sábado, 6 de março de 2010

ANDANDO NA LUZ - 1 João 1:7

NÃO FAÇAS CONTENDAS

"Mas não entres em questões loucas, genealogias e contendas, e nos debates acerca da lei, porque são coisas inúteis e vãs. Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido e peca, estando já em si mesmo condenado." (Tito 3:9-11).

Procurando viver uma vida santificada, sem máculas, fui auxiliado em um ponto pelo exemplo de (4) Jesus. Constantemente os inimigos de Jesus procuravam atrapalhá-lo com Suas próprias palavras e envolvê-Lo em argumentações, porém Ele sempre tratou o assunto de tal modo a confundir Seus inimigos, tirando todos os argumentos de sua boca.

Certo dia foram eles ao Mestre (Mateus 22), perguntando-Lhe se era legal ou não pagar o tributo a César. Sem dar qualquer margem a discussões, Ele lhes pediu uma moeda. Perguntou-lhes, então, que imagem era aquela estampada na mesma.
- "De César," responderam.
- "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus," disse-lhes Jesus.

Novamente, trouxeram-Lhe uma mulher encontrada em adultério. Seu coração terno foi movido de compaixão para com aquela pobre pecadora. Entretanto, em vez de argumentar com os que haviam pego em delito a mulher, se a mesma deveria ou não ser apedrejada, Ele disse simplesmente -: "Aquele que dentre vós estiver sem pecado, seja o primeiro que lhe atire a pedra" (João 8:7). E toda aquela multidão de hipócritas ficatram tão convictos e abafados com Sua simplicidade, que se arrastaram dali, um por um, até que a pecadora ficou só com o Salvador.

Assim através de todos os Evangelhos, não posso encontrar Jesus comprometido em nenhuma argumentação. Seu exemplo é de importância infinita para nós.

Para a "mente carnal", é natural que esta se ressinta à oposição. Nós, porém, temos que ser de "mentalidade espiritual". Por natureza somos orgulhosos de nossas pessoas e vaidosos de nossas opiniões, estando prontos a resistir com toda a força àquele que se opõe contra nós ou nossos princípios. Nosso objectivo imediato é subjugá-los - pela força de subjugar a esse oponente. Ficamos impacientes com a contradição, e nos apressamos em julgar os motivos humanos, condenando a todos que não estiverem de acordo connosco. Somos, então, capazes de chamar "zelo pela verdade" a toda a nossa pressa e impaciência quando, de facto, muitas e muitas vezes é um zelo esquentado e indelicado de nosso próprio modo de pensar. Sou agora fortemente inclinado a crer subjugar que este é um dos últimos frutos da mente carnal que a graça chega a subjugar.

Nós, entretanto, que nos tornamos "co-participantes da natureza Divina" (2 Pedro 1:4), vejamos que essa raíz da natureza carnal seja completamente destruída. Quando os homens se opuserem a nós, não argumentemos, condenemos ou contendamos, mas sim instruamos aos mesmos com amor - não com um ar de sabedoria e santidade superiores, mas com mansidão, lembrando solenemente que "é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e, sim, deve ser brando para com todos, apto para instruir , paciente," (2 Timóteo 2:24).

Muitas vezes tenho a experiência de que, após ter exposto meu ponto de vista de maneira simples, íntegra e calma, a alguém que se oponha à verdade tal como a vejo, sou fortemente tentado a lutar para ter a última palavra; experimento, também, que Deus me abençoa mais ainda quando eu entrego essa questão em Suas mãos, e, ao fazer isso, na maior parte das vezes ganho de meu adversário. Creio ser este o caminho da fé e a senda da humildade. Quando aparentemente somos derrotados, quase sempre no fim vencemos a nosso inimigo. E, se tivermos verdadeira humildade, regozijar-nos-emos ainda mais tendo-o feito "conhecer plenamente a verdade" (2 Timóteo 2:25) do que simplesmente ganho um argumento.
Samuel Logan Brengle.

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