leigo como o senhor não tivesse abrido mão do seu conforto, numa tarde de domingo, para me entregar aquele folheto sobre a salvação de Cristo."  Aqui estava uma prova concreta da eficácia vital de um leigo,  um folheto e um indivíduo convertido.
      A média dos ministros vive poucos anos em uma comunidade.  Mas muitos leigos da igreja, frequentemente, vivem na mesma cidade desde a data de seu nascimento,  aos anos do pôr-do-sol da sua vida. Aos leigos, Cristo havia de perguntar: "Quantas pessoas, na tua comunidade, sabem que eu sou o teu Salvador? Quantas pessoas, na tua rua, alguma vez receberam de ti um folheto do evangelho, ou uma palavra de testemunho?  Quantos entes queridos, no teu círculo familiar, caracterizariam a tua experiência e exemplo religiosos como uma demonstração maravilhosa de uma fé viva?"
Richard L. Harding

      

Sem comentários: