segunda-feira, 17 de maio de 2010

UM GUIA SEGURO PARA O CÉU

NECESSIDADE DA CONVERSÃO

5. Sem a conversão, todas as obras e sofrimentos de Cristo serão inúteis para ti, quer dizer, de nada te servem para a salvação. Muitos admitem este motivo como suficiente para nele basearem a sua esperança, ou seja, de que Cristo morreu pelos pecadores. Mas eu vou mais além, ao afirmar que Cristo não morreu para salvar os impenitentes e os que resistem à Sua graça, não se convertendo. Havia um teólogo célebre que costumava fazer estas duas perguntas às almas com quem contactava: «Que é que Cristo fez por nós? O que é que Cristo operou em nós?» Sem a aplicação do Espírito na regeneração não é fácil conseguir os benefícios da redenção. É no Senhor que vo-lo afirmo, pois efectivamente Cristo não pode salvar-vos, se continuardes neste estado.

A - Para salvar o homem com pecado seria contra a Sua confiança. O Mediador é o servo do Pai, apresenta as Suas credenciais, actua em Seu nome, e recorre às Suas ordens para se justificar (João 10:18 e 36; João 6:38 e 40). Deus confiou-lhe tudo a Ele, a Sua glória e a salvação dos eleitos (Mateus 11:27, João 17:2). E assim Cristo dá contas ao Pai daquilo que Lhe confiou antes de deixar o mundo (João 17). Agora Cristo iria impedir a glória do Pai, se porventura pudesse salvar os homens em pecado. Toda a ordem divina se transformaria, porque tal acção iria contra os atributos imutáveis de Deus. É que os homens têm de ser salvos forçosamente através da santificação (2 Tessalonicenses 2:13), pois foram escolhidos para serem santos (Efésios 1:4), eleitos para a santificação do Espírito (1 Pedro 1:2). Se queres contrariar a lei dos destinos imutáveis de Deus, quase que obrigando a transgredir Aquele a quem o Pai enviou, como queres alcançar o Céu? Esperar que Cristo te salve sem seres convertido, é esperar que Cristo falte à Sua palavra. Não, Ele não veio salvar as almas senão as daqueles que o Pai Lhe deu e escolheu (João 6:37 e 44). Descansa, pois Cristo não salva ninguém contra a vontade do Pai. - Joseph Alleine

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