sexta-feira, 16 de abril de 2010

ANDANDO NA LUZ - 1 João 1:7

SANTIFICAÇÃO VERSUS CONSAGRAÇÃO

"E eu vos digo a vós: Pedi e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á; porque qualquer que pede recebe; e quem busca acha; e a quem bate abrir-se-lhe-á." (Lucas 11:9,10).

A mulher siro-fenícia, a que foi a Jesus para conseguir que o demónio fosse tirado de sua filha, é uma amostra de crente e deixa a muitos Cristãos envergonhados pela audácia e persistência de sua fé. Não voltaria sem a bênção que procurava. Primeiramente Jesus não disse uma só palavra a ela, e assim é que muitas vezes Ele nos trata hoje. Oramos e não conseguimos resposta. Deus está silencioso. Depois disso, Ele retrucou-lhe dizendo que não tinha vindo para gente como ela, mas para as ovelhas perdidas da casa de Israel. Isso seria suficiente para fazer com que os cépticos do século [vinte e um] blasfemassem. Mas não foi assim com ela. Sua fé desesperada cresce de modo sublime. Por fim, parecia que Jesus acrescentara um insulto à injúria, quando declara: - "Não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos". Venceu, então, a fé daquela mulher e ela O compeliu, pois disse -: "Sim, Senhor, porém os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa de seus donos". Ela estava pronta a tomar o lugar dos cachorros e receber a porção destinada aos mesmos. Glória a Deus Sua fé triunfou e Jesus, surpreso, disse -: "Ó mulher, grande é a tua fé. Faça-se contigo como queres" (Mateus 15:2 a 28).

Jesus queria dizer com isso que a abençoaria todo o tempo, se sua fé permanecesse assim. De igual modo Ele quer abençoar-nos.

Há duas classes de pessoas que professam consagrarem-se a Deus, mas depois de alguma investigação geralmente ver-se-á que são consagrados mais a algum tipo de trabalho do que a Deus mesmo. São guardadores da casa de Deus e não a esposa de Seu Filho - pessoas muito ocupadas, com pouco ou nenhum tempo e tampouco inclinação para comunhão real e de coração com Jesus. A primeira classe poderia ser classificada com os "procura-prazeres". Vêm que as pessoas santificadas são felizes e, pensando que isso é devido ao que têm dado e feito, começam a dar e a fazer, nunca sonhando do Tesouro infinito que essas pessoas santificadas têm recebido. É-lhes escondido o segredo daquele que disse -: "Deus, que é a minha grande alegria", e, "O Senhor é a minha porção". Portanto, nunca encontram a Deus. Procuram felicidade, não santidade. Dificilmente admitirão sua precisão de santidade - sempre foram bons - e Deus é encontrado só por aqueles que, sentindo profundamente sua pobreza e necessidade de seus corações, desejam ser santos. "Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos" (Mateus 5:6). Essa classe de gente são boas-vidas, comilões, muito sociáveis, sempre vestidos da moda - conhecedores de religião.
Samuel Logan Brengle (continua).

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