GANHADORES DE ALMAS E SUAS ORAÇÕES
"...Tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai, que vê em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente". (Mateus 6:6).
O Reverendo John Smith, assim William Booth narrou-me certa ocasião, tinha sido de grande inspiração para o último. Tal como Bramwell, ele sempre passava muito tempo em oração. Era-lhe sempre difícil começar e, depois, sentia-se tão abençoado que ficilmente podia parar. Por toda a parte onde ia, ondas poderosas de reavivamento o acompanhavam.
Essa relutância à oração em secreto pode ser devida a uma ou mais causas -:
1. Por causa dos espíritos malignos. Imagino que o Diabo não se importa muito em ver uma grande maioria de pessoas com coração frio, de joelhos, em público, pois ele sabe que fazem tal coisa em vista de ser costumeiro e da moda. Odeia, porém, ver alguém de joelhos em secreto, porque esse homem significa trabalho e, se perseverar na fé, consequentemente levará Deus a Se mover e também todo o Céu nos interesses que representa. O Diabo, portanto, se opõe a esse homem.
2. Devido à preguiça da mente e do corpo, causada pela enfermidade, perda de sono, sono demasiado ou, também, alimentação demasiada, o que pesa indevidamente sobre os órgãos digestivos, engrossando o sangue e embrutece todos os poderes mais elevados e nobres da alma.
3. Devido à derrota em reagir rapidamente, quando se sente dirigido pelo Espírito para se dar à oração secreta. Se, quando sentimos que deveríamos orar e hesitamos mais do que é necessário, continuando a ler ou a falar quando nosso lugar deveria ser em oração, o espírito de oração ficará enfraquecido.
Deveríamos cultivar o gozo de pensar em permanecer a sós com Jesus na comunhão secreta e oração, tanto como um casal espera gosar de prazer e alegria na vida comum um com outro.
É mister responder prontamente ao chamado íntimo à oração. "Resisti ao Diabo e ele fugirá de vós." "Reduzo o meu corpo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado".
Jesus chamou a atenção para o dever de "Orar sempre e não esmorecer." (Lucas 18:1). Paulo disse, "Orai sem cessar" (1 Tessalonicenses 5:17).
Por vezes um homem de oração, corajoso e crente, pode ter vitória sobre toda uma cidade ou nação. Isso aconteceu com Elias no monte Carmelo. Moisés experimentou o mesmo diante do povo retrógrado de Israel e Daniel também, na Babilónia. Se, porém, um número maior de pessoas puder ser dirigido em oração dessa maneira, a vitória será estrondosa. Que ninguém pense que Deus é mesquinho e indesejoso de responder às orações. Ele o deseja mais intensamente do que os pais, a quem os filhos lhes pedem pão. Quando Abraão orou por Sodoma e Gomorra, Deus respondeu até que ele parasse de pedir (Génesis 18:22 a 33). E não fica Ele tão triste connosco porque pedimos tão timidamente bênçãos ínfimas, tanto como o profeta Eliseu ficou triste com o rei que atirou três vezes apenas, quando deveria tê-lo feito por cinco ou seis vezes? (2 Reis 13:18,19).
"Acheguemo-nos, portanto, confiadamente, junto ao Trono de Graça, a fim de recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna" (Hebreus 4:16).
Samuel Logan Brengle
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