O mundo moderno fez da economia o seu deus, e desprezou o Criador e Salvador; eis, agora, o deus moderno feito aos bocados, prostrado, como Dagom, o ídolo filisteu, perante a Arca de Deus. Um homem de letras sugeriu, muito recentemente, que, para levantar a economia nacional e resolver os problemas do País, é preciso um "Primeiro Ministro herói", "alguém que não tenha dimensões humanas", que tenha a coragem de ir contra a opinião pública (O Contraditório de 21.05.2010). Já, há muito mais tempo, responsáveis deste mundo representantes de vários meios - políticos, económicos, financeiros, militares, literários, etc., - com a visão dos problemas da sobrevivência universal, pediram um líder mundial forte, não importa se um deus ou um diabo, que precisa-se dele.
Quem dera que o momento presente fosse de caírem os homens todos em si e voltarem às origens!
Houve um homem, nas parábolas de nosso Senhor Jesus, para quem o ano económico tinha corrido de feição. O seu produto tinha excedido, em muito, a previsão. Não sabendo o que fazer com o superavit, nem que Banco lhe daria garantia para lho confiar, depois de muito magicar, decidiu por um empreendimento gigantesco na modernização do seu "empório" agrícola e comercial. Com o aumento consequente da renda, não teria mais necessidade de investir. Apenas daria prazer à alma (entenda-se ao corpo, visto que a alma não se alimenta do material), pelo resto da sua longa existência por vir: "Alma, tens em depósito muitos bens, para muitos anos: descansa, come, bebe e folga". Esqueceu-se de incluir no seu banco de dados o carácter efémero da existência do indivíduo, que a vida não está debaixo da "soberania" dos homens. Assim, surpreedeu-o que o Soberano de tudo lhe dissesse, na mesma noite: "Louco! Entrega a alma. Esquece o projecto. Não te preocupe quem te substituirá na chefia dele. Isto não é da tua conta".
Assim é aquele que vive para a economia e não se lembra do Criador em todos os seus dias (cfr. Lucas 12:13-21).
Há uma recomendação sábia na Bíblia para os homens modernos: "... não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas, para delas gozarmos; que façam bem, enriqueçam em boas obras, repartam de boamente, e sejam comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o futuro, para que possam alcançar a vida eterna" (1 Timóteo 6:17-19).
É uma recomendação fantástica!
F.Lima
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