CARACTERÍSTICAS DOS QUE NÃO SE CONVERTEM
(continuação)
8. O amor predominante do mundo. Esta é uma prova evidente de quem ainda está muito longe da salvação. «Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele» (1 João 2:15). Mas quantas vezes este pecado se oculta sob a capa do progresso na religião! E tal é a ilusão que, não raro, o próprio nada vê, ao contrário do que sucede com os outros, que facilmente podem verificar como estima o mundo, a ponto de o cegar e lhe causar a perdição. Quantos cristãos se dedicam mais ao mundo do que a Cristo, cujas afeições são terrenas porque vão após a carne e os seus princípios, e irremediavelmente se perdem! (Romanos 8:5; Filipenses 3:19). No entanto, se os interrogardes, responderão confidencialmente que prezam Cristo acima de tudo, não reparando que as atracções do mundo lhe reduzem mais o coração. Se pensassem bem, depressa veriam que no mundo reside a sua maior satisfação e nele se concentram todas as suas atenções, prova evidente de que ainda são do mundo e não de Cristo. E tudo devido a quê? A um pecado oculto. Como os homens se afastam de Cristo, ao entregarem-se assim ao amor desordenado dos confortos e dos bens terrenos!
9. A malícia e a inveja contra aqueles que nos desrespeitam e injuriam. Quantos parecem ser religiosos e lembram as injúrias com a maior das facilidades, pagando o mal com o mal e deliciando-se na vingança! Ora isto é directamente contrário às normas do Evangelho, contra o nosso modelo, que é Cristo, e contra a natureza de Deus. Sem dúvida, quem assim procede, dominado por tão maus instintos, está no estado de morte (Mateus 18:32-35; 1 João 3:14-15).
10. O orgulho não dominado. Quando se apreciam mais os louvores humanos do que os de Deus, preferindo a estima, o aplauso e a aprovação dos homens à de Deus, é sinal do apego ao pecado e da distância a que se encontra ainda a verdadeira conversão (João 12:43; Gálatas 1:10). Quando não se vê, nem se lamenta esse orgulho, quer dizer que existe o pecado e a morte espiritual. Oh! como este mal se oculta em tantos e tantos corações, a ponto de o não verem! (João 9:40).
11. Um acentuado amor pelo prazer. É uma marca inconfundível! Não se dominando a carne, mas, pelo contrário, dando-lhe toda a liberdade, e predominando um intenso prazer dos sentidos, não há indícios duma verdadeira religião. Quem agrada à carne, não pode agradar a Deus. «Os que são de Cristo crucificaram a carne» e procuram dominá-la (Gálatas 5:24; 1 Coríntios 9:25-27).
- Joseph Alleine
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