segunda-feira, 19 de abril de 2010

ANDANDO NA LUZ - 1 João 1:7

CLAMANDO A DEUS

"Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela." (Salmo 127:1)

Quando o exército de Josué clamou, as muralhas de Jericó "caíram" diante deles. Quando o povo de Jeosafá "começou a cantar e a dar louvores, pôs o Senhor emboscadas contra os filhos de Amon e de Moabe, e os de monte Seir que vieram contra Judá e foram desbaratados" (2 Crónicas 20:22). Quando Paulo e Silas, com suas costas machucadas e sangrando, lá no interior de uma prisão, à meia noite, "oravam e cantavam louvores a Deus," o Senhor enviou um terremoto que sacudiu os alicerces da prisão, soltou os prisioneiros, convertendo também ao carcereiro e toda a sua família. Não há dificuldade concebível que não se esvairá diante do homem que ora e louva a Deus. Quando Billy Bray desejava pão, orava e clamava a fim de fazer o Diabo compreender que não tinha obrigação alguma para com ele, mas sim confiança perfeita em seu Pai Celestial. Quando o Dr. Cullin, de Boston, não tinha um só cruzeiro em "seu cofre e obrigações pesadas estavam sobre ele, não sabendo como poderia comprar alimento para com os pacientes tuberculosos que se achavam a seus cuidados, dirigia-se ao seu escritório, lia a Bíblia, orava e andava louvando a Deus, dizendo-Lhe que confiara n'Ele. Assim, o dinheiro chegava dos confins da terra. Quando um homem derrama a sua alma em oração, ousa confiar em Deus e expressa a sua fé em louvor, a vitória infalivelmente chega.

O clamor é a expressão mais elevada e final da fé aperfeiçoada em seus vários estágios. Quando um pecador vai a Deus profundamente arrependido e se entrega completamente à mercê de Deus, olhando para Cristo a fim de obter salvação e pela fé compreende a bênção da justificação de maneira completa e sem qualquer temor, a primeira expressão dessa fé será de confiança e louvor. Sem dúvida alguma, há muitos que clamam terem sido justificados e que nunca louvam a Deus. Entretanto, estão enganados ou sua fé é fra e misturada à dúvida e medo. Quando ela é perfeita, o louvor torna-se espontâneo.

Quando esse homem justificado chega a ver a santidade de Deus, a extensão tremenda de Seus mandamentos, o clamor absoluto de Deus sobre todo o poder de seu ser, compreendendo os resquícios de egoísmo e materialismo de seu coração; quando ele, após muitas derrotas no esforço de purificar-se a si mesmo, o indagar íntimo de sua alma e os debates de consciência, hesitações de fé, vem a Deus a fim de ser santificado através do Sangue precioso e o baptismo do Espírito Santo e de fogo, a expressão final da fé que resoluta e perfeitamente se apodera da bênção não será de oração, mas de louvores e aleluias.

E quando esse homem, salvo e santificado, constata as tristezas de um mundo perdido e o sentimento da paixão santa de Cristo trabalhando poderosamente, sai então para a batalha contra "os principados e potestades e os príncipes das trevas deste século e os espíritos malignos nos lugares celestiais" a fim de buscar os escravos do pecado e do Inferno, após ter chorado e agonizado em oração a Deus para um derramamento do Espírito. Depois de ter pregado e ensinado aos homens, rogando aos mesmos que se voltem inteiramente para Deus, após muitos jejuns, tentações e conflitos em que a fé e a paciência por outros aperfeiçoada e vitoriosa, a oração transformar-se-á em louvor, o choro em clamor e a derrota aparente em vitória estrondosa!
Samuel Logan Brengle (continua).

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