quinta-feira, 29 de abril de 2010

ANDANDO NA LUZ - 1 João 1:7

ALGO DO QUE DEUS ME TEM FALADO

"Porque esta é a vontade de Deus: a vossa santificação,..." (1 Tessalonicenses 4:3);
"Fiel é o que vos chama, o qual também o fará." (1 Tessalonicenses 5:24).

O Salmista disse, "Proclamei as boas novas de justiça na grande congregação; jamais cerrei os lábios, Tu o sabes, ó Senhor. Não ocultei no coração a Tua justiça; proclamei a Tua fidelidade e Tua salvação. Não escondi da grande congregação a Tua graça e a Tua verdade." (Salmo 40:9 e 10).

Satanás odeia testemunhos de santidade e quase pegou-me em sua armadilha a essa altura. Senti que deveria pregar, porém procurei evitar o ódio e o conflito que certamente isso traria. Hesitei em proclamar publicamente que estava santificado, pois que poderia causar mais mal do que bem. Vi só reprovação, a glória que se seguiria estava escondida de meus olhos. Meu ideal eram os sermões belos e floridos que apelavam para a imaginação e levantavam emoções com um pensamento suficiente para equilibrá-los de modo apropriado. Desviei-me no sentido de fazer sermões que sondassem o coração, porém acheguei-me mais à consciência humana e fiz deles santos ou os tornei inimigos tão inexoráveis quanto os fariseus eram para Cristo ou os judeus para com Paulo. Antes, porém, que alcançasse a bênção, Deus me reteve e eu Lhe prometi que pregaria a respeito se Ele me desse a bênção. Era sexta-feira, quando Ele me purificou e eu fiquei determinado a pregar a esse respeito no domingo seguinte. No entanto, senti-me fraco e sem forças. Na manhã de sábado, porém, encontrei-me com um cocheiro barulhento que gritava nas ruas, o qual tinha a bênção. Contei-lhe o que Deus fizera por mim. Ele clamou, bendisse a Deus e falou: "Agora irmão Brengle, o senhor tem que pregar acerca disso. As igrejas estão morrendo por ouvir isso." Depois, andámos por um parque público e falámos a respeito do assunto, sendo que meu coração queimou dentro de mim tal como aconteceu com os dois discípulos com os quais Jesus falara na estrada de Emaús. No mais íntimo de minha alma, contei novamente o custo, joguei tudo quanto tinha para Cristo crucificado e me determinei a ensinar santidade, mesmo que tivesse sido banido para sempre do púlpito e se fosse desaprovado por todos quantos me conheciam. Senti-me, então, forte. O modo de conseguir forças é entregar-se sem reservas a Cristo.

No dia seguinte fui à minha igreja, pregando tão bem quanto podia acerca da experiência de dois dias apenas, sobre - "deixemo-nos levar pelo que é perfeito" (Hebreus 6:1). Terminei dando de minha própria experiência e o povo foi quebrantado, começando a chorar. Alguns deles vieram para mim depois, dizendo que desejavam obter a mesma experiência e - bendito seja Deus - alguns a receberam. Não sabia o que estava fazendo naquela manhã, mas depois disso soube. Estava queimando o meu navio, deixando cair as pontes atrás de mim. Agora estava em terra firme inimiga, levado completamente para a guerra de absoluto extermínio de todo e qualquer pecado. Agora estava de ida para o Céu, terra e Inferno. Anjos, homens e demónios tinham ouvido meu testemunho e era preciso ir avante, ou, aberta ou ignominiosamente, desertar diante do inimigo. Vejo agora que há uma filosofia Divina que requer de nós não crer em nossos corações para a justiça, mas confessar com a boca para a Salvação (Romanos 10:10). Deus guiou-me através dessa direcção; homem nenhum ensinou-me isso.

Bem, depois que isso aconteceu, andei mansamente com Deus no único desejo de fazer apenas Sua vontade, olhando para Ele a fim de que me guardasse a cada momento. Não sabia então que haveria algo mais para mim, porém estava determinado pela graça Divina a conservar tudo quanto tinha feito, fazendo a Sua vontade, à medida que a tornasse conhecida para mim, confiante n'Ele, de todo o meu coração.
Samuel Logan Brengle (continua).

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