Em 1968, muitas questões candentes puseram o cenário mundial em desordem, até que as pessoas se perguntaram se estes acontecimentos tinham sido acidentes ou incidentes planeados.
A CRISE DO MÉDIO ORIENTE
O Oriente Médio apareceu como um dos locais mais perigosos do mundo. Embora estivesse a guerra generalizada temporariamente contida, as relações egípcio-israelitas permaneciam tensas. Havia um aumento constante de tensão nervosa e contínuo derramamento de sangue devido a ataques de guerrilha e de comando. De facto, a 8 de Julho, muitos civis árabes foram mortos durante uma troca de tiros no porto de Suez. Mas nenhuma grande conflagração ocorreu. Acidente ou incidente?
O enigma permaneceu envolto em suspense. Era do conhecimento comum que Nasser tinha amplos estoques de armas, munições, peças, óleo, técnicos treinados e aviões a jacto. Durante o ano, pessoalmente visitou a União Soviética e discutiu em detalhe a situação no Oriente Médio. Nenhuma batalha sangrenta ou agressão aberta em larga escala tinha ainda acontecido. Acidente ou incidente?
Os peritos deduziram que não era um mero acidente. Pelo contrário, era a decisão directa, deliberada da Rússia sobre o subserviente Egipto. Qualquer grande guerra, aqui, ter-se-ia revelado desastrosa para os soviéticos no momento. Se os árabes ganhassem, o perigo de um confronto nuclear com os Estados Unidos aumentaria grandemente. Se os árabes perdessem, daria lugar a uma outra enorme perda de armas e equipamentos caros. O resultado foi um equilíbrio de poder, até um momento mais oportuno para os russos. Isto não foi um acidente, mas um incidente planeado!
Richard L. Harding
Sem comentários:
Enviar um comentário